Millie.
18 de março de 2019
Estava na minha cama de bobeira, como todos os dias da minha vida já que não faço nada nela mesmo. Quando ouço gritos, muitos gritos. O que é insano já que isso nunca aconteceu em toda história da humanidade. Eu queria entender porque meus pais estavam gritando um com o outro? Será que eu tinha feito alguma coisa?
Desço as escadas e me sento no quinto degrau. Ava não está aqui, ela está dormindo na casa de sua amiga hoje e eu agradeço mentalmente por isso, já que não queria que minha irmã presenciasse essa cena. Ou ouvisse tudo que está acontecendo.
- Eu não me importo. - Mamãe gritava.
- Porra, eu nunca faço você feliz? - Papai gritava ainda mais.
- Você nem me deixou participar disso, só disse: "vou para merda dos Estados Unidos" Eu tinha uma vida.
- Todos nós tínhamos. - Meu pai gritava. - Mas filhos, casa, trabalho.
Filhos? Naquele momento eu tinha parado de escutar tudo que meus pais falavam. Como assim filhos? Eu nem pedi para estar aqui então não coloque a porra da culpa em mim.
- Não coloque a culpa em mim. - Meu pai gritou muito alto.
- Me solta. - Minha mãe gritou e fui em direção a briga dele e o empurrei. Meu pai queria me matar eu via isso no olho deles. Ele agarrava os braços de minha mãe e apertava os mesmo com muita força, deixou até marcas-roxas no mesmo. Fiquei na frente da minha mãe.
- Não toque nela assim. - Gritei.
- Você é uma fedelha, não vai me dizer o que fazer. - Meu pai gritou comigo.
- Vou sim. - Gritei mais alto. E um tapa foi depositado no meu rosto. Lágrimas escorriam pela minha bochecha, mas minha cara continuava raiva. Minha mãe tinha os olhos arregalados.
Eu também deveria estar, meu pai nunca bateu em mim. Em toda a minha vida, ele sempre foi o meu herói e nunca o monstro da casa. Mas que merda está acontecendo com esses dois?
- Millie. - Meu pai falava calmo. Ele estava se acalmando.
- Viu o que você fez? - Minha mãe gritou com o meu pai. - Você bateu na nossa filha.
- Millie, me desculpa... Eu não... - Meu pai tentava falar.
Eu apenas saio do caminho da minha mãe e vou para a porta. Eu tenho que sair daqui. Eu não posso mesmo ficar aqui. Eu tenho que ir embora dessa casa agora.
Por que ele bateu em mim? Por que ele se tornou tão agressivo do nada? O que foi que eu fiz para ele? Por que ele fez isso? Por que ele bateu na sua pequena? O que foi que eu fiz de errado? Eu só tentei proteger minha mãe, não queria que ela se machucasse, não queria que meu pai a machucasse. Não podia. Los Angeles mudou muito meu pai. Do nada ele começou a ficar agressivo.
Eu não queria chorar, mas era inevitável. Inevitável mesmo. Eu estava em uma praça bem cheia, ninguém olhava para mim e eu agradecia aos céus por isso. Não precisava que as pessoas se preocupassem comigo. Eu só continuei andando pela praça até que em uma roda de meninos que eu nunca vi na vida achei alguém conhecido. Seus olhos caíram sobre mim com muita facilidade. Antes ele sorria, agora ele tinha uma cara de preocupado. Se despediu dos seus amigos e veio até mim.
- Mills, você está bem? - Ele pergunta e meus olhos voltaram a marejar e comecei a chorar. Ele me abraçou e eu retribui. Eu abracei suas cinturas e chorei em seu peito. Seu queixo estava apoiado na minha cabeça já que ele é muito mais alto do que eu aqui. Eu chorei, eu me deixei levar e nunca deixo isso acontecer.
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Our love - Fillie
Fanfiction"- Eu... como ele pôde ir?" "Mudei tanto para uma versão melhor de mim e espero que isso continue acontecendo por muito tempo e que eu melhore cada vez mais e que eu seja a Mills ou qualquer outra coisa que ele inventar." "O nosso amor foi a melhor...