Michael

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*Michael Malarkey na mídia*

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                           (Nina POV)

Enquanto o meu professor dirigia, para a minha satisfação, em silêncio, concentrado na estrada, eu permaneci quieta na minha. Não puxei assunto. Me contentei em apenas ficar observando, com fascínio, os detalhes do seu carro incrível.

“Não tenho muita certeza se ele conseguiria comprar um desses apenas com seu salário de professor” Foi o que pensei minutos após entrar no veículo, quando comecei a reparar em seu interior.

O automóvel não é tão grande por dentro, quanto me aparentava ser por fora. Porém, creio eu, que seu tamanho seja mais que o suficiente para um cara sozinho. O que é o caso dele.

Em minha inspeção meticulosa por todo o interior do carro, notei que o painel à nossa frente possui inúmeros botões, para dar e vender, o que atraiu a minha curiosidade imediata. Quis saber a função de cada um deles, devo confessar. E, até mesmo cogitei a possibilidade de perguntar para o homem sentado ao meu lado. Mas, me lembrei que ainda estou brava com ele e desisti de abrir minha boca. Não iria lhe dirigir uma única palavra sequer. Morderia a minha língua e engoliria as palavras caso fosse preciso.

Então, decidi que seria uma ótima ideia descobrir por conta própria. Comecei à
apertar cada um daqueles botões. Ian me observava em silêncio. De soslaio, seus olhos me fuzilam sem dó, ele nem ao menos precisaria transformar em palavras o quão irritado estava. Afinal, seus olhos azuis já estavam dando conta do recado.

O primeiro botão, como já imaginava, ligou o rádio. Irritado, Ian voltou a apertá-lo, com força, fazendo o som parar.

Bufei em irritação e voltei a apertar o botão de maneira insistente.

— Você é intrometida assim o tempo todo, ou só nas horas vagas? — Ele me pergunta, impaciente, enquanto torcia o nariz numa careta.

— Pra quê serve esse daqui? — Perguntei, ignorando o que ele havia me questionado anteriormente.

— Não aperta esse — Ele alerta, mas já era tarde demais. A parte de cima do carro já havia começado à abrir, me deixando com o queixo caído — Puta que pariu, será que dá para você ficar quieta? — Meu professor pergunta, afastando a minha mão de perto do painel.

— Você tem um conversível! — Exclamo, animada. Olho para cima, observando o céu azul, de poucas nuvens. O sol é quente em meu rosto, mas o vento ameniza o calor.

— Você se porta como uma criança mal criada, Nikolina. Se bem que... Você não está muito longe de ser uma — Me alfineta. Arqueio uma sobrancelha.

Quem ele pensa que é?

— Eu posso muito bem te ensinar o tipo de criança que sou — Murmuro, mais para mim mesma do que para ele, irritada.

Idiota.

— Claro — Responde, indiferente. Arregalo os olhos diante sua resposta. Mas, quando percebo que ele não fez por maldade, uma súbita vontade de rir me coça na garganta.

Segundos se passaram. Quase pude ver o símbolo de “carregando” em cima de sua cabeça. Então, quando ele se deu conta do que eu havia dado à entender, logo reagiu negando tudo.

— Espera... Não! Que merda é essa? — Ele exclama, me olhando indignado.

— Não entendo qual é o problema. Foi você mesmo que disse, ou melhor, se vangloriou, de ficar com as suas alunas — Refresco sua memória — Sem contar que, nem era para você ter escutado o que eu falei — Digo por fim, encostando minha cabeça na janela do carro e olhando para a paisagem que se passava do lado de fora.

FUCK ME, TEACHER || NIANOnde histórias criam vida. Descubra agora