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Catarina
Assim que a Ana nos deu o "Ok" saímos tentando organizar as crianças que estavam eufóricas. Mas falhamos, pois assim que elas viram o casal fantasiado de coelhos saíram correndo e gritando alegres até eles.
O casal de Coelhos foi muito gentil e divertiram as crianças mostrando um cesto cheio de coelhos de verdade e dizendo para as crianças que eles eram seus filhos.
Algumas das crianças menores tiveram um pouco de medo, então tivemos que entretê- las levamos elas para as áreas onde estavam os brinquedos infláveis, a cama elástica e a casinha de bolinhas. A equipe que doou e preparou a festa se dividiu para nos ajudar a cuidar das crianças.
Foi mágico ver a felicidade deles e como se divertiam.
Assim que tudo ficou mais organizado, peguei meu celular e comecei a registrar aquele momento para poder postar mais tarde na página da instituição. Fotografei tudo o que pude, cada sorriso, cada momento das brincadeiras, as crianças com os coelhinhos e me diverti muito vendo a felicidade deles.
Saí andando pelo meio das crianças e dos brinquedos buscando os melhores cliques e registrando aleatoriamente tudo o que podia. Até ser chamada pela Ana para registrar a entrega dos ovos. Fui caminhando até lá e fotografando, até que quase não pude acreditar no rosto que estava na tela do meu celular. Eu olhei diversas vezes para ter certeza mas ele não me viu, estava distraído entregando os ovos para as crianças a sua volta.
Eu queria muito sair dali, mas as minhas pernas simplesmente não me obedeciam.

Ana - Catarina!!- grito e a chamo para perto, para que pudesse tirar mais fotos

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Ana - Catarina!!- grito e a chamo para perto, para que pudesse tirar mais fotos.

Catarina
O Lucas olha para a Ana que está acenando para mim feito uma louca e me olha surpreso. Não quis esperar sua reação e assim que as minhas pernas resolvem me obedecer entrei no meio das crianças e dos brinquedos e saio ligeiro sem olhar para trás. Respiro aliviada quando consigo entrar na instituição.

Lucas - Pra onde ela foi?- deixo a caixa com um amigo e me aproximo da Ana questionando ela.

Ana - Eu...eu não sei. Mesmo ela sendo um pouco tímida eu não consigo entender a reação dela.

Lucas - Por favor, me diz onde eu posso encontrá-la.

Ana - Bom, talvez ela esteja lá dentro!- nem bem termino de falar e ele já sai, o sigo mas não a encontramos na sala dela. Os olhos dele brilham ao ver as fotos dela com as crianças.

Lucas - Tem algum outro lugar onde ela possa estar ou o endereço dela?

Ana - Talvez, mas você não pode ir entrando assim e eu também não tenho autorização para dar o endereço ou contato dela.

Lucas - A senhora tem razão, me desculpa. Mas eu quero muito falar com ela. Quando a encontrar diz pra ela que eu nunca deixei de pensar nela ou de procurá-la, talvez ela conte a nossa história.- entrego um cartão com os meus contatos, com a esperança de que ela me ligue e volto para a festa.

Ana - Ele queria te encontrar de qualquer jeito!- falo entrando na minha sala, a vejo aflita observando a festa do cantinho da janela.

Catarina - O que ele disse?

Ana - Que nunca deixou de pensar em você, de te procurar e disse que talvez você conte como ele mesmo se referiu: "a nossa história".- percebo seus olhos marejados.- Não vou perguntar nada, mas quando você quiser conversar lembre-se que estarei sempre aqui.

Catarina - Obrigada!

Ana - Ele te deixou isso!- entrego o cartão para ela e volto para a festa.

Catarina
Ela saiu e eu fiquei observando o restante da festa pela janela, vi o Lucas olhar aqui para dentro várias vezes, mas fiquei aliviada quando a festa acabou e todos começaram a ir embora.

Não foi por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora