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Lucas - Temos muito em comum!

Catarina - É verdade!

Lucas - Só...estou curioso com uma coisa!

Catarina - O que?

Lucas - Você é tão inteligente, tem um potencial enorme, carisma, é bonita e já está quase concluindo o curso superior, isso tudo sem contar os cursos que provavelmente você já deve ter feito... Então, por que você trabalha como garçonete?

Catarina - Bem...em 1° lugar o horário é flexível, o que possibilita que eu continue estudando, em 2° eu ganho razoavelmente bem para me manter e para o que eu preciso. Antes eu trabalhava como auxiliar administrativo em um escritório, trabalhava o dia inteiro e o salário era horrível.- ele ri.- Eu tinha muitas dificuldades, desde financeira até para estudar, eu não conseguia acompanhar os horários, não conseguia horários para fazer os cursos e também não era liberada para os estágios que são obrigatórios. Isso estava prejudicando a minha licenciatura e me deixando com muita matéria acumulada.

Lucas - Retiro tudo o que disse!- ela ri.- Entendo, deve ter sido um período bem difícil.- ela concorda. Conversamos mais um pouco e como ficou tarde fui embora.

Poucos meses depois...

Lucas
Fiquei mais próximo da Catarina, talvez pelas coisas que temos em comum,nou pelo seu carisma, ou até mesmo pelo fato dela não ter ninguém aqui em Minas, mas quanto mais eu a conhecia mais eu gostava dela e da sua companhia.
Fui algumas vezes com ela no asilo onde ela faz voluntariado e consegui convencer o meu pai a incluir a instituição na lista de instituições que a empresa auxilia.
Observando a dedicação dela aos idosos, as crianças do instituto do câncer infantil, aos seus estudos e o quanto trabalha sempre com um sorriso no rosto, sem reclamar ou tratar ninguém com indiferença me fez admirar ainda mais ela.
A Flávia continua no meu pé, ela é muito amiga da minha mãe e seguidamente aparece lá em casa. Ela gosta de me provocar, dorme lá em casa e fica desfilando de short doll curto na minha frente...admito que às vezes não resisto. Que homem resistiria?

Flávia - Por que a gente não volta? Nos damos tão bem...

Lucas - Nos damos bem na cama, só isso!- sinto meu rosto arder com o tapa que ela me dá.

Flávia - O que você pensa que eu sou? Eu me entrego para você de verdade, por amor...e você diz na minha cara que é só sexo?- começo a chorar.

Lucas - Cê vai acordar todo mundo!- tento acalmá- la.- Eu disse desde o início que não quero voltar, mas cê continua aparecendo e insistindo...

Flávia - Porque eu amo você!

Lucas - Desculpa, mas eu já não sinto mais o mesmo por você.

Flávia - Eu tinha esperança de que aqui.- toco no peito dele.- Ainda tivesse um pouquinho de nós dois, mas vejo que é só dá minha parte.- argumento chorando, mas ele insiste que não teremos mais nada. Ele entra no banho, se veste e sai me deixando sozinha no quarto dele. Me visto e saio do quarto, converso com a Karina, sempre nos demos muito bem e ela torce pela nossa volta.

Karina - Não desiste, vocês já estão passando mais tempo juntos do que antes. Daqui a pouco ele dá o braço a torcer... não desiste!- tranquilizo ela.

Flávia - Não sei!- conto para ela o que ele disse.- Ele não demostra sentimento nenhum por mim.

Karina - É que cê aprontou muito, ficou dando uma de menina mimada, agora tem que mostrar pra ele que cê mudou...

Flávia - Estou me esforçando, mas ele não vê. Será que ele está interessado em alguém?

Karina - Acredito que não, se não ele já teria dito alguma coisa.

Flávia - Não sei mais o que eu faço!

Karina - Calma, vamos pensar em alguma coisa.

Não foi por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora