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" This is going to take a long time
And I wonder what's mine
Can't take no more (can't take no more)
Wonder if you'll understand
It's just the touch of your hand
Behind a closed door

Isso vai demorar bastante
E eu me pergunto o que é meu
Não posso mais aguentar (não posso mais aguentar)
Me pergunto se você vai entender
É só o toque da sua mão
Atrás de uma porta fechada"

Pov Hillary

Eu não sei o quanto eu ouvi, só sei que eu já estava cansada de tanta briga e sai da sala e deixei ele falando sozinho.

Arthur disse que eu era um irresponsável, que eu não deveria ter saído sem seguranças e que eu não deveria ter ido atrás de ninguém dessa família e muito menos "desse médico sem graça" , essas são palavras dele.

— Não vai jantar?- ele entra no quarto.
— Não estou com vontade. - dou de ombros e volto a olhar o meu computador.
— Por favor, Não fica sem comer. - ele sentou ao meu lado na cama. — Isso não é bom pra você  - ele acaricio meu cabelo 
— Não me interessa Arthur. - olho zangada pra ele. — Eu não estou com fome. - falo.
— Não vai ficar sem comer. - ele avisa se levantando 
— Você não vai me obrigar a comer. - falo

Era como se eu fosse uma criança e o meu pai quisesse me obrigar a comer, mesmo depois de eu insistir e dizer que não queria.

A forma que o Arthur tinha poder sobre certas coisas em mim, me deixava bastante alarmada. As vezes eu achava que ele era muito possessivo em questão de lugares que eu ia, com as minhas companhias e tudo mais.

Só que depois que eu descobri, eu passei a compreender todo o medo que ele tinha, todas coisas, os motivos de suas saídas pela noite e suas chegadas tarde e até os trabalhos longe que ele fazia, mas que nunca me levava.

Depois que ele voltou pro quarto com uma sopa e me obrigou a comer, eu fiquei sentada ali cama imaginando tantas coisas, e até lembrei de umas bem ruins que me deixaram abalada.

Arthur tinha descido pro escritório e as meninas estavam em uma balada, e eu precisava pensar, mas não era ali que eu queria pensar.

Peguei meu celular e disquei o número de alguém que eu tinha conseguido o número com o Marcelo, e resolvi ligar pra sair comigo.

Ligação on

Eu : Oie, topa sair comigo agora? - pergunto sem jeito.
Desc : Meu Deus.. ah.. se for agora!! - gaguejou em surpresa e logo respondeu.
Eu : me passa o seu endereço.
Desc : Tudo bem. 

Ligação off

Arthur iria querer meu pescoço por mais um sumiço desse, mas eu saberei muito bem como acalmar a fera.

Troco de roupa rápido, visto uma roupa preta e pego um casaco de lã e por último calço um tênis.

Eu saio do quarto sem fazer nenhum barulho, desço as escadas e saio da casa sem fazer nenhum barulho, eu sigo até o grande portão mais os seguranças vem logo atrás de mim.

— Acho melhor entrar senhora. - um grandão vem logo atrás falando em italiano.
— Eu vou sair. - aviso.
— Senhora, é perigoso lá fora. - ele diz firme.
— Se não me deixar sair, eu juro que acabo com você. - aviso olhando seria pra ele.
— Esse é o meu trabalho. - ele diz.
— Enpedir sempre que eu saía?
— Não senhora, mas manter a segurança da senhora e do seu marido.
— Eu só vou sair por alguns minutos, agora sai da minha frente. - falo
— Eu vou mandar meus homens com você.
— Não ousem me seguir, ou eu juro que acabo com vocês. - ameaço e ele se afasta de mim.
— Seu marido vai nos matar se fizer isso.
— E eu irei matar todos se me seguirem. - falo atravessando o portão.

O preço do sonho  -  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora