Coração de Guerreira

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Soluço não estava entendendo nada. Quem é essa garota? Por que ela quer matá-lo? Ele nem há conhece! Ela tinha um olhar de ódio e rancor que não fazia sentido algum para ele. Parecia idiotisse baixar a guarda com ela, mas ele queria resolver esse mal entendido antes que ela o ataque. Desligou a Infermo e baixou-a. Ela riu dele.

- Não vai querer lutar pelo sua vida desarmado, né?! - zombou ela dele.

- Eu não quero lutar com você. Eu nem a conheço. - responde Soluço, Banguela atrás continuava em posição de ataque. - Por que você quer me matar?

- Você não é Soluço Haddock, filho de Stoico o Imenso? O responsável pela paz entre vikings e dragões? Atualmente um Treinador de Dragões?

- Sim, eu sou. Eu vou morrer por ser quem sou?

- Vai morrer por isso e muito mais. - diz ela erguendo mais as espadas, fazendo Soluço recuar. - Todos matavam dragões, todos os destruiam e os colocavam em seus devidos lugares, os vikings eram unidos contra eles. Até você surgir a paz entre eles, fazendo com que essas criaturas unidas nos dividem. Há vikings que amam dragões e outros que os odeiam. Isso criou conflito entre todos nós. Estamos todos em guerra, e a culpa é sua.

- Eu só fiz o que era certo! - insiste Soluço. - Dragões são criaturas incríveis. Elas só precisam ser compreendidas. Se você me deixar mostrar....

- Não! - grita Tara, apontando a espada para ele. - Eu que vou te mostrar o preço por mexer aonde não devia.

Ela ataca Soluço, que estava de guarda baixa. Porém, Banguela não. Ele atira plasma na arma, que recocheteia para o alto, dando tempo de Banguela tirar Soluço do caminho dela. Ele rosna para Tara, mas a Transformasa se põe em frente da garota para demonstrar que ela não está sozinha.

- Nem ouse, Fúria da Noite. - diz Tara. - Ou Matadora acabará com você.

- Ela não está acorrentada. - notou Soluço. - Como está obrigando-na a te ajudar? Ipinose?

- Eu não a obriga em nada. - responde Tara.

A Transformasa voltou a rosnar em defesa dela. Soluço não conseguia acreditar que uma caçadora treinara um Transformasa. Nem ele fizera isso. Era algo que não fazia sentido.

- Como pode dizer que quer matar a existência dos dragões sendo que você tem laço com um?

- Matadora é diferente.

- Como?

- Não é da sua conta. Só o que tem que saber é que vou matar todos eles. Todos! Mas primeiro, você!!!

Ela correu para ele em uma velocidade que, se não fosse o reflexo de Banguela, mataria Soluço. O dragão entrou no caminho e, com a calda, arremeçou-a para longe. Ela conseguiu se equilibrar rapidamente.

- Estou perdendo a paciência com este Fúria da Noite! Não quero ninguém em meu caminho!

- Ele me protege. - diz Soluço. - Ele se preocupa comigo.

- Então vou fazê-lo se preocupar com a própria vida. - diz Tara. Ela assovia e, rapidamente, Matadora ataca Banguela com as garras, obrigando o dragão a se afastar do cavaleiro e começar um duelo entre ele e a Transformasa.

- Banguela! - grita Soluço correndo para o dragão, mas Tara se coloca no caminho, com a espada apontada para ele.

- Agora ninguém vai me atrapalhar. - diz Tara. - Somos só eu e você, Haddock. Até a morte.
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Perna de Peixe e Batatão lutavam na maior parte do caos. Estavam indo bem, mas o que o estranhou foi ver uma boa parte começar a recuar. Pareciam que estavam começando a sessar o ataque. O chão treme e algo muito grande explode, fazendo todos os moradores olharem para trás. Ele estavam explodindo a Forja. Os Caçadores começaram a queimar em toda a ferraria, deixando o ferro derreter lentamente. Perna de Peixe sentiu raiva. Ele construira metade daquelas armas com o ferro da Batatão. Era uma perda pessoal. Montou em Batatão e atacou os caçadores. Batatão foi atirando bolas de lava em todos. Três, quatro bolas seguidas. Cada um foi recuando.

Dragões - O RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora