Capítulo 1

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Melinda narrando:

-Melinda sai da porcaria desse quarto agora! Já tem três dias que você está enfurnada ai.- mais uma vez minha tia Donna bateu na porta do meu quarto.

Só queria que ela e meu tio entendessem a dor que eu estou sentido. A exatamente três dias, as duas pessoas que eu mais amo nesse mundo morreram. A causa? Eu não faço a menor ideia, meus tios acharam melhor não me dizer mesmo eu achando isso errado, poxa eu sou a filha deles!

-Eu só quero ficar sozinha tia!

-Melinda...- era meu tio agora o Adam.-... se você não sai dai agora eu quebro essa porta e te dou uma surra de cinto!- ele falou raivoso, mas será que seria capaz de fazer isso?

Não abri a porta e fiquei onde estava, no chão encolhida e tentando entender por que meus pais me deixaram tão nova, eu só tenho 17 anos minha vida está mal começando. E então escutei um grande barulho que me fez levantar a cabeça e olhar a porta, que antes estava na parede agora está no chão.

-O QUE FOI QUE EU TE FALEI PUTINHA?- meu tio apareceu com um cinto na mão e uma cara nada boa.

Me levantei e comecei a dar alguns passos para trás, ele não iria fazer o que prometeu né? E então senti a primeira cinturada em minhas pernas, que na mesma hora dei um grito de dor. Não parou por ai, ele me deu mais, onde uma pegou no meu rosto e as outras foram distribuídas pelo meu corpo. Minha tia olhava tudo com a maior casa de satisfação, enquanto eu chorava e gritava de dor ela sorria e gargalhava de felicidade. E depois que aquela tortura acabou eu mal conseguia de levantar do chão.

[...]

Uma semana depois

Minha vida está um verdadeiro inferno! Sou tratada praticamente como uma escrava aqui, meus tios são totalmente diferentes o que aparentavam ser, eles são horríveis! Me espancam por qualquer coisa e mal me deixam sair de casa, nem para a escola. O dinheiro da herança dos meus pais? Nunca senti o cheiro, só se que está em uma conta e que só tenho direito de usa-lo depois dos 18.

Ontem descobri uma coisa não muito boa e que me causou uma bela surra, estou toda roxa e dolorida. Estava arrumando toda esse imensa casa e tem uma porta na qual eu estou proibida de entrar, que sempre está trancada. Porém, ontem a porta estava entre aberta, olhei de relance e achei que tinha visto uma arma. Abri a porta e não havia uma arma só como várias pelas paredes, mesas e no chão. Quando cogitei em entrar meu tio me pegou e me deu uma bela surra. Porém as perguntas que não saem da minha cabeça é: Como ele consegui aquelas armas? E será que ele tem autorização?

Estou com tanta saudade da Débora, minha melhor amiga. Já faz uma semana que não nos falamos e já faz uma semana que eu falto aula pelo simples motivo deles não querem me deixar sair. Ameacei ligar para a polícia e os denunciarem por maus tratos, porém eles pegaram meu celular. Estou praticamente vivendo fora da sociedade.

-MELINDA SUA IMPRESTÁVEL! VEM COMER ENQUANTO A GENTE ESTÁ DE BOA VONTADE!- a Donna gritou.

Mesmo sem ter muita força eu me apressei em sair do meu quarto, descer as escadas e chegar na cozinha. Não como nada desde manhã e são quase dez da noite, sinto que não vou aguentar isso por muito tempo.

-Boa menina!- Adam falou assim que entrei na cozinha, passando as mãos no meu cabelo. Sinto muito nojo deles dois.

Olhei para a mesa e babei, era uma lasanha maravilhosa, estrogonofe e uma coca. Assim que meus tios saíram da cozinha eu praticamente voei na comida, peguei um prato e enchi o mesmo. Me sentei e delicie daquela comida maravilhosa, a cada garfada eu queria mais. Depois de saciar minha fome, lavar o que sujei e quarda eu sai da cozinha. Passei pelo corredor e escutei uma conversa, era meus tios e uma terceira pessoa parei e fiquei escutando.

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora