A Missão de Berk

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A ilha de Berk andava agitada nos últimos dias. A chegada dos estrangeiros com certeza foi uma novidade curiosa para as pessoas, apesar da maioria não ter gostado da atitude do homem, que já entrou apontando a arma para o seu líder. Hannah e Olfred estavam confusos e tensos. Eles não sabiam o que fazer para buscar a filha deles, que foi para o outro lado do continente, e agora o seu lar no Fosso corria perigo.
Os caçadores pegaram um Roncador, e agora queriam encontrar mais. A opção de sair do Fosso era a mais óbvia e certa. Mas para o casal era uma ideia assustadora!

Stoico estava preocupado também, ele queria muito ajudar o casal, mas sempre que se pronunciava o homem o cortava e o confrontava. Não conseguiam chegar em acordo algum! Para deixar ele mais nervoso a carta de seu filho chegou para ele, na manhã seguinte, com as notícias e a certeza por Soluço de que eles estavam quase alcançando a linha inimiga. Stoico não aguentava mais ficar em Berk. Ele não aguentava mais esperar o retorno de seu filho. Ele precisa ir com ele e lutar nesta guerra também!

E ele vai.

Ele chamou Gosmento e pediu que convocasse a vila no Grande Salão. Todos se reuniram confusos e sem entender o motivo dessa comunicação. Hannah e Olfred escutavam tudo no canto, curiosos.

- Sei que muitos de vocês não são à favores do que vou dizer. - começou Stoico quando finalmente conseguiu o silêncio. - Mas nós temos que ir.

- Ir? Ir para onde? - questiona um morador.

- Para o Sul. - a resposta dele foi recebida como previra. Todos espantosos e gritando novamente. - Escutem, nossa ilha está segura no momento, mas os cavaleiros não! Eles foram sozinhos nesta missão e não posso deixar que corram esse risco sozinhos!

- Com licença, Stoico. Mas pelo que me recordo foi você que concordou em deixá-los ir. - diz Estrume com uma risada. - Agora está nos dizendo que devemos nos meter nisso também?

- Você não entende, Estrume. Não é só porque meu filho está entre eles. - explica Stoico com uma pontada de saudade batendo em seu peito. - É por que, se meu filho falhar, eles virão para cá novamente. E dessa vez, dúvido que não tentarão tomar a ilha.

- Que eles venham! - diz uma mulher de armadura. - Vamos estar prontos para derrubá-los dessa vez!

- Não se pegarem as crianças. - diz Stoico e a mulher encolhe os ombros. - Escutem... vocês lembram o horror que foi no dia em que a ilha foi atacada, nem vimos de onde eles vieram! Eles mataram vikings nossos, levaram os dragões, nosso dinheiro e.... os filhos de vocês.

Os pais dos gêmeos sentiram as recentes lágrimas voltarem aos seus olhos, só imaginando o que poderiam estar fazendo com os seus garotos. Stoico notou a mudança no seu povo, todos pensativos e imaginando o que poderiam fazer.

- Qual o seu plano, Stoico? - perguntou Gosmento já aceitando o que quer que o líder decidisse. Ele não quer mais lutar longe de seu filho, assim como o líder.

- Nós vamos para o Sul. Vamos atacar a ilha deles como fizeram com a nossa. - diz Stoico e todos murmuram interesse. - Vamos nos unir aos cavaleiros e derrubar o líder deles. E o mais importante. Trazer os dragões e os filhos de vocês devolta. - ele disse isso olhando para os pais dos gêmeos. - Eu prometo!

O casal sorriu para o líder e deram um grito de incentivo para o resto dos moradores. Hannah e Olfred assistiram tudo maravilhasos. Nunca viram os vikings tão unidos e tão apoiadores com os dragões. Era espantoso!

- E quando partimos, chefe?! - pergunta um morador na multidão.

- Daqui dois dias. - diz Stoico com um sorriso. - Primeiro vamos chamar alguns amigos.

Dragões - O RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora