Capítulo 46

16.1K 922 122
                                    

Melinda narrando:

Acordei com minha cabeça doendo e todo o meu corpo pesado. Minha perna latejava e minha mão formigava.

Assim que abri os olhos a luz me fez fechar eles com força e abrir os mesmo algumas vezes. Quando consegui abrir por total estava em uma cama de hospital com um pesinho em cima de mim.

Quando vi o meu pequeno ali na minha frente, eu o apertei muito contra mim. Apertei tão forte que achava que ia esmagar ele, quando afastei ele um pouquinho vi que seu rostinho tinha alguns arranhões, assim como os bracinhos e as perninhas que também estavam roxas.

-Foi aquela vagabunda que fez isso com você, não foi meu amor?- cochichei no ouvido dele enquanto as lágrimas desciam e o apertei contra meu corpo novamente.

Olhei para o lado e vi a Débora dormindo, ou melhor, vegetando. Passei o olhar pelo corpo dela e o mesmo parou na barriga da mesma que estava com uma leve ondinha.

Mil coisas já vinheram na minha cabeça, mas afastei elas quando vi a maçaneta da porta se abrir e meu pensamento foi logo para o Demo, querendo com todas as forças que ele abrisse aquela porta.

Mas infelizmente quem passou por ela foi o Pistola com um dorittos na mão e o Wallace com outro dorittos, ele parecia está bem triste.

-Dá, dá...- o Oliver falou olhando para o Dorittos e os dois olharam pra mim e eu sorri fraco.

-Cadê o Demo?- a pergunta foi praticamente automática e eles desviaram os olhares, me fazendo engolir seco.- Quem me achou?

-O Demo.- o Wallace falou dando um pedacinho do dorittos ao Oli, que pegou e colocou tudo na boca pedindo mas, o WL olhou pra mim me perguntando se podia da e eu neguei.

-Coma o que está na boca.

-Olha Melinda, tem muita coisa que a gente precisa te dizer. A primeira é que...

-O que? Ela acordou?- meu coração errou uma batida quando a voz da Débora chegou até meus ouvidos.

Virei a cabeça devagar pra ela e vi aqueles olhos azuis lindo olhando pra mim.

-Você acordou!- falei abrindo a boca em um O e ela sorriu.

-E você está grávida.- meu sorriso fechou e eu olhei para ela, logo comecei a gargalhar depois.

-Que tipo de brincadeira é essa Déh?- perguntei ainda rindo e ela continuou me olhando seria, negando com a cabeça.

-Não é brincadeira, você está realmente grávida. Quase dois meses.- neguei com as lágrimas descendo.

-Eu não posso estar gávida Débora! Eu só tenho 17 anos, vou fazer 18 daqui dois meses!

Mas lágrimas começaram a descer e o nervosismo tomou conta de mim.

-Melinda se acalma, você não pode se agitar faz mal pro bebê.- neguei ainda com as lágrimas descendo.

-Pensa pelo lado bom, Linda, o Oli vai ter irmãozinho.

-Não Débora, não é tão fácil assim! O que vai ser de mim grávida com o Demo que é um descontrolado? Que por qualquer coisa já está querendo meter a porrada?- vi o Pistola engolir seco.

-Ele está preso e eu estou foragido, só estamos aqui ainda porque você precisa ficar em repouso e a Loira só uns exames aí que está pra vim.

Parei de escutar tudo depois que ouvi que o Demo está preso. Como assim preso? Quanto tempo ele vai ficar lá? Meu Deus, EU TÔ GRAVIDA DE UM TRAFICANTE!

Eu pensava encontrar o Demo de várias formas menos preso, como que ele deixou isso acontecer?

Saio do meus pensamentos com a porta do quarto sendo aberta e o médico entrando.

-Vim entregar os exames da senhorita Débora e dizer que a anormalidade no sangue dela não é nada de mais, apenas uma gravidez. Recomendamos que você faça um pré Natal, por isso já marcamos e daqui a 15 minutos te levaremos para fazer, boa tarde.

A Débora simplesmente começou a rir de nervosismo e o Pistola abriu mô sorrisão.

-Eu vou ser pai caralho!- falou todo contente e o Oliver aproveitou e puxou o dorittos da mão dele.

-Quem falou que tu é o pai?- ela falou com deboche e ele fechou a cara.

-Teu cu Débora, eu sei que é meu.- ele foi passar a mão na barriga dela e na hora ela tirou de cima.

-Está grávida de um filho teu não quer dizer que você pode me tocar.- ela cruzou os braços o encarando seria.

-Débora eu já falei que não quero saber mais de nenhuma, só de você e agora do meu moleque.- ela sorriu e chegou bem perto dele.

-Vai ser uma menina e você vai sofrer na mão dela.- ele gargalhou.

-Se vinher menina eu sou ensinar direitinho como se pega e não se apega e o que ela deve fazer quando algum passar da linha.- ele falou super normal e eu achei super fofo aquilo.

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora