Laços de Amor

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Astrid finalmente terminara os cuidados da perna de Soluço. Levantou-se para guardar os rémedios de Gothi em uma gaveta e, em seguida, voltou para o namorado.

- Então? O que acha?! - perguntou ela.

O ruivo levantou-se da cadeira e caminhou calmamente pela cozinha. Ele sentia-se ótimo. Nem parecia machucada, não mancava nem sentia dor alguma.

- Uau! Tá realmente boa! Nem sinto dor mais. - olhou surpreso para Astrid. - Não sabia que você entendia de medicina viking. Parece até melhor que os da Gothi.

- Bom, antes da Gothi, minha bisavó era curandeira de Berk. Antes de falecer, passou alguns conhecimentos para minha avó, que passou ao meus tios e a minha mãe. E então ela estava passando para mim. Não sou tão boa quanto elas mas são truques bons para a emergência.

- Eu achei incrível! Aliás, tudo o que você faz é incrível. - ele foi até ela e a abraçou amorosamente. - Obrigado.

Ela sorriu ainda abraçada a ele. Mas de repente, entristeceu-se. Soluço a olhou, curioso.

- O que foi?

- Estou preocupada com a Cabeça Quente.... - dizia ela. Eles continuavam abraçados. Soluço abraçado a sua cintura e Astrid com as mãos em seus ombros. - Ela está muito transtornada com toda essa história do Cabeça Dura. O que é estranho. Normalmente ela não está nem aí pra ele.

- Ela disse que agora é diferente. - continuou Soluço. - Que o laço de gêmeos estava quebrando. Algo que não afetava antes e que agora tornou-se um sinal de perigo.

- Será que esse negócio de laços existe mesmo? - pensou Astrid.

- Eu acredito nisso. - disse o ruivo. - Laços formados com pessoas e, quando estamos em perigo, podemos sentir ao longe a angústia e o medo.

- Por que você acredita?

- Banguela. - disse ele. Olhou para o dragão, que dormia ao pé da lareira. - Ele sentiu de longe quando eu estava em perigo. Lembra? O dia em que contei a Berk que os dragões não eram inimigos e.... bom, eu quase virei jantar de Pesadelo Monstruoso.

- Que na época, era o Dente de Anzol antes de ser treinado. - lembrou Astrid, pois todos já bateram nos dragões uns dos outros enquantro treinavam na Academia para matar dragões. Ela mesma atingira tempestade nos olhos com um escudo. Tinha pesadelos com aquele dia até hoje. - Você acha que o que você e o Banguela tem é um laço? Vocês sempre sabem quando um precisa do outro?

- Sim, na maioria das vezes. - Ele disse e começou a coçar a nuca. Astrid o olhou. Normalmente ele faz isso quando está nervoso. Ou com vergonha de dizer algo.

- O que foi?

- Bom, eu tenho um laço de amizade com o Banguela. Assim como todo mundo tem com o seu dragão. Você tem com a Tempestade, né?

- Tenho. - concordou ela. - Mas acho que conecções nossas com dragões são completamente diferentes de vikings com outros vikings. Os vikings não são tão abertos uns com os outros. Nossos pais mesmos, nunca demostram como se sentem em relação a nós. O medo de abrir o coração impedem eles de criar laços conosco.

- É, eu concordo. - diz Soluço. Ainda coçava a nuca.

- Então você acha que Cabeça Quente tá enganada com essa história de laço?

- Não. Ainda acho que ela está falando a verdade.

Astrid se afasta dele com as mãos na cintura. Irritada.

- Se você acha que é verdade, então por que concordou comigo? Eu acabei de dizer que laços de dragãos e vikings é diferente de ter com ambos vikings.

Dragões - O RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora