Crys - Tem mesmo certeza de que você quer ficar sozinha? Eu não me importo de dividir a cama com você, você sabe disso!- pergunto preocupada.
Catarina - Tenho sim! Não se preocupa, eu só preciso ficar um pouco comigo mesmo!
Crys - Cati...
Catarina - Eu prometo que não vou fazer nenhuma besteira!
Crys - Jura? Jura pelo...- penso por alguns instantes.- Pela Akemi?
Catarina - Eu juro!- depois que consegui convencer ela, peguei as minhas roupas, coloquei na mochila e fui até a cabana que sempre fico quando venho para cá.
Deixo a mochila ali e saio para caminhar um pouco pela pousada que está com pouco movimento por ser um dia de semana. Sentei na borda da piscina e molhei os meus pés, tento aproveitar a paz do lugar para colocar os meus pensamentos em ordem. Mas não paro de pensar se a Akemi está bem.
Volto para a cabana assim que o sol começa a se pôr, tomo um banho e pego uma taça de vinho tinto suave, me sento na cama, cubro as minhas pernas e pego um livro para ler. Coisa que não faço já tem um tempo.
Mas não consigo me concentrar na leitura, penso nas coisas que a Crys me disse sobre o Lucas, penso nele em todos os sentidos e principalmente na nossa última conversa. Enfim, consigo prestar atenção no que estou lendo, mas quando me aprofundo na minha leitura, sinto os meus olhos pesarem e acabo cochilando. Não sei ao certo quanto tempo dormi, mas acordo com batidas na porta da cabana. Levanto, ainda sonolenta e deixo a taça do vinho que bebi dentro da pia, no curto trajeto até a porta ouço mais uma batida e abro. - Só pode ser a Crys!- penso.Lucas - Boa noite!- ela fica surpresa ao me ver.
Catarina - Lucas?- falo sussurrado.
Lucas - Você já estava dormindo?- pergunto ao vê-la de pijama.- Eu sei que já é de noite, mas...eu não consegui ver você ontem, então...
Catarina - Desculpa, eu...eu não esperava que...
Lucas - Que eu viesse até aqui?- ela concorda com a cabeça. Ela está aparentemente abatida, mas parece bem.- A gente vai ficar conversando aqui na porta?
Catarina - Você estava aqui por perto?- pergunto dando passagem para ele entrar.
Lucas - Não, eu passei em casa antes de vir pra cá.
Catarina - E o Arthur?
Lucas - Está bem, enorme, esperto e ele é lindo.- ela sorriu.- Ele ficou em casa com os meus pais.
Catarina - Fica a vontade!- ele se aproxima.
Lucas - Como você está?
Catarina - Ainda tentando entender tudo o que aconteceu...
Lucas - Eu imagino, mas vai ficar tudo bem!
Catarina - Eu juro que não fiz nada do que estão me acusando!
Lucas - Eu sei, acredito em você. Já estou finalizando o relatório, só falta reunir os últimos depoimentos. Quero levar tudo o que eu consegui juntar para sua audiência.
Catarina - Audiência?- pergunto assustada.- Eu...eu vou ser julgada como uma criminosa, igual nos filmes?
Lucas - Não, calma! É diferente. Só o juiz, provavelmente um escrivão, eu, você, a pessoa que está te acusando e o advogado dela.- explico ao ver que ela ficou aflita.
Catarina - E a Akemi? Você... você viu ela? Ela está bem?
Lucas - Eu a vi brincando com as outras crianças quando a Ana me ligou... ela está bem!
Catarina - Eu não vou mais poder ver ela?- pergunto com os olhos marejados e nem sei se estou preparada para ouvir a resposta.
Lucas - Por enquanto não, a avó dela tem uma medida protetiva contra você. Depois que tudo isso passar, eu vou ver o que consigo fazer para reverter. Mas cê tem que estar ciente que elas são parentes... talvez eu consiga um acordo, mas não posso garantir nada.- ela deixa escapar algumas lágrimas.
Catarina - Obrigada! Obrigada por tudo o que você fez e está fazendo.- ele sorriu de canto e se aproximou ainda mais. Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e com a outra mão me segurou pela cintura me levantando do chão e me colocando sentada sobre o balcão da pia.
Continua??
💓 Pessoal, lembrando que estamos chegando a reta final,e que devido as minhas aulas,darei um tempinho nas histórias. Mas estarei colocando o meu lado criativo para funcionar, para trazer assim que possível,mais histórias cheias de amor, para vocês.💓
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Não foi por acaso
Fiksi PenggemarCatarina Ribeiro, uma jovem estudante de Assistência Social de 24 anos,casou-se muito cedo por amor, porém o homem que ela acreditava ser o "amor da sua vida", não era exatamente quem ela imaginava ser. Sentindo-se desprotegida e totalmente desampar...