93. Problemas

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Camila Cabello |Point Of View


Papa... Voltou... Alejandro...

— Papa? – Senti meu braço ser tocado. Olhei meu filho que me encarava em expectativa. — Está tudo bem? Faz um tempo que estou falando com você. – Ele me entregou o celular. — Sua tela quebrou. – Ele me abraçou.

Fiquei apertando ele um pouco e ele sorriu largando a mochila e pulando para meu colo.

— Eu te amo, meu general.

— Eu te amo, papa.

— E sua irmã?

— A Sofia buscou ela para alguma coisa que eu não sei bem o que é... – Peguei meu celular e disquei o número de Sofia, com dificuldade por conta da tela, ela atendeu no segundo toque.

— Oi, Kaki.

— Oi pequena... Está com minha outra pequena?

— Sim. Estamos comprando o presente da Bianca.

— Sozinhas?

— Não. A mama está aqui.

— Só?

— Sim.

— A mama falou alguma coisa? Alguma novidade?

— Não. Quer que eu pergunte algo?

— Não. Só venha logo para a festa, Ísis tem que se arrumar ainda.

— Entendido, Marechal! – Revirei meus olhos e juntei a mochila de Sebastian. Ele entrou no carro e fomos para casa tomar um banho e esperar minha bonequinha.

Quando ela chegou, pulou no meu colo e eu a enchi de beijos.

— Oi, papinha.

— Como foram as compras com a tia Sofi?

— Muito legal... Compramos um vestido muito lindo para a Bia.

— Que maravilha, pequena. Vai tomar um banho e vamos para a festinha. Sua mãe está me enchendo de mensagens por causa da demora.

Ela subiu as escadas, abraçou o irmão quando eles se encontraram no meio da mesma e ele se atirou no sofá com os olhos vidrados no celular.

— O que meu pequeno tanto conversa?... Acho que tenho uma nora. – Ele sorriu...

— Não tem ainda... Estou selecionando. – Ele piscou para mim e eu gargalhei.

— Depois quero ver as eleitas.

— Pode deixar...

Ele continuou digitando e eu enviei mensagens para Pedro pesquisar sobre meu pai. Disse que era só uma curiosidade e ele prometeu que seria a primeira coisa que ele faria quando acordasse.


×××

Quando chegamos, abracei minha afilhada e Sofia foi entregar o presente dela para Mani, pois ela abriria todos depois que todos fossem embora.

Procurei Lauren e a abracei por trás assim que a encontrei.

— Hey, baby... – Sussurrei no ouvido dela e ela apertou meus braços.

— Como está? – Ela perguntou virando e abraçando meu pescoço.

— Estou bem... – Ela selou nossos lábios.

— Você é uma péssima mentirosa.

— Preciso confirmar uma coisa antes de te falar....

— Sobre sua saúde? Foi a psicóloga?

— Não... Meu pai me ligou. – Ela se afastou.

— Pai?

— Alejandro falou que voltou.

— Não chama esse imundo de pai, Camz.

— Sim... Eu só estou com medo. O que ele quer? Porque ele me ligou?

— Para perturbar você. Não deixe ele te afetar, Camz.

— Tudo bem, Lo. Nem sei o que aconteceu, pedi para o Pedro fazer umas ligações para se informar melhor.

— Vamos aproveitar a noite, não fique preocupada você está sofrendo com esses pesadelos, não precisa de um problema novo. – Beijei a testa dela e Lauren me abraçou forte.

— Está mais que certa. Vou ficar com as crianças um pouco.

Ela assentiu e fui para sala, Bia e Isis corriam pela sala, meu pequeno mexia no celular e Sofia estava indo com Mani para a cozinha. Sentei ao lado de DJ e ela me entregou um copo com um líquido rosa. Experimentei e fiz uma careta com o gosto agridoce.

— Que negócio forte. Já fiquei tonta. – Ela gargalhou pegando o copo e o virando.

— Você é muito fraca para bebida. Não sabe as maravilhas que esses drinks me proporcionam depois que Mani vira uns quatro. – O interfone tocou e ela foi atender. Voltou depois e sentou me entregando as chaves.

— Vai abrir... É a sua ex/cunhada/namorada da sua ex/agora melhor amiga.

— Ex? Você namorou a tia Tay, papa? – Meu filho perguntou e eu cerrei meus olhos para DJ.

— Depois eu te explico, pequeno. – Ele assentiu.

— Fui até o portão, Tay estava com a esposa Marina e o filho... Joshua. Ele tem a mesma idade de Bia.

— Olha se não é a militar mais respeitada da cidade. – Marina falou e eu sorri.

— Respeitada e desejada. – Eu franzi o cenho.

— Do que você está falando? – Abri o portão e esperei elas passarem, Joshua pulou no meu colo assim que entrou. — Hey garotão.

— Tia Mila. – Ele me abraçou e eu beijei a bochecha dele. Fechei o portão e caminhamos para a casa.

— Mas porque mais desejada?

— Viu o que acontece quando o Generalzinho posta foto com você no Insta? As meninas fervem.

— São só crianças.

— As mães comentam também.

— A Lauren deve ficar possessa. – Marina disse e eu neguei.

— Ela fica muito irritada, mas eu não tenho culpa. E ela recebeu muitos comentários também. Principalmente ela que passa nas capas de revistas, eu leio cada coisa.

— Casal poderoso da cidade.

— Vocês exageram.

Entramos na sala e elas foram cumprimentar todos, soltei Joshua que correu para abraçar Sebastian.

— DJ? – Gritei e ela me encarou, apontei o escritório dela e entrei. Logo ela estava ali.

— Aconteceu alguma coisa?

— Você bebeu muito?

— Só aquele copo. – Fechei a porta. — Está me assustando.

— Meu pai me ligou.

— O que? Como?

— Eu fiquei em choque, ele só disse isso e eu derrubei meu celular, não escutei o resto.

— Falou com quem sobre isso?

— Só com a Lauren, mas ela não ligou muito... Acho que ela me achando louca por conta dos meus últimos pesadelos. Acha que voltei aquela fase pós guerra. E pedi para Pedro ver como ele está, mas não dei grandes detalhes.

— Será que era ele mesmo? Podia ser um trote... O Chris não vive zoando você? Pode ser ele.

— Não estou alucinando, Dinah. Eu reconheceria a voz dele em qualquer lugar.

— Ok, o que vamos fazer?

— Nada. Eu só quero confirmar onde ele esta...

— E se ele voltou mesmo?

— E melhor ele ficar bem longe da minha família. Bem longe...

— Sofia e sua mãe são maiores de idade.

Ele nunca foi ruim para Sofia... Pelo contrário, ele era um ótimo pai para ela, não posso fazer nada, mas mesmo assim vou ficar de olho nela também... São tantas coisas.

— Olha... Vai até o quarto de hotel do Hunt e converse com ele hoje. Não espere um minuto alivie sua cabeça... Tay leva você. Vou falar com ela, leva uma hora, não vai perder o bolo, mas talvez depois da conversa você não consiga dirigir, vai ficar abalada. Não adie mais. – Assenti. — Nem vou falar para ir com a Lauren porque eu sei que você fica envergonhada... Mas ela não te acha louca, ela sabe o que passamos... Ela quer te ver bem.

— Ela me deu dois filhos maravilhosos, DJ. Ela é mãe incrível, a empresária mais foda dessa cidade... Ela não precisa de mais uma responsabilidade. – DJ negou, mas não falou nada, só me deixou sozinha ali.

Após um tempo, Tay apareceu no escritório e balançou as chaves para mim, com um sorriso reconfortante no rosto. Foi uma viagem demorada... Tay tentava me animar, mas eu estava com a cabeça tão cheia que nem conseguia me concentrar nela.

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