Capítulo 23

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Eu andava de um lado pro outro e vazia mil e uma coisa, o por que? Isso é fácil o tempo está extremamente fechado, o que indica chuva forte e trovões. E eu tenho fobia! As únicas pessoas que conseguiam me deixar calmas eram meu país e a Débora, mas adivinha, não tenho nenhum deles.

Demo não me deixou de maneira alguma eu ir ver ela e isso já faz uma semana. Uma semana sem notícia alguma sobre a Déh!

Me levantei do sofá e fui desligar o forno, tirando o bolo de laranja e indo colocar na mesa, que a propósito tem uma travessa de lasanha, estronofone, frango, mousse e pudim.

Se eu vou comer isso? Não, não vou comer nada, só faço pra me manter ocupada o Oli podia fazer isso, porém ele está com o Demo.

Depois eu distribuo com os vapor,

-AAAHHHH!- gritei assim que deu um trovão e eu derrubei a forma do bolo no meu pé, me fazendo gritar de novo.

Começou a arde e meus olhos começaram a encher de lágrimas, assim que fiz mensão de sair dali o pé latejou e eu caí no chão.

-AHHHH!

As lágrimas começaram a descer e bolhas começaram a se forma em meu pé. Tá ardendo muito! Me apoiei na cadeira e quando eu fui me levantar doeu mais.

-Tu tá bem?- escutei a voz do WL e logo os braços dele rodearam minha cintura e ele me colou sentada na cadeira.

Eu estava chorando horrores, está doendo de mais.

-Me... me...levar pro... banheiro.- falei entre os soluços e ele me pegou no colo.

-O que aconteceu, Linda?- sim a gente já estava com intimidade.

-A... for... forma do bolo caiu no meu pé.- falei rápido tentando conter a dor.

Ele me levou pro banheiro do andar de baixo mesmo e eu fui pra parte do box. Abri o chuveiro e assim que a água encostou na minha pele parecia espinhos entrando na mesma.

-Acho melhor te levar pro postinho.- neguei com a cabeça e me apoiei mais nele.

- Eu consigo lidar com isso.- falei com as lágrimas descendo e a dor aumentando.

-Ai desgraça! Unha afiada, da peste Melinda!- quase gemeu de dor

-Isso não é nem metade da dor que eu tô sentido!- falei entre dentes e ele riu, filho da puta!

Fiquei ali por uns 15 minutos mais ou menos, a dor tinha passado um pouco, mas estava latejando.

-Vê se tem um sabão neutro ou sabonete aí nos armários!- falei me soltando dele e me apoiando na parede.

-Tu acha que eu sou viadinho pra saber qual é o sabão neutro?!- ele sorriu debochado e eu dei a língua.

-Sabe lê não?

Ele resmungou algo e foi até o armário, mexeu pra um lado e depois pro outro.

-Vai logo Wallace! Tá ardendo, merda!

-Calma, nem tá doendo tanto.

-Tu não vale nada!- falei fechando os olhos com força.

-É isso aqui?- abri os olhos e vi ele segurando o sabão neutro.

-É Wallace, me dá logo!- ele me deu e me sentei no chão, começando a lavar meu pé na maior delicadeza do mundo e ele ficou sentado na tampa do vaso mexendo no celular.

-Aê Linda, mô gatinha essa novinha né?!- estendeu o celular pra mim e eu fiz careta, garota com um quilo de maquiagem no rosto e fazendo um bico horrível.

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora