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Continuação...

Catarina - LUCASSSS!!!- grito.

Polícia - Todos com as mãos para o alto!

Lucas
Levanto do chão com as mãos para cima e me identifico como quem chamou a polícia. Ando até a Catarina que está apavorada, chorando muito e a abraço.- Tá tudo bem, já passou!- sinto que ela está trêmula.

Catarina - Você está bem? Se machucou?- falo tocando e olhando ele todo, enquanto ele tenta me manter calma.

Lucas - Não me machuquei, tá tudo bem! Cê tá bem?- ela concorda com a cabeça.

Catarina - Eu...eu achei que ele tivesse atirado em você!- falo ainda chorosa.

Lucas - Não, eu consegui segurar a mão dele...

Polícia - Vocês terão que me acompanhar até a delegacia para prestar depoimento e maiores esclarecimentos sobre o ocorrido.

Catarina - E ele?- falo assustada.

Polícia - Chamamos o socorro, mas o disparo atingiu a perna dele, acredito que vai ficar bem!

Lucas - Ele não pode ser liberado, foi ele o responsável por tudo isso!

Polícia - Certamente! Já colhemos depoimento de alguns vizinhos que viram ele trazendo a moça a força e de forma violenta para dentro. Agora iremos apurar os demais fatos e dar prosseguimento ao processo.

Lucas
Depois dos nossos depoimentos e dos exames de corpo de delito, fomos liberados. O Bruno foi atendido e assim que for liberado será preso.
Nossa que dia!- penso.- Você vai ficar bem?- noto ela muito quieta e aparentemente triste.

Catarina - Vou! Você está bem, é isso que me importa!- ele sorriu e me abraçou com carinho.- E a Flávia?

Lucas - Ela teve um deslocamento da placenta, está melhor, mas vai ficar no hospital por enquanto.

Catarina - Eu sinto muito!

Lucas - Tá tudo bem, ela e o bebê ficarão bem!

Catarina - Sinto muito pelo Bruno também, eu nunca queria ter envolvido você nessas situações...

Lucas - Você não tem culpa disso, esse cara não vale nada...- o nosso dia foi complicado, chegamos em casa de madrugada e a Cati estava tão assustada que custou muito a dormir. Pra falar a verdade, eu também custei para dormir, fiquei pensando em quando será que nós dois teremos paz.
Na manhã seguinte passei no hospital para ver a Flávia e fiquei feliz ao ver que ela está bem e que passou a noite tranquila.

Flávia - Bom dia!- bocejo.

Lucas - Bom dia! Desculpa eu não quis te acordar, só passei ligeiro para saber como cês estão!

Flávia - O doutor passou aqui mais cedo, ele disse que se eu passar o dia bem, me dará alta no fim da tarde!

Lucas - Isso é bom! Descansa e obedece as orientações do médico.

Flávia - Descansaremos! - coloco a mão na barriga.- Eu preciso de você! Nós dois precisamos!- coloco a mão dele na minha barriga.

Lucas - Estou sempre por perto, tento fazer o melhor que posso!

Flávia - Isso não é o suficiente!- falo com os olhos marejados.- Não é nada fácil passar por isso tudo sozinha!

Lucas - Você não tá sozinha, mora lá na mãe, tem tudo o que precisa e eu sempre estou por perto!

Flávia - A gente tem que começar a fazer o enxoval e a pensar em um nome. Já estou com 5 meses e meio e não temos quase nada pra ele.

Lucas - Eu deposito todos os meses pensão, você poderia ter comprado muitas coisas. Você precisa de mais dinheiro, eu deposito pra você e...

Flávia - Eu preciso que você participe, que me ajude, que tenha lembrança desses momentos. Ou aquela fulana é mais importante que o seu filho?- ele suspira.

Lucas - Eu faço tudo isso que cê acabou de dizer aí, mesmo assim cê não parece contente nunca!

Flávia - Só ficaria contente se você tivesse escolhido a mim e ao nosso filho!!

Lucas - Eu escolhi a mim e ao nosso filho, mas eu nunca disse que não participaria!- ela deixa cair algumas lágrimas.

Flávia - Se eu tiver alta, você virá me buscar?

Lucas - Sim!- acaricio sua barriga, me despeço e saio.

Não foi por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora