92. Papa

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Camila Cabello |Point Of View



— É sério! Vou fechar aquela boate de stripper... Vou comer todas, as morenas... Ruivas... Com peitão... Até as peitinhos. Vou comer até as peitinhos. – Cabo Wilker gritou e ri, mesmo só conseguindo manter minha visão focada na janela do prédio que invadimos. — Você tem pau, Tenente. Já comeu mulher... Me diz se não é a melhor coisa do mundo.

— É maravilhoso, Cabo. Mas vamos manter o foco... Os outros não voltaram, estou começando a pensar...

— Que só nós sobrevivemos? – Assenti. — Por isso estou falando de sexo. Já tinha notado isso. – Peguei o rifle e mirei pela janela... Para enxergar longe... Nada.

— Só fui para cama com uma mulher antes daqui... E ela quebrou meu coração. – Ele bateu no meu ombro.

— Na guerra não tem lugar para quem os têm inteiros, Tenente. Ou são as mulheres... Ou é a família. – Fechei meus olhos e suspirei.

— Meu pai também não é meu fã.

— O meu foi embora quando eu tinha seis anos... Como eu disse, a guerra precisa de corações partidos. – Ele me encarou. — Antes daqui? Ficou com uma daqui?

— Fiquei com a enfermeira Sasha. – Ele bateu duas vezes no meu ombro.

— Falta pouco para um banho quente e uma noite de sono.

— Depois que a cabeça dele explodiu na minha frente eu não consigo mais dormir.

— Não vamos dormir quando voltar então. Vamos foder com toda nossa cidade. – Sorri negando e não achei a pior promessa do mundo. Ouvimos passos...

— Emboscada. – Ele posicionou a metralhadora para a porta. Logo abriram a porta e lançaram granadas ali, não pensamos duas vezes e nós jogamos pela janela, um estilhaço pegou minhas costas e olhei para o lado, Cabo Wilker fez positivo para mim e foi alvejado de tiros... Arrastei o corpo dele para baixo de um carro virado e o grupo que estávamos esperando chegou. Me deitei sobre o corpo dele para estancar seu sangue. Ele chorava de dor e eu tentava o consolar...  Acho que eles tinham me acertado também...

— Amor... Calma, sou eu... É a Lauren... – Ouvi a voz de Lauren ao fundo e imaginei estar morrendo, mas abri meus olhos e estava sobre lençóis de seda e nua, com Lauren me enchendo de beijos. — Outro pesadelo, amor. Precisa ir à doutora de novo. Faz uma semana... – A beijei, joguei o edredom longe e enlacei meus dedos no cabelo dela, para dar firmeza no meu movimento, que não era delicado. Deitei meu corpo sobre o dela, encaixei meu pau em sua fenda e comecei a rebolar devagar, meu membro estava ganhando vida e a lubrificação dela só aumentava.

— Lauren... – Choraminguei entre o beijo e ela arranhou minhas costas, antes de posicionar meu membro em sua entrada. A penetrei e soltamos um gemido agoniado que pareceu ensaiado.

Meus movimentos ficaram mais intensos conforme o tempo passou, era maravilhoso. Sempre era incrível fazer amor com ela, me tirava do mundo... Me acalmava e agitava ao mesmo tempo.

Ela segurou meu rosto entre as mãos e selou nossos lábios.

— Hey... É real. Vai com calma, amor... Está tudo bem... Dois filhos... Você e eu... É real. – Ela me trouxe a realidade, estava com medo de estar sonhando ou algo do tipo.

— Desculpe... – Eu suavizei meus movimentos e selei nossos lábios demoradamente. Depois ela distribuiu beijos por meu pescoço e intensifiquei um pouco meu rebolado para ganhar gemidos que julguei serem em aprovação. — Laur...

— Camz... – Levei minha mão até a intimidade dela e estimulei seu clitóris. Não demorou a ela tremer sob meu corpo.

Ela nos virou, sem me retirar dela e começou a comandar. Eu estava suando muito, o quarto era preenchido com nossos murmúrios e gemidos bem baixos... Mas isso não diminuía o êxtase que eu estava sentindo.

— Lauren... – Cravei minhas unhas em sua cintura e ela rebolou mais rápido e tremeu novamente, desta vez meu corpo tencionou e chegamos ao ápice juntas.

— Céus! – Quebrei o silêncio após um tempo e ela sorriu contra o meu pescoço.

— Não vai adiantar esse sexo incrível... Você vai à psicóloga. – Eu sorri.

— Eu vou ir, amor.

— Promete? – Assenti e ela selou nossos lábios... Depois disso ficamos trocando beijos e carinhos... Logo o despertador soou.

×××


Eu estava analisando Dinah maltratar os novatos e rindo do desespero nos rostos dos meninos.

— General... Assim que terminar vou te esperar na minha sala.

— Positivo, Marechal!

Logo estava sentada na minha poltrona e com minha boina sobre o joelho.

— Com licença, Marechal.

— Sem formalidades, Dinah.

— Fala babacona! – Revirei meus olhos e ela gargalhou.

— Preciso te falar sobre a nomeação do Cabo Black.

— Não tem como nomear aquela porta.

— Eu sei, mas precisamos de provas. Filme a maratona de prova com ele e um dos cabos bons. Vou mostrar para o pai dele que não podemos ter um desses conosco.

— Ele não vai gostar.

— Ele que o transfira, não vou dar mais oportunidades, ele sabe que tem as costas quentes e não se esforça. Prefiro dez burros esforçados a um inteligente que nem tenta.

— Você está certa, amanhã filmo para você. Preciso ir ajudar Mani com a festa da...

— Minha afilhada... Eu sei.

— Você esta bem desfocada ultimamente.

— Meus pesadelos voltaram. – Ela suavizou a expressão.

— Visite o Dr. Hunt. Ele está na cidade essa semana, conversei com ele uma vez e não me arrependi. Ele é muito bom, não é psicólogo, mas sabe o que passamos.

— Me passa o número dele.

— Claro!

Ela pegou meu celular e salvou para mim.

— Ligue mesmo para ele, Lauren está preocupada com você.

— Lauren é a mulher mais incrível desse mundo.

— Ela é devota a você, Camila. Se cuide por ela e para ela... Por você e pelos dois filhos lindos que vocês duas têm.

— Eu vou, DJ. Só estou cansada de ir a médicos... Tomar remédios...

— São as consequências, sabia de todas quando se alistou.

— Eu sei.

— Agora eu preciso mesmo ir. Libere os meninos daqui a meia hora.

— Estão fazendo o que?

— Dando voltas na quadra.

Assenti. Após assinar alguns papéis fui para a quadra.

Fiquei com o Coronel e ele me deu idéias muito interessante para incrementar nosso QG.


×××

Quando Sebastian me mandou uma mensagem, peguei minhas chaves e fui buscar ele na escola.

Meu celular vibrou no bolso e o atendi.

— Hey filhinha... Papa voltou!

Ouvi a voz de Alejandro e o celular caiu de minha mão.

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