Sabotagem.

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   - Vamos, garota! Não fique parada como uma vara paus! Puxe esta carroça! - gritou o soldado para a ruiva, que estava a ponto de chorar

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- Vamos, garota! Não fique parada como uma vara paus! Puxe esta carroça! - gritou o soldado para a ruiva, que estava a ponto de chorar. - Ande, escrava imunda!

Muitas coisas aconteceram nos dias seguintes para a Tormenta, principlamente além dos muros de mármore do mercado de escravos. Emme estava pagando sua língua por denúnciar Ally e agora fazia trabalho pesado como todos, imediatamente calada sobre ser tratada melhor. Ela fora trocada de lugar com Cabeça Quente, agora puxando as carroças e carregando os enormes sacos de entulhos. Sua beleza estava destruída em público finalmente.

Os outros continuaram sendo mal tratados e forçados a trabalhar, porém, estavam muito mais unidos. Cabeça Dura e Ally continuaram nas plantações, uma dupla de colhetores que estavam cada dia mais juntos. Eu digo bem mais juntos mesmo. Já Cabeça Quente...

Bem, isso já era mais interessante.

Como seu trabalho foi tomado por Emme, a loira ficou na mercê de empregada. Mais específico como empregada de Tatto. Agora ela desfilava pela praça com bandejas e fiapos de roupas mal lavadas, tendo que seguir o brutamontes para todos os lados. O ruim era ter que aguentá-lo todos os dias pedindo para ser servido, preparar seu banho, carregar as sacolas de ouro. Como uma empregada particular mesmo.

O lado bom?

Cabeça Quente pôde conhecer o mercado inteiro. Não só a praça como os ponto de comércio, as plantações, os depósitos de comida e dinheiro dos líderes daquele lugar; até mesmo as minas de comércio do próprio Tatto. Não era nada gigante como as minas da Tormenta mas dava um enorme dinheiro também. A garota pôde andar pelo mercado inteiro junto com Tatto, nunca sendo bem tratada, mas foi bom para bolar ideias de fuga. Até mesmo sabotagens.

E uma delas já estava posta em prática.

Tatto costuma ser difícil de despistar, ainda mais com tantos vidros espelhados em sua própria casa. Porém, em um desses dias com Quente lhe servindo, ele capotara em sua casa, dormindo pesadamente no sofá e roncando como um porco. Quente estava lá, sem um segurança além de Tatto para lhe vigiar, e este foi o momento perfeito para uma escapada da casa, direto ao depósito de comida. Lá era dividido o alimento de funcionário, escravos, líderes e até dos animais presos. Tudo etiquetado. Quente logo fizera uma mistura digna de comidas e bebidas com vermes e plantas, misturando coisas grotescas e doentias nos alimentos dos seguranças chatos.

Alguns é claro, pois sabotar todos seria muito óbvio.

Depois de condenar o estômago deles e roubar alguns alimentos bons para ela e Ally, Quente saíra do depósito e voltara para a casa de Tatto, ficando ao lado do líder preguiçoso como se nada tivesse acontecido.

Os resultados de seu trabalho apareceu um dia depois, quando um dos seguranças do celeiro masculino passou mal e vomitou, garantindo não poder ficar no trabalho por uns bons dias. Mais dias passaram e mais cinco de seus seguranças passaram mal, dizendo estarem morrendo de tanta dor. Tatto gritou frustrado em sua poltrona, um grito tão assustador que quase virara a bandeja que Quente lhe servia, quieta. Mas por dentro saltava em vitória.

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