#37

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Pela manhã...

Lucas
Acordei com meu celular tocando, desliguei, afinal é domingo e eu quero dormir mais um pouco, mas ele insistiu em tocar...

Ligação on:
Karina - Lucas?- falo alto.

Lucas - Bom dia mãe!- respondo sonolento.

Karina - Vem logo para o hospital, a Flávia tomou um frasco inteiro de comprimidos. Vem logo pra cá!

Lucas - Tô indo!- respondo nervoso.
Ligação off:

Catarina - Que foi amor?- me preocupo ao ver ele levantando e se vestindo rápido.

Lucas - Não sei direito, parece que a Flávia tomou um frasco de comprimidos...estou indo para o hospital!- me visto como consigo e procuro minha carteira e a chave do carro.

Catarina - Deixa que eu te levo, você está muito nervoso para dirigir!- ele acabou concordando, me arrumei ligeiro e fomos para o hospital.

Karina - Eu não acredito que cê trouxe essa aí junto!

Lucas - Mãe não começa!

Karina - O que você quer? Veio ver a desgraça alheia? Deve estar bem feliz, né!?

Catarina - Eu só vim dirigindo porque o Lucas ficou muito preocupado...eu não sou o tipo de pessoa que fica feliz com a infelicidade dos outros...

Lucas - Eu sei, não liga não! - beijo sua testa.- Como ela está?- pergunto para os meus pais.

Paulo - Ainda não sabemos, levaram ela direto!

Karina - A culpa é toda sua, se tivesse se colocado no seu lugar desde o início o Lucas estaria no seu devido lugar, com a Flávia e o Arthur!

Lucas - Mãe, já chega!- seguro firme a mão da Cati, que tenta ir embora e noto seus olhos marejados.

Paulo - Chega Karina! Não é hora para chiliques, estamos todos nervosos e apreensivos.

Karina - Chilique? A Flávia tentou se suicidar com um neto nosso na barriga. Porque o seu filho irresponsável, só pensa nele mesmo!

Catarina - Melhor eu ir!- sussurro para o Lucas.

Karina - Cê não devia nem ter vindo!  Não é bem vinda, não gostamos de você!

Lucas - Mãe...

Paulo - Karina!!- a repreendo.- Não dê ouvidos para ela, ela está fora de si...eu falo por mim quando digo que gosto de você e que é bem vinda.

Leandro - Eu também gosto...

Lucas - Brigado!- falo para o pai e para o Leandro.- Estamos todos nervosos, mas por favor, chega dessa discussão e acusações.

Paulo - Com certeza!

Karina - Quero ver quem vai ter razão se chegar a acontecer alguma coisa com a Flávia e com o Arthur!- falo entristecida.

Lucas
A Cati achou melhor voltar pra casa e eu nem posso tirar a razão dela. A minha mãe fez questão de deixar bem claro que não gosta dela. As horas passam e nada de notícias, o que nos deixava extremamente preocupados.

Dr. Cezar - Familiar de Flávia Pillar?- eles se aproximaram.- Bem... ela ingeriu uma dose grande de tranquilizantes. A pressão, oxigenação sanguínea e os batimentos cardíacos estavam irregulares, assim que conseguimos estabilizá-la fizemos uma cesárea de urgência e...

Karina - Aí meu Deus!- falo com as mãos no rosto.

Lucas - E como eles estão?

Cezar - O bebê está bem, apesar de tudo os medicamentos não o afetaram, mas como ele é prematuro terá que ficar na incubadora por uns dias.- eles sorriram.- Já a mãe, conseguimos estabilizá-la, no entanto a manteremos sedada até conseguir desintoxicá- la totalmente...

Lucas - Posso ver eles?- o médico concordou. Vesti uma roupa higienizada e fui levado até a maternidade. Fiquei muito emocionado ao ver o meu filho pela primeira vez, mesmo que dentro de uma incubadora.
As enfermeiras disseram que ele nasceu bem, mesmo prematuro de 7 meses e meio. Fiquei um bom tempo ali, acariciando sua pequena mãozinha e observando cada respiração dele.
Mais tarde tive autorização para ver a Flávia, os pais dela chegaram no início da noite e foi horrível a forma como me acusaram das loucuras que a Flávia fez. Não dei ouvidos, eles sabem muito bem a filha que tem.

Cláudia - Se alguma coisa acontecer com a minha filha, saiba que a guarda do Arthur será nossa!- esbravejo.

Lucas - É o que veremos!- falo saindo.

Não foi por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora