Reencontro dos Hofferson's

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    - Eirhor Hofferson foi sequestrado pelo Mestre há quatorze anos atrás e aprisionado aqui desde então. - Tara contou para Astrid. - O seu avô, Hofferson. Ele está vivo!

   - Como é?! - Astrid encarou Tara como se ela fosse uma louca, mas seu peito parou uma batida. - Meu avô não morreu?! Como assim ele foi aprisionado?! Pessoas na minha vila afirmaram que ele foi comido por dragões!

   - Falso. Só disseram isso para desistirem mais rápido. - Tara olhou-a impaciente. - Eu sei que é difícil acreditar depois de tantos anos, mas é verdade! Seu avô está vivo e bem, e eu estou tentando ajudá-lo.

   - Mas agora? Depois de quatorze anos?! - Astrid ainda estava com dificuldades para crer, não com apenas palavras. - Por que você não o ajudou antes?!

   - Não nos dávamos bem. - Tara admite. - Na verdade, tentamos matar um ao outro muitas vezes.

    Astrid fechou a cara para ela, desconfiada de ser apenas um truque. E se ela aceitar ir junto e cair em uma armadilha? E se for tudo mentira? Mesmo com dúvida ela... queria ir! Seu coração se aquecia só de pensar que não estará sozinha, que terá uma família outra vez.

   - Se isso for um truque... - Astrid fala alto para que Tara a escute. - Eu juro, vou fazer você se arrepender! Nem ouse tentar me prender em algum lugar!

   A morena revira os olhos, não crendo no jeito tão defensivo da loira.

    - Eu acabei de me cortar por sua causa e você ainda pensa que é um truque?! - Tara rosnou, o braço enfaixado ainda ardendo. - Se eu quisesse me livrar de você já teria feito! Apenas venha, vou te levar até ele!

    Astrid abriu e fechou a boca, hesitando. Ela não se lembrava muito do avô, ele se foi quando ela tinha apenas cinco anos. O pouco que ela se lembrava era quando brincavam de espadachin, espadas de madeira que seu avô fazia especialmente para a brincadeira deles.

  Ela não se recordava muito do rosto dele, mas sabia que os seus olhos eram azuis tão intensos quanto os dela_ tirando isso ela lembrava das mãos, cheias de calombos de tanto treinar com Stoico, que acariciava seu rosto quando tentava dormir.

    Uma lágrima desceu de seus olhos ao lembrar disso, imaginando como seria sentir as mãos calejadas de seu avô novamente, cuidando dela. Ele deu mais atenção pra ela do que os seus pais, que sempre foram muito frios e não demostravam os sentimentos. Seu avô era rígido e sério, mas lhe dera atenção e a incentivara a ser uma grande guerreira, coisa que seu pai não fazia e sua mãe... às vezes.

   Encarou Tara de maneira mais anciosa, um sorriso contraído em seu rosto de nervoso.

   - Tudo bem. - Astrid diz, um brilho em suas safiras. - Me leva até ele!
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Bocão rosnou impaciente, ele e Emma ainda estavam enfurnados na casa de Trapo, escondidos das pessoas e esperando Tara fazer alguma coisa.

    Nenhum dos dois aguentava mais ficar sem fazer nada, sem poder ajudar os amigos. Bocão queria resgatar os cavaleiros e Emma queria encontrar ajuda para salvar Ally e os gêmeos, mas Tara prometeu para eles que tudo seria resolvido em dois dias e que ela já tinha um plano_ Para eles esses dois dias não chegavam nunca.

   - Já chega! - Bocão gritou de repente, Trapo ao lado tomando um susto. - Estou saindo daqui e indo resgatar as crianças eu mesmo!

   - Não! - Trapo gritou quando Emma concordou com ele. - Se saírem pela cidade serão pegos! Precisam esperar até Tara resolver tudo, ela pediu dois dias!

   - Pois pra mim ela está apenas enrolando a gente! - Bocão diz ríspido. - Ela prometeu ajudar Emma muito antes de mim e até agora não fez nada!

Dragões - O RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora