Dragões - O Retorno

Os Gêmeos Arrebentam

- Astrid? - chamou Soluço ao ver há sua frente o rosto embaçado mais lindo que suas vistas já lhe apresentaram. Ele esticou a mão, tentando tocar os fios loiros ao notar os dois olhos azuis dela com lágrimas, ele ignorou completamente o resto das pessoas à volta. - É você? Por que está chorando? Por que está tudo embassado e...? - ele se interrompe para uma tosse, mas continua logo em seguida. - Por que me sinto tão horrível?

- SOLUÇO! - é tudo que Astrid consegue dizer; os olhos dele eram cheios de perguntas significativas. Ele se sentia perdido e até esquecido do porque estar numa cama. Mas se lembrava dela, não perdeu a memória, isso já fazia Astrid explodir de emoções por dentro. Ela sorriu, chorou, respirou com falta de ar ainda sorrindo e começou a fungar. Sem pensar ela se joga na cabeceira e o abraça fortemente, aninhando-o sobre seus cabelos bagunçados e apoiando-o em seu pescoço, assim podendo ela apoiar seu rosto nos cabelos dele. - Soluço, graças à Thor, você está acordado! Você quase morreu, seu maluco!

- Uaaau! Isso é impressionante! A flor funcionou! - comemora Perna de Peixe quando Banguela se pendurou do outro lado da cama, podendo ter uma visão de Soluço e Astrid abraçados. - Isso é realmente um milagre das medicinas! Seria algo tão incrivel se o mundo possuísse....

- Perna de Peixe, deixa a nerdisse para depois. - pediu Heather que gruniu quando ele gritou energizado no ouvido dela. - Você berra quando está muito feliz!

- Ooh, desculpe! - pede ele ao equilibrá-la no ombro. - É que eu gostei muito dessa descoberta!

O restante não disse nada, apenas olharam para Soluço. Felizes, mas muito mais chocados e um pouco traumatizados com tudo que viram. Afinal, Soluço já estava sendo atestado como óbito. Foi por muito pouco.

Stoico encarou o filho fraco e aninhado nos braços de Astrid, pensando fortemente em avançar e abraçá-lo, mas não queria agitar o filho então ficou meio escondido ao fundo observando e rezando para tudo ficar bem. Melequento e Bocão olharam para ele confusos e Stoico fez um sinal de silêncio, fazendo-os entender que não queria agitar ou surpreender Soluço nesse momento, pois ele poderia piorar com sua aparição repentina.

- Nesse caso, vou ficar com você, chefe. - diz Bocão ao se juntar com ele no fundo da sala, pois chegaram juntos na ilha. - Muito estranho da sua parte permanecer em silêncio quando ele está acordado bem ali.

- Ele ainda está doente e não quero que tenha nenhuma reação com a minha presença. - sussurra Stoico; que estava segurando a si mesmo para não saldar o filho. - Vamos esperar ele recobrar melhor a consciência e entender.

- Tudo bem. Mas eu sei que você queria pular nas costelas dele agora mesmo!

- Você nem imagina o quanto.

Com um sorriso de alívio e graça, ambos voltam a observar a cama, preocupados quando Soluço começou a tossir sobre o peito de Astrid com força.

    - Shhh! Tá tudo bem, Soluço! Você vai ficar bem! - consola Astrid quando a tosse dele retornou e ele respirou sem ar. Olhou para Hannah. - Achei que ele estivesse melhor!

     - A flor de líncoll apenas estabilizou a febre. Ele ainda está com pneumonia. - diz a mulher e se aproxima com outro copo. - Sr. Haddock, eu preparei o seu antibiótico. Tome!

   - O que houve comigo? - pergunta o garoto para Astrid, não dando atenção a Hannah. - A quanto... cof, cof... a quanto tempo e-eu estou apagado?

    - Quase dois dias. Você pegou uma febre mortal, e estava danificando seus pulmões mais ainda. - diz Astrid a ele, tímida e corada em ver o rapaz tão carente com ela. Ela não se aguenta mais e o beija por todo o rosto, causando um relaxamento surpreendente em Soluço e o fazendo sorrir com as sensações dos lábios dela sobre ele. Quando parou, ele sorriu e ela devolveu o sorriso, suspirando aliviada, mas preocupada. Logo em seguida apontou para Hannah. - Soluço, sente-se que a Hannah tem que te dar o antibiótico. Por favor, antes que você desmaie de novo!