Somebody to love

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Hannah

Eu parecia bem em frente ao espelho, eu não sabia como opinar sobre isso direito. Eu estava com um vestido rodado rosa claro, minha mãe e minha babá já tinham dito que esse sim me deixava a menina mais linda do mundo, mesmo eu não acreditando em nada do que elas me diziam, eu apenas sorria. Eu já tinha trocado de roupa umas 15 vezes, eu nem me preocupava com a bagunça no meu quarto que estava em cima da minha cama, iam limpar daqui a pouco. Meu cabelo estava liso e eu o odiava assim, porque é quase a minha marca o meu cabelo ondulado. Fiz minha mãe pegar o babyliss e modelar uns cachos que ficaram perfeitos nos meus cabelos enormes. Nada de maquiagem pesada, apenas corretivo, blush, rímel e um lip tint. Eu estava nervosa demais, e apreensiva provavelmente.

- Karine é uma ótima pessoa e você é uma ótima menina – Minha mãe tentava me acalmar, já que hoje eu ia conhecer os pais do Noah, eu estava nervosa, queria que eles me amassem, que eu fosse o ideal. Eu suspirei.

Ouvimos duas batidas na porta e logo vi pelo reflexo do espelho meu pai entrando dentro do meu quarto e ficando em pé atrás de mim junto com a minha mãe, todos nos olhávamos pelo espelho dourado que tinha em pé no meu quarto.

- Você está linda – Meu pai disse com um sorriso – Mas não parece muito feliz.

Eu bufei, minha mãe também.

- Pai eu... - Parei ao pensar muito bem no que ia dizer, palavrinhas quase saíram da minha boca, palavras nunca ditas antes. Apenas fechei os olhos e tentei me recuperar novamente, abri eles novamente vendo meus pais confusos – Eu gosto muito dele, nada que você fale vai fazer com que eu tenha dúvidas disso.

- Tudo bem – Ele disse - só queria ter um tempo com você antes que você casasse.

- Eu tenho 15 anos – Disse em alto e bom som, minha mãe riu bem baixinho sem perder a sua graça.

- O tempo voa.

- Bom, é melhor eu voar, antes que Noah me perturbe dizendo que eu estou muito atrasada – Disse, meu pai piscou. Desci até a garagem com meus pais falando atrás de mim, eu nem sabia bem o que já que não dava nem a mínima atenção. Entrei no carro onde Caio já estava, meus pais me deram tchau pela janela e vi pela janela mesmo o carro saindo dentro daquela mansão enorme.

Logo estávamos todos na estrada e eu cantava algo na minha cabeça para tentar me acalmar já que eu não sabia nem por onde começar a pensar, no que eu devo falar? Com certeza não sobre a minha religião já que a minha enaltece Jesus e a deles não acredita em quem ele era, muito menos da minha família. Mesmo a minha mãe trabalhando com a mãe e pai de Noah não acho que estou no humor de explicar como eu cheguei até aqui, com certeza sem falar sobre as coisas que têm acontecido ultimamente no ateliê, talvez eu possa falar sobre medicina. Eu quero fazer, eles são e Chloe também. Melhor não, toda vez que eu começo a falar sobre meus sonhos como médica Noah parece entediado e parece que vai vomitar. Na minha opinião ele odeia esse assunto. Então sem medicina. Eu posso falar sobre em como eu sou boa em pintura, como faço os meus quadros e como eles me ajudam. Parece ser uma boa ideia, mas caso eles queiram saber do meu passado eu tenho duas opções: mentir ou mudar de assunto.

Eu espero que eles gostem de mim, porque sinceramente sinto que até meus ossos estão tremendo. Eu não quero ter uma má reputação com os pais do Noah, não mesmo. Porque eu... gosto muito dele.

Cheguei ao endereço dito e vi Noah do lado de fora digitando no celular, olhei para o meu que estava no meu colo vendo as milhares de mensagens que ele tinha deixado e ainda eram 19 horas. Tínhamos combinado exatamente esse horário, saí e ele parecia estar aliviado de ter me visto, todos os seus músculos se relaxaram assim que ele me viu. Fui andando até ele lembrando de cada coisa estudada no meu curso de etiqueta, eu parecia uma rainha do jeito que eu andava.

Our love - FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora