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"I can't see myself in the mirror
Does that mean I'm not really here?
I'm losin' touch with everything I know
And I'm so scared that I'll end up
I'll end up, I'll end up alone

Eu não posso me ver no espelho
Isso significa que não estou realmente aqui?
Estou perdendo contato com tudo que sei
E estou com tanto medo de acabar
De acabar, acabar sozinha"

Pov Hillary

Minha cabeça dói e minha garganta está seca, eu sei que está acontecendo, minhas mão estão tremendo e eu mau consigo me mexer. Sinto que o meu fim está bem mais próximo do que eu imaginava, eu queria pedir ajuda, mas não consigo falar..

— AMOOOR.. - Arthur entra no quarto e começa a gritar. — Douglas.. - ele grita.
— Sim senhor.
— Chama um médico.. agora- ele grita.
— Mais senhor, como um médico vai.. - Arthur da um olhar mortal pra ele.
— Amor fala comigo.. - ele começa passar a mão no meu rosto e a tentar me reanimar. — Maldita hora que vim pra esse país. - ele diz xingando mil nomes.
— Senhor, teremos que ir. - Douglas fala preocupado. — O médico não poderia chegar aqui rápido, e a gente pode usar o Helicóptero.
— Merdaaa - ele xinga. — Calma amor, vai da tudo certo. - ele beija minha testa.

Não sei o certo, mas eu desmaiei nos braços do Arthur e quando acordei já estava no hospital, e ele estava no meu quarto andando de um lado para o outro como se estivesse previsto algo.

Eu tento me mexer mais sou impedida por minha irmã? Sim, minha irmã está aqui do meu lado e ela parece preocupada e abatida.

— O quê aconteceu ? - pergunto pra ela.
— Nada meu amor, descansa. - ela beija meu rosto.
— Eu te conheço Manuela Steinfeld, eu sei exatamente que tem algo de errado. - ela olha de relance pro Arthur e depois me olha.
— O papai sofreu um atentado ontem..  - ela diz e eu tento me levantar. — Calma, o papai está bem e não aconteceu nada com ele.
— Onde ele está? Eu quero ver ele.. - falo tentando tirar a maldita agulha no meu barco.
— Ele está no quarto ao lado. - fala e novamente olha pro Arthur. — Gabi estava com ele e acabou levando um tiro.
— Meu Deus.. - meu coração quase para quando ela diz isso. — Manuela me solta. - grito com ela e ela me solta.
— Calma amor, Está tudo bem. - ele fica em minha frente. — Foi um tiro de raspão no braço e ela já está bem. - ele tenta me acalmar.
— Eu quero ver ela Arthur..  - começo a chorar. — por favor.. 
— Tudo bem, mas depois que isso aqui terminar. - ele aponta pro soro.

Eu concordo sabendo que eu tive uma crise de ansiedade e eu estou debilitada e preciso disso.

Como isso tudo aconteceu? Porque o meu pai não reforçou a segurança sabendo que o Otávio está de volta? Será que foi ele?

São tantas perguntas na minha cabeça e eu acabo cochilando com tudo isso, e eu não sabia que estava tão cansada, tão ruim.

Quando eu acordei eu tinha todos as respostas para as minhas perguntas, e eu estava muito puta de raiva. O Arthur estava em seu celular conversando e xingando com alguém em italiano, que segundo ele era muito irresponsável.

Ele estava por trás do atentado do meu pai, ele tentou matar o meu pai!

— Você mentiu pra mim! - afirmo me achando uma idiota, quer dizer, ainda mais idiota. — Você me tirou daqui pra mim não está perto disso tudo.
— Você não entendeu direito. - ele diz vindo até mim.
— Eu entendi tudo Arthur. - falo olhando pro meu braço e ele não tem mais o soro. — Você mandou matar o meu pai, mas não conseguiu e quase matou a minha ir.. - ele vem contudo pra cima de mim e tapa minha boca.
— Nunca mais fale uma merda dessa. - ele diz sério na minha frente. — Eu odeio seu pai e realmente queria que ele morresse, mas eu não mandei matar ele, eu nunca te machucaria assim tentando matar sua irmã. - fala olhando pros meus lábios.
— Você está mentindo, você quer ver ele morto, mesmo que isso me machuque. - falo tentando me afastar.
— Verdade, eu quero ver ele morto. - ele diz. — Mais eu não mandei matar ele. - diz firme.
— Quem foi então ? - pergunto.
— Um amigo daqui, um gângster. - fala me dando as costas. — Ele odeia seu pai muito mais que eu, ele mandou prender a metade dos seguidores dele e ele quis se vingar.
— Você sabia disso e não tentou proteger o meu pai? - pergunto zangada.
— Eu não tenho porque proteger ele, ele não é da minha conta. - ele diz e se virar pra mim. — Você é da minha conta, e eu te protegi no momento em que te tirei daqui.
— Você é um monstro..  - nem término de falar e ele está em cima de mim.
— Sabe bem que sou realmente isso, só que isso não te impediu de casar comigo e dormir todas as noites na minha cama. - ele cospe todas essas palavras em mim.

O preço do sonho  -  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora