I love him

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                             (Nina POV)

— Vocês dois precisam ser mais cautelosos em relação à esses joguinhos de provocação, Nina! Já pensou se mais alguém percebesse o que estava rolando entre vocês dois? A situação toda em si já é bastante complicada, e você ainda faz questão de excitar o cara dentro da sala de aula! Já chegou em seu estado de completa loucura? Caso você tenha, me avisa logo que eu ligo pra porra de um manicômio — Candice exclama, seu tom de voz usado está  mergulhado na repreensão. A loira têm os braços cruzados frente ao peito, enquanto seus olhos azuis me fuzilam sem dó. E tudo isso porque depois do joguinho de provocações maliciosas entre eu e Ian dentro da sala de aula – e depois de a aula ter se encerrado – Candice não perdeu tempo e logo veio até mim e me arrastou corredor à fora, sem  me dar nem ao menos a chance e o tempo necessário para poder conseguir entender o que estava acontecendo. Ela apenas me arrastou até o refeitório e logo me atropelou com suas palavras mergulhadas em indignação pura, ao mesmo tempo que me repreendia por eu fazer as coisas sem pensar. Resumindo, ela me metralhou com toda a sua frustração, por eu ter sido tão descuidada em ficar provocando Ian na cara dura e na sala de aula. Mas, o ponto alto que definiu toda a sua indignação, foi quando ela me acusou de ter fumado um baseado que continha esterco, pela merda que eu tinha feito. 

E tudo isso porque, segundo a loira, alguns alunos haviam notado a nítida aproximação entre Ian e eu, e com isso, logo um burburinho de fofocas sobre estarmos transando começou à se formar na pequena rodinha de três alunos – que estavam no fundo da sala, contando com Candice, quatro – porém, por sorte e um maravilhoso acaso do destino, a loira estava lá e cortou o assunto, botando fim nas superstições e dizendo que era loucura pensaram aquilo, disse que estávamos apenas  conversando sobre a aula, e que ela mesma escutou conversarmos sobre a matéria que ele havia iniciando no mesmo dia.

Aparentemente eu estava enganada ao pensar que ninguém estava prestando atenção em nós dois.

Terrivelmente e estupidamente enganada.

E então, cá estamos eu e Candice, ambas no refeitório, enquanto ela me repreende e eu me sinto cada vez mais irritada por estar sendo tratada como uma pessoa inconsequente. 

Talvez eu realmente seja, mas não deixa de ser desagradável se sentir como uma.

— Não precisa me tratar como se eu fosse uma criança! — Retruco baixo e revirando os meus olhos. Candice, que antes estava de pé, agora está sentada em uma cadeira aleatória. – Sim, estamos cabulando a última aula – A loira respira fundo e passa os dedos por entre os fios lisos dos seus cabelos, como se estivesse tentando se acalmar. 

— Então não aja como se fosse uma, Nina — Ela diz, parecendo cansada, e eu solto um suspiro irritadiço. 

— Olha, eu sei que o que fiz foi errado, sim? Sei que o desejo que estava sentindo naquele momento controlou minhas emoções e me fez avançar em uma situação e um patamar mais elevado. Eu sei disso, não precisa me torturar com suas palavras. Sei que fiz algo errado, não precisa me lembrar disso à cada mísero segundo! — Murmuro e encaro Candice de canto de olho. 

— Eu só estou preocupada com você, Nina. Não quero que algo de ruim aconteça com você. Essa situação toda é muito delicada, você e Ian estão pisando em ovos. É como se vocês estivessem atravessando um campo minado. E a probabilidade de pisarem em uma bomba e saírem feridos é muito maior do que a probabilidade de saírem ilesos — Candice diz, alerta, e eu concordo com um aceno. Ela está certa. Embora eu estivesse segura de mim naquela hora, parando para pensar agora, o que fiz foi muito arriscado, tanto para mim quanto para Ian. E Candice está certa em ter me alertado e ter me dado um ‘puxão de orelha’.

FUCK ME, TEACHER || NIANOnde histórias criam vida. Descubra agora