5. Garota legal

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Camila Cabello |Point Of View


Ela ficou me encarando por um tempo, mas não falou nada.

— Sério... Fala o que eu te fiz... – Falei fitando aquela boca maravilhosa.

— Nem pense nisso!

— O quê?

— Não me beije a força. – Ela me empurrou.

— Não ia te beijar, só quero saber o motivo da implicância.

— Não tenho nada contra você, só não sou baba ovo como minha irmã.

— Ela não é baba ovo. Só é simpática, isso não tira pedaço de ninguém. – Ela revirou os olhos. Isso é um caso perdido, ela me odeia.

— Desculpe a invasão... Não sei o que me deu... – Fiquei envergonhada e caminhei até minha moto. Montei nela e coloquei meu capacete. Taylor caminhou até mim.

— Como foi? – Perguntou baixinho.

— Esquece essa loucura, garota. Ela me odeia e agora estou me sentindo constrangida por toda essa situação. Você
é uma garota legal, se quiser tomar um café comigo perto de sua escola, vou aceitar, mas não me submeta a isso de novo. É frustrante. – Ela me abraçou.

— Desculpe. – Ela me estendeu o mindinho. – Amigas?

— Sério que você está fazendo isso para uma tenente? – Ela fez bateu continência.

— Permissão para sermos amigas, Tenente Cabello? – Gargalhei, porque a irmã não é leve assim?

— Permissão concedida. – Ela assentiu e saiu para o lado da irmã. Pilotei até meu prédio.

Entrei na casa dos meus pais, eles estavam na sala, abraçados.


— Papa? Mama? – Eles viraram. – Estou com saudade. – Eles se olharam incrédulos, não sou do tipo que fala essas coisas. Abriram um espaço entre eles e me sentei ali. Ficamos abraçados sem falar nada.

Lauren Jauregui |Point Of View


— O que foi isso?

— Nada! – Tay falou irritada e dando os ombros.

— O que vocês conversaram? Porque que a abraçou?

— Senhor! Lauren, que pé no saco você está. Se você não é educada e não tem coração, eu sou o contrario disso, agradeci o jantar e a companhia dela, já que você nem conversou comigo hoje. Cabello é muito legal, você não nota por causa deste escudo de arrogância que veste.

— Você está apaixonada por ela?

— Lógico que não. Ela é velha para mim, realmente estávamos brincando na mesa.

— Parece que está.

— Vamos logo para casa, Lauren. Você deve estar na TPM hoje. Nem eu que gosto de todas as suas faces estou te aturando.

Me magoa ouvir minha pequena falando assim comigo, mas sei que ela chegou no limite. A levei até minha casa e ela dormiu lá. Acordei cedo com ela agarrada a mim. Era sábado, levantei e preparei nosso café. Ela acordou e sentou a mesa comigo.


— Bom dia, Laur.

— Bom dia, Taytay. Como dormiu?

— Bem e você?

— Bem.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Pode!

— Não vai ficar brava?

— Sobre a tenente? – Ela assentiu. – pergunte.

— Ela saiu correndo para ir falar com você? O que ela te falou?

— Ela perguntou o que tinha feito de errado para mim.

— O que ela fez?

— Ela me chamou de grossa! – Falei áspera.

— E você de soldadinho de chumbo.

— Não é a mesma coisa. Ela devia fazer o trabalho dela direito e não deixar esses pequenos delinqüentes te assediarem.

— Ela tomou uma atitude, Laur. Ela prendeu o cara porque ele te chamou de louca. Ela é linda, Lauren. Ela é inteligente, ganha bem, é gostosa... Senhor! Ela usa farda! Ela está caidinha por você... Porque não? – Fiquei a fitando por um tempo.

— Você está apaixonada por ela.

— DROGA LAUREN! – Ela bateu as mãos na mesa. – Fique você com seu mau humor e sua frieza. Você nunca entende nada. Espero que você não se arrependa disso um dia. – Falou saindo e batendo a porta.

Camila Cabello |Point Of View



— Anda Kaki! Você me deve vários sorvetes. – Minha irmã me puxava pela mão, em meio a uma multidão de pessoa na praça da cidade. Voltei a conversar com meus pais e agora, estou com minha pequena no meu dia de folga. Ela escolheu o sorvete e sentamos no banco, olhando o movimento. – Você vai para longe?

— Como assim?

— Mama disse que talvez você vá para longe... Não quero que você vá.

— Vai ser por pouco tempo, pequena.

— Você jura? – Fiquei a olhando, fui treinada para nunca prometer o que não posso cumprir. A abracei forte e depois
compramos outro sorvete. Estávamos caminhando. Quando avistei Tay sentada na calçada.

— Tay? – Ela me fitou, parecia triste. – Aconteceu alguma coisa?

— Não. Está tudo bem. – Ela levantou e me abraçou.

— Essa aqui bonequinha é Sofia, minha irmã. Essa é uma amiga Sofi. Taylor.

— Oi lindinha. Pode me chamar de Tay.

— Oi Tay. Quer sorvete? – Ela puxou Taylor para perto e sussurrou. – Se você a quiser vai ter que me dar outro.

— Quero sim. Vamos lá. – Depois de mais dois sorvetes, decidimos ir para casa, mas antes deixamos Tay na dela.

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