Dragões - O Retorno

No Caminho da Derrota

Berk estava um caos. Os Caçadores espulsaram todos de suas casas. Estavam queimando cada moradia com os transformasas. No térreo, muitos duelavam com berkianos. Outros sequestravam reféns e prendiam os dragões em fucinheiras de ferro e bronze. O Grande Salão estava pegando fogo.

- Vou para lá agora! - avisou Stoico. - Gosmento, Bocão! Venham comigo!

- Cuidado, pai! - gritou Soluço quando os três voaram longe. Virou para os Cavaleiros. - Ok, pessoal! Vamos ter que nos dividir. Perna de Peixe, resgate o máximo de vítimas possíveis e leve-os para um local seguro.

- Tipo aonde? - quis saber ele.

- Lembra da caverna secreta atrás dos rochedos? Lá será seguro.

- Mas e se tiver caçadores?

- Então ataque.

Ele treme de medo, mas concorda e vai em direção as rochas levando as primeiras vitímas.

- Melequento, você vai lutar lá em baixo no térreo. - avisa Soluço. - Gêmeos vão me ajudar a contra atacar aqui do alto.

- O quê?! - grita Dura antes que Quente concorde. - Não! Não quero mais voar, prefiro ficar no solo!

- Mas no solo não dá pra explodir nada! - diz Quente.

- Mas eu não quero mais explosão!

- Mas você ama explodir coisas! - lembra Quente.

- Eu não me lembro de explodir nada.

- Claro que não se lembra! - Quente estava com raiva. - Você só fazia essas coisas comigo! Mas como não se lembra de mim, você não se lembra de si mesmo.

- Tá, tá. - diz Soluço, interrompendo a discussão. - Vamos trocar. Vocês dois ataquem lá embaixo e o Melequento vai me ajudar no alto.

- Ajudar em quê? - quis saber Melequento.

- Vamos libertar os Transformasas. E nada de "não"! - avisa ele, antes que Melequento fale algo. Virou-se para Astrid. - Astrid, você contra-ataca eles lá em baixo, mas do alto. E vê se consegue salvar os dragões injaulados.

- Tá bom. - concorda ela, apesar dela querer ir junto com ele.

- Time auciliar! - chama Soluço, exceto por Gosmento. - Vocês vão resgatar mais vítimas e apagar os incêndios.

Eles acenam com a cabeça. Assim, todos se separam na batalha.
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Stoico, Bocão e Gosmento entram no Grande Salão. Os Caçadores amarraram todas as vítimas nas colunas e estavam colocando fogo em tudo. Cadeiras, mesas, móveis e, para fúria de Stoico, alimentos. Ele correu para eles aos plenos pulmões, enquanto Bocão ia para as vítimas e cortava as cordas com seu gancho.

Não foi fácil lutar com os Caçadores. Eles eram muito flexíveis e ágeis. Stoico atacou-os com toda a força que teve, mas eles, por serem menores, eram mais ágeis. Um deles rapidamente arrancou o machado de Stoico e, com um movimento rápido, deu-lhe uma rasteira. Gosmento correu para ajudá-lo, socando e chutando-os com toda velocidade. Alguns recuaram, outros, ainda mais habilidosos, lutaram. Imobilizaram Gosmento com uma chave de braço. Stoico se levantou e ergueu o caçador, que imolizadava Gosmento, com apenas um braço.

- Vocês são rápidos e habilidosos. - diz Stoico para o caçador, que se debatia. - Mas minha força é muito maior. Aaaaargh!!!

Com muita força, ele arremeça o caçador longe, que cai em cima de outro caçador fazendo os dois se chocarem com uma mesa de madeira e caírem no chão, imóveis. Mais caçadores começam a cercá-los. Stoico fez um assovio com os dedos e um rosnado feroz ecoou pelo aposento. Assim, Quebra Miolos entrou invadindo o Salão e arremeçando todos os caçadores com seu grande e forte casco. Ele foi até a fogueira com os objetos queimados e rugiu ferozmente, fazendo os caçadores ali, recuarem.