Cala a boca!

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Como prometido, um outro capítulo postado ainda hoje (Mais cedo do que eu pretendia, mas creio que isso não seja algo ruim, rsrs). E bom, como hoje eu estou inspirada, prometo que até às 21:30 eu posto um outro, o último por hoje. Espero que gostem! Hehe💜

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                              (Ian POV)

— Acho melhor a senhorita ir para casa, ficar em repouso e se cuidar devidamente — Sugiro, assim que Nikolina termina de comer seu sanduíche.

— Não posso. Pelo menos, não agora — Dá de ombros, impotente — Esperarei as aulas acabarem e pedirei para que Paul me dê uma carona até em casa. Não vai dar pra eu ir de bicicleta — Ela explica, como se fosse óbvio – e é – e então dá uma golada em seu suco, saboreando o sabor e lambendo os lábios. Engulo em seco e o olhar de sua boca imediatamente.

— Eu posso te dar uma carona, se quiser — Ofereço. Nikolina me olha estranho, como se não pudesse acreditar no que eu havia dito. Eu mesmo não o faço. Não deveria ter aberto a porra da boca.

Deus, eu devo estar ficando louco.

Eu não deveria nem ao menos estar aqui. Quem dirá oferecendo carona para uma aluna.

O que as demais pessoas iriam pensar se nos vissem juntos? Não gosto nem de imaginar.

— Eu...— Ela começa, hesitante, mas logo se detém. Os lábios dela se abrem e fecham como os de um peixe. Suspiro. Preciso ir embora.

— Você precisa se decidir logo, garota — Resmungo, impaciente.

Não é meu trabalho cuidar de Nikolina, não é minha obrigação. Não sou responsável por ela ou qualquer coisa parecida. Ainda assim, me sinto mal por ter que deixá-la aqui. Faltam três aulas. E eu estou à disposição.

— Eu não acho uma boa ideia — Responde, enfim. Saio dos meus devaneios. Volto meu olhar em sua direção, encontrando temor em seus olhos castanhos.

— Acha que eu tentaria alguma coisa? — Pergunto, minha voz saindo mais grave do que pretendia. Ela engole em seco. Raiva queima em meu interior.

Respiro fundo.

— Sendo sincera? Eu não te conheço. Não entro no carro de estranhos, e como pode ver, não estou nas melhores condições caso precise me defender — Ela explica, sendo sincera. Não consigo evitar, acabo sorrindo.

— Não sou um estranho. Sou seu professor de física — Enfatizo, irônico. Ela fica quieta durante alguns segundos. Prossigo — Santo Deus, garota, eu nunca tentaria nada com a senhorita estando nas condições atuais — Reviro os olhos.

— Então... Isso quer dizer que se eu não estivesse frágil o senhor tentaria algo? — Ela pergunta, baixinho. Sinto meu coração errar uma batida violenta. Por pouco não me engasgo com a saliva.

— Essa não é a questão, senhorita — Corto o assunto na mesma hora. Meu estômago se embrulha diante sua pergunta inesperada. Ela franze a testa e então pisca depressa.

— O senhor tem toda razão — Concorda, já deixando a bandeja de lado. Limpa as mãos com o guardanapo e suspira — Bom, eu vou aceitar sua carona. Não tenho muita opção — Ela ameaça se levantar. O faço também. Seguro sua cintura e a ergo da maca. Seus olhos me encaram fixamente, percebo de soslaio. Inalo o ar com força, soltando-a ao perceber que ela poderia se manter de pé sozinha. Levo minha mão até o pescoço, afrouxando o nó da minha gravata. Estou me sentindo sufocado. O ar foi roubado dos meus pulmões. E a culpa é dela. Desses olhos curiosos e insistentes.

FUCK ME, TEACHER || NIANOnde histórias criam vida. Descubra agora