Melinda narrando:
Acordei com minha cabeça doendo e todo o meu corpo pesado. Minha perna latejava e minha mão formigava.
Assim que abri os olhos a luz me fez fechar eles com força e abrir os mesmo algumas vezes. Quando consegui abrir por total estava em uma cama de hospital com um pesinho em cima de mim.
Quando vi o meu pequeno ali na minha frente, eu o apertei muito contra mim. Apertei tão forte que achava que ia esmagar ele, quando afastei ele um pouquinho vi que seu rostinho tinha alguns arranhões, assim como os bracinhos e as perninhas que também estavam roxas.
-Foi aquela vagabunda que fez isso com você, não foi meu amor?- cochichei no ouvido dele enquanto as lágrimas desciam e o apertei contra meu corpo novamente.
Olhei para o lado e vi a Débora dormindo, ou melhor, vegetando. Passei o olhar pelo corpo dela e o mesmo parou na barriga da mesma que estava com uma leve ondinha.
Mil coisas já vinheram na minha cabeça, mas afastei elas quando vi a maçaneta da porta se abrir e meu pensamento foi logo para o Demo, querendo com todas as forças que ele abrisse aquela porta.
Mas infelizmente quem passou por ela foi o Pistola com um dorittos na mão e o Wallace com outro dorittos, ele parecia está bem triste.
-Dá, dá...- o Oliver falou olhando para o Dorittos e os dois olharam pra mim e eu sorri fraco.
-Cadê o Demo?- a pergunta foi praticamente automática e eles desviaram os olhares, me fazendo engolir seco.- Quem me achou?
-O Demo.- o Wallace falou dando um pedacinho do dorittos ao Oli, que pegou e colocou tudo na boca pedindo mas, o WL olhou pra mim me perguntando se podia da e eu neguei.
-Coma o que está na boca.
-Olha Melinda, tem muita coisa que a gente precisa te dizer. A primeira é que...
-O que? Ela acordou?- meu coração errou uma batida quando a voz da Débora chegou até meus ouvidos.
Virei a cabeça devagar pra ela e vi aqueles olhos azuis lindo olhando pra mim.
-Você acordou!- falei abrindo a boca em um O e ela sorriu.
-E você está grávida.- meu sorriso fechou e eu olhei para ela, logo comecei a gargalhar depois.
-Que tipo de brincadeira é essa Déh?- perguntei ainda rindo e ela continuou me olhando seria, negando com a cabeça.
-Não é brincadeira, você está realmente grávida. Quase dois meses.- neguei com as lágrimas descendo.
-Eu não posso estar gávida Débora! Eu só tenho 17 anos, vou fazer 18 daqui dois meses!
Mas lágrimas começaram a descer e o nervosismo tomou conta de mim.
-Melinda se acalma, você não pode se agitar faz mal pro bebê.- neguei ainda com as lágrimas descendo.
-Pensa pelo lado bom, Linda, o Oli vai ter irmãozinho.
-Não Débora, não é tão fácil assim! O que vai ser de mim grávida com o Demo que é um descontrolado? Que por qualquer coisa já está querendo meter a porrada?- vi o Pistola engolir seco.
-Ele está preso e eu estou foragido, só estamos aqui ainda porque você precisa ficar em repouso e a Loira só uns exames aí que está pra vim.
Parei de escutar tudo depois que ouvi que o Demo está preso. Como assim preso? Quanto tempo ele vai ficar lá? Meu Deus, EU TÔ GRAVIDA DE UM TRAFICANTE!
Eu pensava encontrar o Demo de várias formas menos preso, como que ele deixou isso acontecer?
Saio do meus pensamentos com a porta do quarto sendo aberta e o médico entrando.
-Vim entregar os exames da senhorita Débora e dizer que a anormalidade no sangue dela não é nada de mais, apenas uma gravidez. Recomendamos que você faça um pré Natal, por isso já marcamos e daqui a 15 minutos te levaremos para fazer, boa tarde.
A Débora simplesmente começou a rir de nervosismo e o Pistola abriu mô sorrisão.
-Eu vou ser pai caralho!- falou todo contente e o Oliver aproveitou e puxou o dorittos da mão dele.
-Quem falou que tu é o pai?- ela falou com deboche e ele fechou a cara.
-Teu cu Débora, eu sei que é meu.- ele foi passar a mão na barriga dela e na hora ela tirou de cima.
-Está grávida de um filho teu não quer dizer que você pode me tocar.- ela cruzou os braços o encarando seria.
-Débora eu já falei que não quero saber mais de nenhuma, só de você e agora do meu moleque.- ela sorriu e chegou bem perto dele.
-Vai ser uma menina e você vai sofrer na mão dela.- ele gargalhou.
-Se vinher menina eu sou ensinar direitinho como se pega e não se apega e o que ela deve fazer quando algum passar da linha.- ele falou super normal e eu achei super fofo aquilo.
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De Patricinha a Patroa - RETIRADA
Teen Fiction+18 Melinda uma garota que de tudo que queria tinha, considerada filhinha de papai. Uma garota frágil, doce e humilde. Melinda mesmo tendo na mão tudo o que queria era uma garota humilde, educada pelos pais a sempre ajudar as pessoas necessitadas. U...