Catarina Ribeiro, uma jovem estudante de Assistência Social de 24 anos,casou-se muito cedo por amor, porém o homem que ela acreditava ser o "amor da sua vida", não era exatamente quem ela imaginava ser. Sentindo-se desprotegida e totalmente desampar...
Flávia - Ela não é estranha, mas tinha tudo para não ajudar e mesmo assim ajudou. Eu achei que ela usaria isso para tentar tirar algum proveito, mas até agora nada!
Karina - Ihhh, quanto mistério!
Flávia - Eu que o diga...
Karina - Como então cê descobriu?
Flávia - Eu estava muito sensibilizada e acabei conseguindo convencer a enfermeira que teve dó de mim. Mas eu nunca disse nada porque realmente achei que ela fosse aparecer e se revelar.
Karina - Fala logo quem é, porque já estou em cólicas!
Flávia - Foi a Catarina!- ela me olha espantada.- Quando eu me dei conta de que ela não iria aparecer, eu acabei ficando com medo de colocar tudo o que eu estava conseguindo conquistar do Lucas a perder e não disse nada. Tive medo de perder ele de novo, dele sair desenfreado atrás dela.
Karina - Eu não acredito! Logo ela?
Flávia - Sim! Quando a vi lá naquela cama de hospital, eu senti muita gratidão e eu estava tão emotiva que fui no outro dia até lá, só para agradecer o gesto generoso dela. Mas depois eu fiquei pensando que provavelmente ela doou só para poder se reaproximar do Lucas, mas isso não aconteceu, ela nunca apareceu.
Karina - Agradeça por ela nunca ter voltado e aconteça o que acontecer, nunca conte nada para o Lucas.
Flávia - Eu não disse nada porque tinha medo de perder ele, mas agora percebo que o Lucas nunca foi meu de verdade, apesar de ficarmos juntos nada mudou e ele não me ama.
Karina - Não importa, você não chegou até aqui para desistir!
Flávia - Ka, eu mudei muito. Depois de tudo o que aconteceu eu sinto que não sou mais a mesma e também sinto que preciso mudar mais, melhorar, seguir em frente!- ela me olha seriamente.- E sabe do que mais?- ela nega com a cabeça.- Eu nem sei mais o que eu sinto pelo Lucas.
Karina - Você não fez tudo o que fez para desistir assim, não é?
Flávia - Eu amei muito o Lucas, mas hoje eu noto que não é mais como antes. Depois que eu tentei me reaproximar e tinha certeza de que ele iria me querer, como sempre... ele não me quis. Eu acho que me senti inferiorizada ao ser trocada por uma garçonete e quis fazer de tudo para ele me querer novamente...
Karina - Mas Flávia...
Flávia - Foi pura birra, como alguém como eu Flávia Pillar seria trocada por uma garçonete? Aquilo era o fim pra mim...mas olha onde tudo isso me levou!- reflito.
Karina - Então você vai mesmo jogar a toalha?
Flávia - Eu não sei, mas eu estou muito cansada de tudo e descontente com o rumo que minha vida está tomando...
Karina - Vai contar para o Lucas da fulana?
Flávia - Não, não tenho coragem. Sinto que ele vai me odiar pelo resto da vida por eu não ter dito nada antes.
Karina - Melhor assim, não diz nada. No que depender de mim, vou fazer a egípcia... também não sei de nada!
...
Catarina Depois de ficar alguns dias afastada me recuperando, fiquei muito feliz em poder voltar para o trabalho. Eu já estava com muita saudade das crianças, dos atendimentos e das minhas colegas de trabalho. Assim que tive um tempinho fui até o pátio e já notei alguns rostinhos novos brincando pelo pátio. Andei por ali e conversava com uma das educadoras quando um rostinho angelical, sorridente e cheia de cachinhos se aproximou de mim. Nem bem termino de dizer Oi e ganhei um abraço muito gostoso.
Akemi - Oi profe!
Catarina - Oi meu bem!- me abaixo ficando na sua altura.- Qual seu nome?
Akemi - Akemi, mas às vezes me chamam de Mimi.
Catarina - Hum! É um nome muito bonito, assim como você!- ela sorri mais ainda e fica mexendo no meu crachá.
Akemi
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