Our love - Fillie

What a time

Millie.

Mais um dia de ensaio para peça se foi e eu não estava tão suada como antigamente, até porque hoje só passamos as falas, nada de dança e nada de música. Minha personagem é tão parecida comigo, ou com Hannah. Já que ela sente raiva o tempo todo. Hoje ainda tiramos fotos para a nossa formatura e outras algumas para o livro do ano que eu estou muito ansiosa para ter.

-Mas a melhor parte sempre vai ser a que eu te deixo cair – Finn fala enquanto saímos daquele grande prédio que chamamos de escola.

-Meu tornozelo não concorda muito com isso – Eu disse rindo, estávamos lembrando que quando começamos a coreografar as nossas danças do musical, Finn quase sempre me deixava cair o que me deixava brava com ele bastante, já que eu pesava menos que 55 quilos. E ele é alto, não tão musculoso, tá eu sei que eu já vi Finn sem roupa, mas isso não importa agora. O nome daquilo era libido acumulado, eu tenho 16 anos tenham piedade de mim. Podia ser pior eu poderia ser virgem ainda e não ter tido uma... Vamos deixar esse assunto para outra hora.

-Sorvete? - Finn sugere e eu concordo. Ultimamente temos passado muito tempo juntos, mais do que eu posso dizer, mas acontece que como as férias estão chegando e todos nossos amigos vão viajar, menos nós que vamos ficar aqui. Quer dizer, Finn vai viajar nas últimas 3 semanas de férias com Hannah e com os pais deles. Acho que eles vão para Nova Zelândia já que Hannah é uma grande fã de senhor dos anéis e Finn também. Ou é Finn que gosta do senhor dos anéis? Acho que Hannah gosta de Harry Potter.

Entrei em seu carro deixando a minha mochila para o banco de trás, qualquer pessoa que visse nós dois poderia dizer que eu e ele somos namorados, mas não somos. Somos só amigos que se beijaram algumas vezes, tiveram uma relação apimentada, só isso e mais nada. Não é como se um dia fossemos estar apaixonados um pelo outro. Eu sei que há um tempo atrás eu achava isso como provavelmente todas as minhas amigas achavam, mas somos bons em gostar um pouquinho do outro. Não é como se realmente eu estivesse apaixonada por Finn Wolfhard, eu não acredito que sou capaz de amar alguém. Eu sei disso porque eu sinto tanto ódio e tanta raiva do meu pai que me faz ficar preocupada comigo mesmo, desde a consulta do médico ele vem tentado se reaproximar de novo, eu não quis ir nenhum dia para a sua nova casa com sua nova esposa que tem idade para ser a minha irmã. Será que ele vai pagar a faculdade dela? É isso o que pais fazem, não é? E não simplesmente durmam com secretárias que estão sempre com aquelas roupas ridículas. Eu nem sinto ódio dela, eu sinto ódio dele. Eu deveria sentir raiva dela, ela tirou tudo de mim. Mas o culpado foi ele, ele é meu pai. Não era para ele me magoar.

-Está pensando em que? - Finn me perguntou ainda muito atento a rua na sua frente, quando eu tirei a carteira lembro exatamente de como foi assustador ver que meus pais não lembravam que eu podia dirigir porque estavam atentos demais nas brigas deles.

-Nada, só na vida – Eu disse e Finn assentiu – Eu posso te fazer uma pergunta?

-Já fez – Ele disse sorrindo, mas a minha cara estava séria. Ele olhou bem rápido para mim e parou de sorrir – Pode.

-Como é?

-Ser louca? - Ele perguntou e eu cerrei meus olhos.

-Como?

-Como é o que? - Ele perguntou e eu entendi que eu não tinha especificado o que eu queria saber, o que o deixou confuso.

-Seus pais, eles são divorciados desde quando?

-Desde que Hannah nasceu? - Ele me perguntou, mas ele só fez isso porque era óbvio demais e quem não vesse isso – como eu - não estava muito bem.

-Certo, mas como você se adaptou a isso?

-Eu e Hannah temos um ano de diferença, então nunca teve para mim pai e mãe juntos. Sempre foi a minha mãe e o meu pai e a Jane. Esse é o meu normal.