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- Senhora Beauchamp? - May me pergunta e os outros também me encaram

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- Senhora Beauchamp? - May me pergunta e os outros também me encaram.

- Nem comecem, eu faço isso pra tirar uma onda com a cara dela, fica toda nervosa.

Óbvio que toda brincadeira tem alguns por cento de verdade, mas eu realmente amo ver a Any bolada. E ela também ama me ver puto da cara, já que sabendo de todo meu ciúmes ela ainda brinca com fogo, saber que ela ia ficar tantas horas no hospital me deixou preocupado, só não iria assumir isso em voz alta. No fundo eu me orgulho por ela ser quem ela é. Nós começamos com um fogo, um tesão fora do comum mas agora não é só isso.

Claro que o desejo ajuda, mas vai muito além disso, ela mexe comigo, ela me desarma e isso nenhuma outra fez antes, Any Gabrielly Hidalgo Soares é a minha fragilidade e hoje eu enxergo isso muito bem, só é difícil, difícil admitir e me entregar de vez, é nítido que eu fico com outras mulheres pra esquecer ela que me marcou, e nem assim funciona, porque eu até posso sentir prazer com outras mulheres mas no final do sexo é o cheiro dela que eu quero, é o corpo dela acordando do meu lado que eu quero. Por que é tão difícil me entregar? Ela faz eu me sentir uma pessoa horrível, porque ela é boa demais.

Eu avisei todos os seguranças que permitissem a entrada dela quando chegasse já que eles tinham a noção de quem ela era, e até chamavam-na de mulher do chefe. Eles foram os primeiros a nomear ela assim.

- Quando os carregamentos chegam? - pergunto a Krys que está em seu computador como sempre.

- Dois dias. - Ele responde. - Consegui rastrear o cara que roubou nosso último carregamento. A mulher dele ligou pra um celular desconhecido e eu consegui a conversa, era ele. - Krys é uma máquina, ele e seu computador fazem um trabalho fenomenal.

- E onde ele está? - pergunto enquanto o vejo concentrado.

- Canadá! Ligue pra Taylor, ele provavelmente sabe que lá também vai chegar outro. - Krys diz e eu pego meu celular pra deixá-la avisada.

Após ligar pra Taylor e a avisar pra criar estratégias e pistas falsas pros rivais e filhos da puta. Lembro-me de avisar os caras pra não me procurarem amanhã pois ficarei com a Any.

- Prestem atenção, amanhã não venho, também não me procurem, vou estar ocupado.

- Com o que? - May pergunta.

- A pergunta certa é com quem. - Urrea responde e começam as piadinhas maliciosas, eu devo ter jogado pedra na cruz.

7h AM - Dia Seguinte

Coloquei meu celular pra despertar 6:30 e esperar Any vir, ela não tinha falado mais nada e nem confirmado, só que eu preferi apostar que ela vinha. E me deitei de novo pra esperá-la.

Fiquei olhando o relógio que marcava 7:20 e ela ainda não tinha chego, se bem que o hospital é longe daqui, quando escuto passos firmes se aproximando já que deixei a porta meio aberta, pra ela saber que pode entrar. Não demorou pra porta se abrir totalmente e se fechar depois que a silhueta da mulher estivesse já dentro, eu abri um sorriso mas logo sumiu quando a mulher me olhou.

𝐀𝐌𝐂 - A Médica e o CriminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora