O Mestre riu. Não uma simples risada, mas com vontade e com despeito para a espada de Tara, ainda na mira de seu pescoço. Ele se debruçou na cadeira, fingindo achar graça com a braveza dela, que não estava gostando nem um pouco da falta de respeito.
- Pare de rir! - rosnou ela quando ele riu mais ainda. - PARE DE RIR!
- Desculpe, mas eu não consigo! - riu ele ao encarar ela novamente, com um sorriso. - Simplesmente porque... não faço ideia do que está falando!
- Pare de se fazer de desentendido! O senhor sabe exatamente do que estou falando! - rosnou a morena. - As minas de bronze eram propriedades do meu pai, e o senhor as roubou dele e de mim!
- Realmente? E qual é a sua prova? - quis saber ele com um riso para as pedras. - Isto? Que aliás, são as pedras mais incríveis que eu já vi! Onde as achou?
- Nas nossas minas! - responde ela ainda afiada e o homem arregala os olhos. - Os trabalhadores encontraram uma delas. A outra meu pai me deu quando eu tinha quatro anos. Me disse que estava nas terras dele e são muito raras! Que poderia levar anos para achar uma igual, porque são pedras apenas encontradas nos rios do sul, e não em minas!
- Ah, mas que história comovente! Meus parabéns por recordar memórias de tantos anos! - ironizou ele ao se erguer da cadeira, Tara ainda com a espada apontada para ele. - E você acha que as terras de exploração dele são as mesmas terras das minhas minas? Só por causa de uma história cheia de coiscidências incertas? Por favor, minha cara!
- Não tente me fazer de idiota! - rosnou ela. - O senhor sabe qual é a verdade tanto quanto eu. Então fale agora! Por que roubou tudo o que era do meu pai?!
Ele suspirou, cansado e entediado, encarou-a de pé, as pedras em suas mãos.
- Estou vendo que não vai esquecer o assunto. Pois bem! - diz ele sério. - Não. As minas não são propriedades do seu pai, são minhas. Agora elas são minhas!
- Há! Então admite que eram do meu pai! - diz ela com um sorriso de vitória e ele concorda. - O senhor é um mentiroso!
- Vamos com calma, Tara. Eu não menti em nada. Você nunca me perguntou de quem eram as terras antes de mim. Porque você não se importa com elas. - dizia o mestre e encarou o brilho dos cristais. - Eu apenas omiti uma informação que não mudaria nada na sua vida.
- Omitir? Oh, que bela desculpa! E mudariam sim! Essas informações provam que as minas deveriam ser heranças minhas!
- Talvez. Mas seu pai entregou-as para mim. Tivemos esta conversa de negócios antes. - conta ele para ela. - E ele confiava perfeitamente em mim para comandá-las. Quando ele se foi.... não ouve contradições.
- Mas e eu? Como filha eu não tinha o direito de tê-las?
- Claro que sim, mas você só tinha cinco anos, Tara. Não estava com a idade para trabalhar nisso. - diz ele quando ela levantou mais a espada. - E quando cresceu, você nunca teve interesse com os negócios de lá, exceto em receber o dinheiro! É uma herança que não lhe interessa.
- Não importa! Eu tinha o direito de saber! É algo da minha família, eu deveria estar ciente de tudo! - repreende ela, segurando suas lágrimas de mágoa ao abaixar a espada. - Não devia ter mentido para mim.
- Lamento, Tara. Eu realmente sinto muito. - falou ele calmo e sereno, sem muito sinceridade. - Mas eu não vou lhe devolver as terras. Eu as comando por dezessete anos e não é agora que você descobriu serem suas que eu vou devolvê-las. Porque sei que não é seu objetivo de trabalho.
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Dragões - O Retorno
FanfictionEsse é a continuação da 6 temporada de Dragões Corrida Até o Limite: Após abandonaren o Domínio do Dragão, os cavaleiros retornam a Berk para refazerem suas vidas. Com 19 anos, os pilotos ainda tem um ano pela frente antes de chegarem em "Como Trein...