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Catarina
Levei a Akemi na sexta-feira mesmo para minha casa, mas logo que acordamos no sábado nos arrumamos e fomos para o interior. Eu queria muito que a Crys a conhecesse.
A Akemi amou o lugar, amou muito o Michelangelo e a Hazel Grace, ela e a Crys se deram muito bem.

Crys - O Lucas me ligou esses dias, ele perguntou por você.- ela me olhou mas não disse nada.- Eu achei que vocês já tivessem se superado.

Catarina - Eu também, mas a última vez que vi ele percebi que não!- conto para ela sobre a discussão que tivemos na véspera da Páscoa.

Crys - Por que você não disse toda a verdade para ele?

Catarina - Eu tentei, mas ele estava muito transtornado e não quis me ouvir!

Crys - Já que isso não vai dar em nada, por que você não colocou um ponto final nesta história de vocês?

Catarina - Acho que ele mesmo já colocou um ponto final. Ele só queria saber o motivo de eu ter ido embora. Mas, quando eu vi ele ali tão pertinho...me bateu uma saudade de nós dois.

Crys - Desculpa amiga, mas eu não entendo esse seu gostar. Como uma pessoa que diz que gosta, abre mão assim do amor da sua vida?

Catarina - Eu não abri mão de nada... só me sentia um estorvo e pensei que seria melhor para ele...- conversamos mais um pouco e a Crys foi para a casa dela revoltada comigo, por eu ter deixado a oportunidade de ter o Lucas de volta passar. Fiz um chocolate quente para mim e um mais morninho para a Akemi, e nos ajeitamos no sofá, aconchegante da cabana para assistir desenhos.

Akemi - Você tem um amor da vida?

Catarina - Eu? Como assim?

Akemi - Sim! Um marido?

Catarina - Não, eu não tenho marido.- respondo rindo.

Akemi - Mas a tia Crys disse o amor da sua vida...

Catarina - E você ficou com as orelhas em pé ouvindo tudo, né?- ela ri.

Akemi - Onde que ele tá?

Catarina - Ele quem meu amor?

Akemi - O amor da tua vida,ora!

Catarina - Está bem aqui!- aponto para ela.

Akemi - Não! Um amor igual marido.

Catarina - Eu já disse que não tenho marido. Eu tinha um namorado, mas não tenho mais!

Akemi - Mas por que?

Catarina - Por muitos motivos, mas o principal é que ele precisava muito cuidar do filhinho dele.

Akemi - Mas por que tu não ajudou ele? Tu não trabalha com as sociais?- ela riu alto.

Catarina - Crianças e suas ingenuidades! - reflito.- Eu trabalho sim, mas é diferente. São coisas de adultos, você não iria entender e eu também não saberia te explicar.
Conversamos mais um pouco sobre outros assuntos e eu acariciava seus cabelos e suas costinhas. Continuei com a nossa conversa posterior na minha cabeça e a imagem do Lucas decepcionado comigo, não saia da minha cabeça. Não demorou muito Akemi dormiu, coloquei ela na cama e deitei ao seu lado, e embora me sentisse muito feliz por ter ela aqui comigo uma enorme tristeza invadia o meu peito.

Domingo a tarde...

Crys - Vocês tem mesmo que ir?- falo com Akemi no colo.

Catarina - Temos sim, amanhã eu trabalho e alguém tem escolinha!

Akemi - Eu!!!!- levanto a mão e elas riem.

Catarina
Chegamos em casa no finalzinho da tarde, a Akemi brincou e andou de bicicleta até dentro de casa. A noite depois de jantar e tomarmos banho, ela dormiu assistindo desenho.

Dia seguinte

Ana - Bom dia!

Catarina - Muito bom dia!- nos abraçamos.

Ana - A Akemi chegou cheia de histórias para contar sobre o final de semana "fantástico", nas palavras dela.- a Cati ri.- Que ela teve.

Catarina - Que bom que ela gostou. Nós nos divertimos muito, mas eu gostei muito mais!

Ana - Dá para ver a felicidade no rostinho dela.

Mais tarde,no mesmo dia.

Ana - Catarina, a polícia está aí e estão perguntando por você!- digo apreensiva.

Catarina - Polícia?- ela concordou com a cabeça, a sigo e vamos até a recepção onde eles estão.

Não foi por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora