33. True

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Camila Cabello|Point Of View

No jantar contei tudo que passei por lá.

— Depois que me joguei da frente da metralhadora, meu general ficou no meu posto por 30 segundo e depois de me fazer gargalhar, a cabeça dele explodiu e enquanto eu limpava meu rosto, tirava os pedaços da minha farda, eu ouvia um gritando "Explodiu. Explodiu". Senti uma dor na cabeça e apaguei. Quando acordei, estava em uma van, com uma arma apontada na cabeça, peguei um isqueiro e tentei queimar a corda. Quando consegui, alguém também conseguiu e começou a atirar dentro da van. O gênio acertou o motorista e a van capotou. Quando acordei novamente, minha cabeça doía e eu não lembrava nada, porque estava ali. Caminhava e quando não aguentava mais a dor, eu me arrastava. Caminhei por um bom tempo, avistei uma casa no meio do nada. Na hora por conta da falta de memória, nem pensei que poderiam ser inimigos. Bati na porta e uma morena abriu. Novamente apaguei. Acordei com ela de vigia, os Hamilton's me trataram muito bem, fizeram curativo e me levaram no médico. Mas como eu só conseguia lembrar do nome Lauren, quando eles iam ao parlamento, porque eu não podia caminhar muito, ninguém procurava por Lauren nenhuma. – Lauren me abraçou de lado e repousou a cabeça nas minhas costas. – E virei meio que uma faz tudo lá. Arrumei do chuveiro ao carro.

— Bem a sua cara. – Minha mãe falou

— Sim. Quando a Andrea pediu pra ver se conseguia arrumar um toca discos antigo e foi aí que recuperei minha memória. Começou a tocar Sailing e um turbilhão de memórias voltou com a música. E agora estou aqui.

— Isso parece filme. – Chris falou.

Depois de conversamos mais um pouco, fui até a varanda e respirei um pouco. Estava cansada e com uma dor de cabeça horrível. Senti minha cintura ser abraçada, era Lauren.

— Está bem amor? – Ela disse e beijou minha nuca.

— Estou com dor de cabeça. – E virei e a abracei. Com o rosto em seu pescoço, ela beijou meu rosto e pescoço.

— Vou cuidar de você agora. Não fique triste, não foi sua culpa. – Me endireitei e fitei seus olhos.

— Como você sabe?

— Vi como ficou depois que falou do General. Não foi sua culpa.

— Não consigo não pensar em certas coisas.

— Vou buscar um analgésico pra você. Já volto. – Ela me deu um selinho demorado e saiu. Chris se aproximou.

— Oi guerreira.

— Oi.

— Então... Não tem nenhuma história da guerra pra contar.

— Tenho várias!

Flashback on

Estávamos no centro da cidade e um homem se aproximou, gritando que estava com uma bomba no corpo. Todos apontaram as armas para ele, mas o tradutor começou a gritar.

— Não atirem. Ele é um homem bom, colocaram a bomba nele, mas ele desistiu. – O homem caminhou um pouco.

— Não se aproxime. Fale pra ele ficar onde está. – O general gritou e o tradutor falou com o homem que insistia em andar. – Mais um passo e abriremos fogo. – Quando o tradutor gritou o alerta do general, o homem parou e começou a chorar. Cheguei perto do tradutor.

— Diga pra ele abrir a blusa. – Falei e o general se aproximou.

— Não tenente. Ele está nos enganando.

— Eu não tenho certeza.

— Me aproximei e o homem andou até mim. Pedi para o tradutor o mandar deitar no chão e ele o fez.

— Oi. – Peguei um alicate no bolso. Ele fala um monte de coisas.

— Ele disse que tem mulher e três filhos. – Cortei o fio amarelo e retirei a bomba do corpo dele.

— Diga pra ele que pense na mulher e nos filhos antes de pendurar uma bomba no corpo.

Flashack off


— Ele me agradeceu e foi embora. – Lauren me alcançou a água e o analgésico. Tomei.

— O que conversamos sobre perguntas da guerra?

— Desculpe Laur.

— Vamos pra sala. – Lauren me puxou pela mão e meus pais conversavam animados com os pais dela. Selena e Taylor estavam na bolha delas. Lauren foi até o som e colocou uma música. Me puxou para um canto da sala e começou a dançar comigo.

— Dançamos agora? - Falei.

— Não gosta?

— É diferente. Mas é bom.

Ficamos dançando, depois de um tempo, Taylor e Selena se juntaram a nós. Lauren escondeu o rosto na curva do meu pescoço. Senti uma lágrima escorrendo no mesmo.

— Hey! Não chore minha linda. Eu estou aqui.

— Por cinco meses? Depois vamos passar por tudo de novo.

— Depois conversamos sobre isso. Vamos aproveitar a música boa.

— Percebi que não sou nada sem você.

— Eu também não vivo sem você, mas eu já sabia disso antes da guerra. Amo você, Lauren. Você me fez questionar muito sobre tudo. Vamos sentar e conversar sobre isso, mas hoje eu só quero aproveitar a parte boa. – Ela assentiu.

— Desculpe.

— Tudo bem. – Quando percebemos, todos estavam nos acompanhavam. Até Chris dançava com Sofia. Ficamos com as músicas bregas e melosas até tarde.

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