64. General Cabello

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Lauren Jauregui |Point Of View

— Não acredito nisso, Camz.

— Ele é meu superior, anjo. Não posso questioná-lo.

— Mas foi você, Camz. Você pensou em tudo, você foi atrás. Isso é injusto

— Não posso fazer nada e seu não me importo. Não quero reconhecimento por isso, fiz exclusivamente para ajudar James.

— Você é boa demais, Camz.

— São as regras, Lo.

— Eu tinha uma idéia de justiça com o exército.

— Deixe isso pra lá, Lo.

— Eu estou completamente indignada com essa situação.

— Vou visitar minha mãe. Você não pode se irritar assim, anjo.

— Ok Camz.

— Ela me beijou e saiu. Fiquei organizando algumas roupas e depois me sentei para ver um filme e esperar Camz voltar.

A campainha tocou, fui atender e era minha mãe.

— Oi mãe. - Falei a abraçando.

— Minha filha. Vim ver como você está. Você e meu neto. Já que você não vai mais lá em casa.

— Mama... Eu queria, mas o papa está estranho comigo. Fica falando que ganhei o prêmio por ser bonita e fica chamando essa casa de casebre. A Camz fez um esforço tremendo para comprar.

— Minha filha, seu pai está com o orgulho ferido. Você é tão jovem e conseguiu algo que ele não conseguiu.

— Não acredito.

— Assim como o pai da Camila. Vocês são tão novas e estão chamando muita atenção. Acho que seja isso. Não ligue para eles.

— Como você sabe do pai da Camila?

— Sinu. Ele chegou em casa bufando e no outro dia deu aquela entrevista. Ela está furiosa.

— Mas não é para estar, mãe? A Camz ficou até tarde, chegou imunda e cheia de dores. E foi suspensa por ajudar.

— É revoltante mesmo. Mas ignorem esses pequenos problemas e foquem em vocês.

— É mesmo. Segunda vamos saber o sexo do bebê.

— Eu quero ir junto com vocês. Sinu também.

— Claro. Tay vai conosco também.

— Como está o casamento? Militares são complicados.

— Sabe mãe... A Camila é um ser iluminado. Ela está cada dia mais carinhosa... Ela me faz sentir tão amada e protegida. Não sei se pode melhorar. Se meu pai soubesse a quantia de amor que mantém as paredes deste “casebre” erguidas, pagaria para trocar conosco.

— Me emocionei e arrepiei inteira só de te ouvir falar.

— A porta se abriu e Camz entrou.

— Sra. Jauregui. Que bom ver a Sra.

— Camila. Como você está?

— Bem. – Ela abraçou minha mãe e depois me beijou a testa, sentando ao meu lado.

— Torcendo para meu neto ser um menino? Ou uma menina?

— Não tenho preferência. Eu vou amar qualquer um. Não vejo a hora de ter ele nos meus braços.

— Já decoraram o quartinho?

— Não. Vamos comprar outra casa.

— Vão? Aonde?

— Não sabemos. Camila está recebendo uma bela gratificação...

— Seu pai já me contou. Mais que merecido. Fico feliz por você.

— Obrigada.

— Tenho que ir.

— Fique mais um pouco.

— Está tarde, mas eu quero conviver mais com vocês. Não se isolem por conta destes velhos invejosos.

— Ok mama.

Despedimos-nos e ela se foi. Camz me chamou e me fez sentar em seu colo.

×××

— Nossa... A sala ficou cheia. Vamos às apresentações?

— Avó Clara. Mãe de Lauren.

— Avó Sinu. Mãe da Camila obviamente.

— Taylor. Tia, Irmã da Lauren.

— Sofia. Vou ser titia.

— Minha irmã. – Camz falou.

— Ok. Apresentações feitas. Vamos ver como está este pequeno. – O gel gelado foi passado em minha barriga. Começaram os batimentos e todos estavam emocionados, menos Sofia que não entendia o que estava acontecendo. – Tudo certo com o nosso pequeno... Camila, você como uma militar vai amar saber que será mãe de um garotão. Vocês vão ter um menino.

— Um pequeno, Lo. Você me deu um garotão. – Ela disse beijando minha testa. — Amo você.

— Também te amo.

Fomos comemorar em um café. Pedi um chocolate quente e conversávamos animadas, até Camz receber uma ligação e ter que voltar para o QG.

Camila Cabello |Point Of View

Entrei na sala do Marechal Gomez.

— Fique a vontade, Camila. Sem formalidades. – Era esse o tipo de tratamento que queria do meu pai. – Vi você crescer, pequena. Agora vai ser mãe.

— De um garoto. Meu pequeno militar. Que minha esposa não escute isso.

— Parabéns. – Ele me abraçou. — Fico feliz por você. Queria conversar com você sobre a ação caridosa do seu pai. O que você achou?

— Bonito. Se o QG tem recrutas disponíveis e doações... É digno.

— Você estava no dia que ele teve a idéia?

— Eu ajudei na reforma. – Disse triste, mas não podia entregar meu pai.

— Minha pequena militar... Cada dia que te conheço melhor, te admiro mais. Você é um ser iluminado...

— Os seus subordinados vieram falar comigo. A idéia foi sua e você foi suspensa por ela. Alejandro não merece a filha que tem. Queria poder te adotar, mas você está casada e não vai querer morar com minha outra filha psicótica.

— Seu pai foi transferido para outra base, vai para lá depois da suspensão de dez dias e você vai ser a General desta aqui. – Ele me entregou a farda de General e colocou o Kep em mim. — Caráter não se ensina, vem de berço. Ainda bem que sua mãe é uma mulher íntegra e Sofi não é tratada do jeito que Alejandro te tratava. Ele a trata bem e você nunca a destratou por isso. Outro sinal do seu caráter inegável. Parabéns, General. – Eu o abracei e comecei a chorar.

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