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" It's the plane you wanna catch to Vegas
Things you swear you'll do before you die
It's the city of love that waits for you
But you're too damn scared to fly

É o plano que você quer pegar a Vegas
Coisas que você jura que vai fazer antes de morrer
É a cidade do amor que espera por você
Mas você é muito medo de voar"


Pov Hillay

- Obrigada por ter cuidado de mim. - falo abraçando o Marcelo.
- Você sabe que eu gosto muito de você. - ele retribui o meu abraço. - Você é minha paciente mais também é minha amiga. - ele pisca.
- De qualquer jeito obrigada. - falo
- Se cuida, e não esquece de avisar quando chegar lá. - ele diz.
- pode deixar. - bato continência fazendo ele rir.
- Se cuida Lary. - ele beija minha testa.

Já tomei café, minhas malas estão prontas, os livros estão prontos, minha Anciedade nem tanto, mas vai dar tudo certo.

Alguém bate na porta e eu já sei quem é, me levanto pra atender a porta e faço sinal para que ele entre. Ele olha Tudo em volta e sorrir quando ver minhas malas, mas eu não consigo sorrir.

- Quero deixar bem claro que eu estou indo para não perder meu emprego. - falo seca mesmo sabendo que ele não merece.
- Escolha sensata. - ele diz.
- Okay, então vamos? - pergunto pegando minha mala.
- Sim. - ele tenta pegar de minha mão.
- Eu consigo com minha mala. - falo.
- Eu insisto. - ele pega.

Fecho a porta e no elevador eu mando mensagem pra minhas irmãs avisando que vou passar uns dias foras, e aviso pra Ariane, ela provavelmente vai ficar preocupada e eu não quero isso.

- Prefere ficar em um hotel ou na casa dos meus tios? - ele me pergunta.
- Em um hotel. - falo.
- Também, não quero ficar na casa dos meus tios. - ele diz. - O motorista da casa dos meus pais vai levar a gente no aeroporto.
- Certo - falo saindo do prédio.
- Você parece está com raiva. - ele me observa.

- Você acha? - ironizo.
- Não quero que fique com raiva. - ele segura meu braço bem de leve mais eu me afasto do seu toque.
-Tudo bem, eu sei que isso é meu trabalho. - falo.
-Eu irei te recompensar bem por isso. - ele abre a porta do carro pra mim e leva minha mala pro porta malas do carro.

A minha viagem com ele até o aeroporto foi rápida, afinal eu moro no centro de New York, tudo é mais perto pra mim, e bem longe da casa do meu pai, era exatamente o que eu queria. Só não queria morar muito perto da movimentação das pessoas.

Atigamente eu costumava a dizer que eu nunca me daria bem no centro da movimentação, eu sempre gostei de tudo bem calma para mim poder ler e escrever...

Enquanto esperávamos para que chamassem nosso vôo, eu esperava asiosamemte para que já chegasse no México, eu já estava mais que ansiosa e já estava começando a ficar impaciente que não chamavam logo.

- Hey.. desculpa, eu não queria te assustar. - Guzman segurou meu braço e eu puxei rapidamente. - Você está bem?
- Sim.. - falei nervosa e com vergonha. - Não se preocupe.
- É que você está batendo o pé no chão como se estivesse ansiosa. - ele diz e eu percebo o que estava fazendo.
- Ah, desculpa. - paro rapidamente.
- Tudo bem, mas você está bem mesmo? - ele me encara preocupado.
- Sim.. - MENTIRA.

Será que essa é a hora pra mim falar o quanto eu sou quebrada e que ele não deve me olhar do jeito que está me olhando? Ou será que é a hora de falar que eu tenho ansiedade, depressão e síndrome do pânico?

Pois é gente, pra quem não sabe a Anciedade causa tudo isso, e síndrome do pânico é só a cereja do bolo...

- Hillary eu estou preocupado.- ele me olha novamente. - Você não está ouvindo seu celular tocar? - ele me observa.
- Ah.. - eu pego meu celular rápido. - Só um minuto..

Me levanto do assento para atender a chamada do Marcelo, ele deve está preocupado.

Ligação on

Eu : Oie.Marcelo ..
Marcelo : Você está bem? tomou o remédio?
Eu : Ainda não, eu tomo quando entrar no avião. - falo.
Marcelo : Não Lary, você precisa tomar antes. - ele diz e tiro o remédio da bolsa. - Ele demora pra fazer efeito.
Eu : Tudo bem, eu irei tomar agora. Obrigada por ligar. - falo.
Marcelo : Se cuida e conte a verdade pro seu chefe - ele avisa.
Eu : Não se preocupe eu irei falar a verdade pro Guzman. - falo
Marcelo : Okay, boa viagem e se cuida, qualquer coisa é me ligar.
Eu : Não se preocupe, eu vou ficar bem, pelo menos eu espero. - falo.

Ligação off

Desligo o celular e olho pra minha frente pra ver se encontro algum lugar para comprar água, e levo um susto quando me viro e dou de cara com o Guzman atrás de mim com os braços cruzados em cima do peito.

- Que verdade é essa que você vai me falar? - ele pergunta sério.
-Ah.. Você estava ouvindo minha conversa? - eu quem fico séria
- Nosso vôo foi chamado. - ele diz. - Agora responda o que eu perguntei.
- Ah, eu preciso de água.

Saio de perto dele e sigo para comprar minha água, depois que compro eu volto pra perto dele e ele está segurando a minha mala e a dele. Eu pego a minha e sigo ao portão de embarque.

Dentro do avião a minha poltrona é do lado da dele, e como as nossas passagens eram na primeira classe eu deixei ele ficar na janela e sentei do lado do corredor.

- Ainda quero saber o que você vai me falar. - ele diz.
- Hum.. - eu já estava sentindo o efeito dos remédios.
- Você está bem? - ele me olha.
- Sim, eu só estou com sono. - falo.
- Esta mesmo ou está fugindo do assunto? - pergunta.
- Não, eu realmente estou com sono. - falo já de olhos fechados.

...

Fui acordada pelo Guzman, e eu estava com a cabeça em seu ombros e isso foi muito constrangedor.

- Já vamos descer. - ele diz dando um sorriso - Você dormiu a viagem toda. - ele diz
- Ah, eu tenho o sono pesado. - minto.
- Okay..

Eu seguro a mão dele quando o avião começa a descer, e essa é definitivamente uma sensação horrível.

- Você tem medo? - ele pergunta e eu abro os olhos.
- Não.. ah, sim.. - falo tirando a minha mão da sua.
- Agora entendi porque dormiu tanto. - ele rir.
- Não ria, isso é sério. - falo séria.
- Ah,tá. - ele rir. - Fica calma, eu estou aqui. - ele pisca.

Ele nem imagina de como eu tenho medo de avião, aliás, tenho medo de tudo que envolva um grupo de pessoa presa em um ambiente fechado.

O avião desceu e eu fiquei fascinada com o México, como o hotel e era bem bonito, mas New York ainda tem suas qualidades.. Entre frio e calor eu ainda vou preferir o frio.

Estava cansada, mesmo tendo dormido tanto no avião, eu acho que tinha alguma coisa haver com o remédio, mas isso era bom, pelo menos eu ficaria quieta sem pensar em mais nada.

- Seu quarto é esse ao lado do meu, qualquer coisa me chama. - Guzman diz.
- Tudo bem. - eu já estava sonolenta.
- Parece cansada. - ele diz. - Durma e eu irei visitar minha família.
- Tá.. tenha uma boa noite. - entro no quarto.

Eu não consigo pensar em mais nada, só em dormir, por isso me jogo na cama.

" You got me some type of way (hmm)
Ain't used to feelin' this way (hmm, hmm)
I do not know what to say (yeah, yeah)
But I know I shouldn't think about it

Você me deixa desconcertada
Não estou acostumada a me sentir assim
Eu não sei o que dizer (é, é)
Mas eu sei que não deveria pensar nisso"

O preço do sonho  -  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora