111. Amiguinho

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Camila Cabello |Point Of View


— Fale, General. – Me ajeitei na cama dele e peguei o pacote de biscoitos.

— Papa... Sabe, ultimamente eu tenho andado muito animado...

— Sim. Com o namoro? – Falei enquanto comia eles.

— Não é namoro ainda... O meu amiguinho está animado... Droga! Eu não sei como falar dessas coisas...

— Você anda com o pau duro o tempo todo... Ou a maioria dele. – Tentei falar o mais naturalmente possível para deixar ele mais calmo.

— É.

— Isso é normal, meu filho. Teria que se preocupar se fosse ao contrário.

— Mas... Eu não sei muito o que fazer. – Fiquei encarando ele. — Hoje a Jane apertou meu pau e eu dei um pulo. – Sorri com a inocência dele. – Ela achou que me machucou... Ainda bem, pois se ela soubesse que foi susto seria vergonhoso.

— Você quer transar?

— Não sei. Ela não falou sobre isso.

— Amor... Ela agarrou seu pau. Ela meio que deixou a entender. – Lauren falou e entrou no quarto, sentou ao meu lado. — Ou ela quer te provocar... Quer mais iniciativa da sua parte.

— Sim, pequeno. Você acha que está pronto? Você se assustou... Isso é extremamente inocente.

— Eu não sei nem onde tocar nela... Como vou transar com ela? Sei lá... Eu não entendo esses negócios de relacionamento...

— Isso não tem manual, filho. Já nascemos sabendo... Instinto. Você não pode ter uma explicação científica para tudo, algumas coisas são só para serem sentidas e apreciadas. – Ela disse e eu assenti.

— Como foi a sua primeira vez, Papa?

— Como foi, amor? – Perguntei a Lauren.

— Foi ótima. – Lauren respondeu e ele ficou sem entender.

— Vocês estão de brincadeira?

— Não. Nós esperamos... E valeu muito a pena. – Eu disse. — Mas isso foi uma escolha nossa... Você tem que trilhar as suas escolhas. Se quiser fazer... Faça! Se não quiser...

— Ela gosta de você, filho. Nós vamos apoiar sua decisão. – Ele assentiu

— Eu só não queria ficar com ele duro sempre. – Lauren levantou.

— Essa eu deixo para você, amor. Não entendo do funcionamento. – Nós soltamos uma risada e ela se retirou

— Você costuma se masturbar?

— Não muito...

— Faça mais vezes. Tranque a porta do quarto, assista um filme... Não sei. Alguma coisa que te excite e faça.... Várias vezes. Até aliviar bem a tensão, vai ficar mais resistente.

— Acho estranho.

— Se você segurar muito, pode explodir em público com um simples beijo.

— Isso seria vergonhoso. – Ele sorriu para mim. — Obrigado, Papa.

— Não me agradeça. Só não tenha vergonha de falar sobre isso... Estou aqui para te ajudar e se for fazer, me comunique. Vou te dar umas camisinhas e umas dicas. E não precisa lavar sua roupa, sabemos que essa idade é assim. Não se envergonhe.

Ele me abraçou e baguncei os cabelos dele.

— Mais uma pergunta... Eu fico com vergonha dela percebendo quando estou animado...

— Não fique. Isso é natural, Jane sabe da anatomia humana e que você vai ficar assim conforme atitudes dela. E não se assuste... Deixa ela te tocar se você se sentir a vontade. Você vai acabar se conhecendo ainda mais.

— Está bem, Papa.

Ficamos conversando mais um pouquinho e depois as mulheres das nossas vidas se juntaram a nós.

Sebastian Jauregui Cabello|Point Of View


As aulas eram entediantes ultimamente, tenho estudado tanto para a prova do preparatório que já sei toda a matéria antes. Minhas mães são muito inteligentes e me ensinam tudo. Fiz a atividade que me foi ordenada e entreguei ao professor... Eles as olhou e sorriu para mim.

— Está dispensado, Cabello. – Assenti e fui ao meu lugar pegar minha mochila.

Caminhei até os bancos, mas sentei no chão, escorando na árvore e peguei um livro para ler...

— Não posso com esse garoto que nunca fica até o fim de nenhuma aula por ser um gênio. – Jane disse e sentou no meu lado, deixando um beijo em minha bochecha.

— Fala como se fosse diferente para você. – Ela sorriu.

— Devemos combinar bastante. – A abracei e ela colocou a mão no meu peito, repousando a cabeça no meu ombro. — Que livro é esse?

— Psicose... Assisti o filme e achei estranho, quero ver se no livro tem mais detalhes. – Ela ficou ali... Quieta... E olhando para o livro, imaginei que ela estava lendo também.

— Você está nessa página faz muito tempo. – Ela disse e se afastou para me encarar... Ela era uma garota linda, era diferente das outras... Tinha um ar meio... Foda-se. E foi uma das poucas pessoas que me desafiou mentalmente... Que me provocou e me instigou. — Você está bem?

— E se nós namorarmos? – Depois da surpresa, ela sorriu.

— Quer namorar?

— Muito. – Ela me abraçou.

— Eu também quero. – Ela beijou meu pescoço. — Pensei que você não queria.

— Só não sabia o momento certo para pedir. E você está absurdamente linda hoje. – Ela selou nossos lábios.

— Sabe o que eu pensei antes de sair de casa? – Neguei. — Nossa... Esse cabelo está um caos.... Fazia tempo que não ficava com essas olheiras e essa espinha não podia nascer em outro lugar... Espero que o Sebastian não repare no horror que eu estou hoje. – Toquei o rosto dela.

— Você é linda demais, não vejo nada dessas coisas que você falou, só vejo minha garota linda... – Selei nossos lábios.

— Você é mesmo perfeito. Não é possível.

Sorri e selei nossos lábios. Ela ficou abraçada em meu troco e eu com a mão em seu cabelo.

— Meus pais não vão comemorar comigo amanhã.

— Porque?

— Algum hospital de outra cidade chamou minha mãe para ajudar e meu pai pegou turno.

— Vamos fazer algo em alguma boate. Fechamos ela e chamamos nossos colegas.

— Não, Se. Não vou nem ver meu pai.

— Minha papa resolve isso. Ela organiza tudo...

— Não, Se. Isso não faz sentido, não sou obrigação das suas mães.

— Como namorado, tenho que te fazer feliz, sei que você vai ficar para baixo por não ver seus pais. Minha papa vai adorar ajudar.

— Não me sinto confortável.

— Nós dois... Dançando colados... Vamos ficar suados e com calor...

— Ok. Você venceu. – Tive que rir. — Você é muito tentador, Sr. Cabello.

— Você é bem mais, Sra. Levy. Só não consigo entender essa coisa comigo suando. – Ela bateu de leve no meu rosto.

— Me faz imaginar umas coisas aí. – Ela levantou e me puxou pela mão. — Quando você crescer vai entender. – Ela piscou para mim. — Vem, a princesa já saiu.

Olhei para a sala de Isis e ela esperava na porta. Arrumei minhas coisas e fomos pegar ela.

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