(Ian POV)
Segunda-feira 09:46 AM.
Esfrego minhas têmporas com uma certa irritação – visto a falta de concentração que estou tendo ao passar as notas dos testes para a minha planilha privada, no meu computador – e inevitavelmente uma careta de dor se espalha pelo meu rosto. Essa com certeza não foi uma das minhas melhores escolhas, ainda mais com a enxaqueca terrível que eu estou sentindo desde que acordei hoje pela manhã. Hoje, com toda a certeza do mundo, não é um dos meus melhores dias. A enxaqueca horrível que eu estou sentindo parece estar empenhada em me fazer enlouquecer de tanta dor desde que eu abri os olhos pela manhã.
Ainda assim, cá estou eu, trabalhando e corrigindo alguns testes do segundo ano. Mesmo que eu tenha chego mais tarde na escola, – com a consciência da diretora – é fora de cogitação perder o restante do meu dia de trabalho. E, levando em conta que estamos quase entrando nas férias de verão, faltar não é uma verdadeira opção. Ainda mais quando meu trabalho com as turmas ainda não está totalmente concluído.
Ainda tenho de elaborar recuperações bimestrais e imprimi-las, trabalhos e testes para corrigir. Isso sem contar as revisões que tenho que passar, isso antes das provas bimestrais. Uma verdadeira e boa carga de trabalho, tenho de admitir.
Eu já sabia que ao vir trabalhar aqui, eu mal teria descanso, visto que atualmente eu dou aula para oito turmas diferentes – três salas diferentes do primeiro ano, três do segundo e duas do terceiro – mas não pensei que cuidar de tudo e entrar em um consenso para deixar o máximo possível em ordem seria tão complexo assim. Ainda mais do que eu imaginava. Mas convenhamos, reclamar não adianta, eu já sabia das consequências ao aceitar o trabalho. E essa é com certeza uma delas.
Saio dos meus devaneios quando escuto batidas violentas na porta do meu escritório. Franzo a testa, confuso com tal agressividade, ou quem sabe, pressa. Suspiro, deixando as minhas planilhas estressantes de lado e então me levantando da cadeira rotatória, logo caminhando até a porta, para atender quem quer que fosse.
Abro a mesma, logo dando de cara com Nikolina, inevitavelmente um arrepio se espalha pela minha coluna, me causando uma onda de calafrios pelo meu corpo todo. Um sorriso ameaça aparecer em meus lábios, mas quando noto a carranca dela, quaisquer resquício de um possível futuro sorriso some do meu rosto.
— Entre — Digo, – um pouco atônito com sua expressão – me afastando e dando espaço na porta para que ela pudesse adentrar o espaço do meu escritório — A senhorita não deveria estar em horário de aula? — Pergunto, mas ela apenas me ignora completamente, enquanto pisa duro no chão. A mesma para frente à minha mesa, ainda sem olhar pra mim.
Paro por alguns segundos depois de fechar a porta – completamente confuso – e então caminho até minha cadeira, sentando-me na mesma novamente. Nikolina está de pé à minha frente, mas não me olha nos olhos, apenas encara sua mão, onde alguns papéis estão amassados entre seus dedos.
E então, um estalo na minha confusão. Ela está assim por conta da sua nota no trabalho, e não é preciso muito mais tempo para que meu um por cento de dúvida seja descartado.
— Você está de sacanagem com a minha cara? Um zero?! — A voz estridente de Nikolina ecoa em meus ouvidos à medida que ela se aproxima da quina da minha mesa. Uma pontada de dor em minha cabeça faz com que uma careta se espalhe novamente pelo meu rosto. No entanto, Nikolina não parece notar o seu tom de voz elevado, ela está irritada demais para perceber o quão seus nervos estão afetando seu tom de voz.
— Será que poderia falar mais baixo? A senhorita não está em sua casa, sem contar que estou com uma enxaqueca horrível — Digo, massageando as laterais do meu rosto.Vejo a mesma vir até mim com a expressão fechada. Não deixo de sorrir ao ver a ponta do seu nariz se avermelhar pela súbita onda de irritação.
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FUCK ME, TEACHER || NIAN
Fanfic*Em revisão* Até onde você chegaria, o que você seria capaz de fazer pra poder conseguir aumentar seu desempenho na matéria que você está com a nota péssima? Conseguiria engolir o orgulho, esconder os sentimentos e admitir que precisa das aulas part...