Our love - Fillie

Yeah Yeah

Millie

Eu não sabia como responder, o que é que eu iria responder? Eu só sorri, ele me olhou e me deu uma piscada, ele me deixou quieta pelo menos por enquanto, ele realmente acha que eu, Millie Brown vou ficar quieta? Não mesmo, eu quero saber o que ele tinha para me contar e eu iria descobrir de um jeito ou de outro.

- Gostei dos seus óculos - Finn falou e eu sorri levando os mesmo para o topo da minha cabeça.

- Quando eu for famosa vou lançar uma marca de óculos.

- Você faz planos para o futuro? - Finn me perguntou e eu assenti com a cabeça.

- Óbvio, eu vou ter também uma loja de roupas inspiradas em todas as minhas personagens, e é claro que eu vou ter uma filha menina porque o meu signo disse isso e vou dar o nome dela do primeiro personagem que eu tiver.

- Eu gosto disso – Finn disse e eu queria saber que parte ele tinha gostado – Que você sabe sonhar.

Eu sorri.

- São coisas que vão ser realizar – Falei.

- São sim – Finn me disse.

- E você? Quais são seus planos para o futuro?

- Para que eu vou fazer um? Eu já tenho todo dinheiro do mundo.

- Mas não tem o mundo, e a sua felicidade deve ser muita mais do que o dinheiro que o seu pai tem – Eu disse.

Ele não disse nada, porque eu estava certa. Duh? Quando é que eu não estou?

- Não é só porque você tem dinheiro que você não tem sonhos, meus sonhos não são focados no dinheiro que vou conseguir, mas sim nas coisas que vou conseguir por ser eu mesmo. O meu sucesso não é medido por dinheiro.

- Como assim? - Ele perguntou.

- Imagina uma pessoa que tem muita vontade de ser escritora um dia, ela não pensa no dinheiro que vai ganhar, mas sim em um dia entrar na sua livraria favorita e ver um livro que na capa esteja seu nome. E quer ver vários outros e pessoas falando bem, o dinheiro não é importante – Falei.

- Não é não, mas no nosso mundo é o que mais importa.

- É só não viver nele, crie seu próprio. Não veja o mundo como ele é, mas veja como pode mudá-lo e começa a colocar em prática - Falei.

Finn parecia pensar bastante no que eu falava e eu gostava disso me dava uma paz imensurável, porque infelizmente entre mim e ele, ele tem muito mais poder do que eu, primeiro porque ele é homem e segundo porque ele tem mais dinheiro do que eu.

Mas no final somos só jovens que ninguém nunca vai escutar, porque eles acham que os problemas deles são maiores do que os nossos e somos jovens demais para ter problemas, diz isso para todas as pessoas que tentaram suicídio o que cometeram, é tarde demais, não?

Finalmente chegamos no local do show e na entrada tinha milhões de pessoas gritando, com cartazes, umas meninas chorando outras tirando fotos. Meu Deus.

Finn estacionou um carro em uma área um tanto que distante do lugar onde aconteceria o show, eu estranhei, mas preferia ficar quieta, eu já tinha falado demais.

Saímos e Finn colocou no meu pescoço um cordão que tinha basicamente os nossos ingressos, ele até arrumou meu cabelo.

- Obrigada – Falei.

A mão dele parou nas minhas costas enquanto ele me guiava para fora daquela garagem improvisada que nem tinha tanto carro assim, poucos estavam estacionados ali. Eu sorri, eu gostei de ter a mão de Finn nas minhas costas me guiando para algum lugar. Passamos por um bando de túneis e escadas, até que paramos em frente a uma porta de prata que tinha um homem muito alto na frente, eu batia em sua barriga. Mas Finn conseguia vê-lo perfeitamente.