Capítulo 45

16K 894 116
                                    

Higor narrando:

Fala pra tu, eu saí daquele Morro com o peito apertado, caralho meu! É meu irmão porra! Tamo nos corre desde de novo, um segurando a mão do outro e agora simplemente um solta a mão do outro.

Peguei a moto que ficava na saída escondida e fui a mil pro hospital. Assim que cheguei no estacionamento vi o carro do Steve e ajeitei a Glock na cintura e o boné.

Fui entrando de cabeça baixa e fui até a recepcionista, perguntei onde se alguma paciente Melinda chegou lá e ela falou que chegou uma morena e estava na sala de cirurgia.

Apenas afirmei com a cabeça e fui até o quarto da minha loira, os vapores continuavam sentados no banco que espera e assim que entrei no quarto um cano frio foi colocado na minha têmpora, olhei para o dono da arma e vi o WL que assim que me viu baixou a arma.

-Foi mal aí, mas tá tenso.- falou travando a arma e colocando na cintura e depois pegou o pivete que estava na cadeira atrás dele.- E o Morro?- neguei com a cabeça e vi ele ficar preocupado.

-Conseguiram pegar.

-O meu irmão Caraí!- os olhos dele começaram a de encher de lágrimas e ele sentou na cadeira, encarnado o Oli.- Ele tem que tá bem.- as lágrimas começaram a descer e vi o pivete abraçar ele.

-Fé irmão, fé!

Olhei pra minha loira e fui até a mesma, a situação continuava a mesma. Nem um sinal, apenas vegetando.

Saber que grande parte da culpa dela está aí é minha culpa, me corrói.

Mas aquela puta do caralho não tinha pra que enviar aquela foto, puta desgraçada e agora ela está aqui encima de uma cama em coma.

Me sentei na outra cadeira e coloquei as mãos na cabeça com os cotovelos apoiados nos joelhos.

O que caralho vai ser agora? Como que eu vou conseguir tirar a Débora daqui nesse estado e levar pra Minas?

Eu não posso correr o risco que no caminho de um troço nela e ela morra! Não caralho, não tem como!

Tá tudo fudido! Como que eu vou fazer tudo isso, em quem eu vou confiar se a pessoa que era de minha confiança me traiu? Aquele desgraçado, sempre ajudei aquele filho da puta e ele fez isso comigo.

Senti alguém puxando meu cabelo de leve e assim que levantei a cabeça vi a mão da minha Loira levantada e os olhos entre abertos.

Me levantei rápido da cadeira e a observei melhor.

-Caralho, tu tá acordada?- ela balançou a cabeça e meu peito se encheu de felicidade.

Peguei o botão que fica na cama dela e apertei o mesmo várias vezes, assim que ia da um selinho na mesma ela virou o rosto devagar e eu recuei, ok isso depois.

Logo um médico e uma enfermeira chegaram no quarto e assim que viram a mesma acorda já foram tirado ela do quarto. Fui acompanhar a mesma e eles me barraram, falando que ela ia fazer uns exames.

Peguei o pivete no colo e joguei ele pra cima.

-Ela se acordou caralho!- o moleque só riu em resposta.

[...]

-Melinda Mendes?- o médico perguntou e eu me levantei junto com o WL, ele nos encarou.- Qual de vocês é o pai da criança?- arregalei os olhos.

-Que criança?- perguntei coçando a cabeça.

-Vocês não sabiam que ela está grávida?- neguei.- A senhorita Melinda está com um mês e meio de gestação.

Logo pensei no Demo, será que ele tá vivo? Caralho ele vai ter mais um filho porra! Ele tem que tá vivo!

-Continuado, o que vocês são da paciente?

-Irmãos.- falei simples e ele me olhou torto.

-Fizemos a cirurgia e tiramos a bala que estava alojada, graças a Deus não teve nenhuma complicação, se houvesse os dois teriam morrido. O feto está saudável, porém um pouco frágil pela falta de sangue no corpo da mãe, por isso agora ela está sedada pelos medicamentos e tomando sangue. Provavelmente ela irá se acorda em uma hora ou antes. Não a agitem, isso fará mal para os dois. Se me deem licença.- ele ia saindo, mas chamei por ele.

-E a paciente Débora Nascimento?

-Ela está terminando de fazer alguns exames já que tem uma anormalidade no sangue da mesma, mas logo logo ela estará no quarto recebendo as visitas.- afirmei e ele se virou indo embora.

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora