Bruno - Que feio, fugindo!
Catarina - Tá louco? Me solta!- tento sair.
Bruno -ri.- Eu disse que queria falar com você!
Catarina - Não temos nada para conversar!- tento me soltar novamente.
Bruno - Continua geniosa!- passo a mão em seus cabelos.- Cadê o playboy, te deixou sozinha?
Catarina - Já disse pra você me soltar!
Bruno
Aperto ainda mais ela contra a parede e pude sentir o medo em seu olhar.- O que temos aqui?- falo revistando ela.Catarina - O que você está fazendo? Sai daqui, me deixa em paz!- dou tapas nele para ver se ele me solta.
Bruno - Ora, ora!- pego uma quantia em dinheiro que achei dentro da bolsa dela.
Catarina - Seu cretino, nojento!- guspo na cara dele que me solta, mas dois passos depois sinto que fui puxada novamente, só que pelos cabelos. Ele me puxou com tanta força que cai no chão, ele veio por cima de mim e me imobilizou, eu tentei gritar, mas ele cobriu a minha boca. Nem sei como, mas consegui dar uma joelhada nele, que me deu um tapa no rosto. Me senti impotente e chorei.
Lucas
Estacionei o carro e fui voltando para encontrar a Cati. Percebi uma movimentação no chão, mas só vi a realidade da situação conforme fui me aproximando. Entramos em luta corporal, a Cati chorava bastante e eu queria quebrar a cara daquele marginal, mas o miserável conseguiu fugir. Volto minha atenção para ela que estava machucada, assustada e chorando muito.
Depois que ela se acalmou um pouco, consegui convencê-la a prestar queixa na delegacia.Catarina
Aquilo tudo foi muito humilhante, nunca imaginei que iria passar novamente por isso, mesmo depois de tanto tempo. Não consigo entender o que aquele traste está fazendo aqui em Minas Gerais e o que ele quer me infernizando agora depois de todos esses anos. Fiz o exame de corpo de delito, os meus braços estavam roxos, pela brutalidade que ele me segurou, as minhas costas e pernas estavam esfolados pela força que ele me jogou no chão e pelo fato de eu ter tentado me soltar dele, a minha cabeça está dolorida pelo puxão de cabelo e fiquei com uma marca no rosto pelo tapa que ele me deu.Delegado - Me conte o que aconteceu com todos os detalhes que você conseguir lembrar.- ela concordou com a cabeça e começou a falar, fui digitando tudo.- Você já viu esse sujeito antes? Seria capaz de reconhecê-lo?
Catarina - Sim!- olho para o Lucas que me incentiva a contar tudo.
Delegado - Seria capaz de lembrar de onde conhece o sujeito?
Catarina - Sim, o nome dele é Bruno Maia... ele... ele é meu ex marido.- o Lucas me olhou sem entender e ficou visivelmente chateado.
Delegado - Então não foi um assalto qualquer, ao acaso? É uma briga doméstica?
Catarina - Não! Nós já estamos separados há mais de 5 anos...
Delegado - Você tem alguma ideia do que pode ter levado ele a fazer isso?
Catarina - Não, eu não vejo ele há muitos anos, nem sei como ele me encontrou aqui!
Delegado - Como assim?
Catarina - Nós dois somos de Santa Catarina, mas já tem uns três anos e meio que eu moro aqui...
Delegado - Ele disse alguma coisa antes de te atacar?
Catarina - No restaurante que eu trabalho ele ficou me observando, um momento ele disse que queria falar comigo, mas ignorei. Quando eu saí, eu nem vi ele...chegou me prensando e quando tentei sair pegou o meu dinheiro e me bateu.- o delegado digita tudo e quando termina o sistema mostra que já tem uma queixa de agressão contra o Bruno.
Delegado - Você fez um boletim de ocorrência contra ele há cinco anos atrás, mas não quis dar continuidade a denuncia. Por que?
Lucas - Por que cê fez isso?- ela me olha assustada, enquanto estou com um misto de sentimentos muito grande dentro de mim.
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Não foi por acaso
FanfictionCatarina Ribeiro, uma jovem estudante de Assistência Social de 24 anos,casou-se muito cedo por amor, porém o homem que ela acreditava ser o "amor da sua vida", não era exatamente quem ela imaginava ser. Sentindo-se desprotegida e totalmente desampar...