57. Impasse

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Taylor Jauregui |Point Of View



Eu estava sorrindo, enquanto olhava para ela. Ela está tão linda... Não! Marina... Justo agora que estou bem.

— Que loucura é essa? Você não estava lá no fim do mundo. – Ela caminhou até o carinho, pegou uma taça e sentou-se a janela.

— Convenci meu pai de que estava melhor... E que precisa de uma chance de te reconquistar.

— Eu sou uma pirralha, Sel. Me deixe quieta com minha vida, não venha desmoronar ela por um capricho seu.

— Não é capricho, Tay. Eu realmente me apaixonei por você e quero te reconquistar.

— Eu estou namorando e ela é incrível.

— Eu sei que está namorando, mas isso não vai me impedir de lutar.

— Você é louca.

— Sou insistente.

— Vou embora.

— Nem um beijinho?

— Sel...

— Vai lá, então. – Ela ficou em pé ao lado da cama e abriu o roupão, o deixando deslizar por seu corpo e cair no chão.

— Selena... – Falei sofrida.

— Só para você lembrar-se de todos os detalhes, pois faz tempo que não nos vemos.

Sai correndo dali, mas lembrei da mochila e entrei no quarto novamente e peguei minha mochila e isso arrancou uma gargalhada dela. É tão bom ouvir o som... Não Tay. Se controle... Ela foi uma filha da puta com você.

Cheguei a minha casa e fui para um banho. Banhos me ajudam a pensar melhor, mas a minha única vontade é de ir ao encontro de Selena e ficar com ela. Marina... Droga.

— Tay?

— Oi mãe.

— Amanhã é o dia do evento da revista que sua irmã foi capa. Temos que comparecer.

— Tudo bem, mãe. É por convite?

— Sim. Mas sua irmã mandou para sua namorada também.

— Ok.

Depois disso me atirei na cama. Queria apagar esse dia da memória... Talvez eu tenha tido uma alucinação... Ou eu estava sonhando.

Lauren Jauregui |Point Of View


Pela manhã... Depois de uma noite para matar a saudade e de Camila ter me proporcionado um sexo impecável e super carinhoso, o que é inédito e estranho, mas excelente. Levantei e tomei um banho. Ela dormia tranquila. Fiz um café pra nós duas e arrumei a mesa. Depois parei em frente ao espelho da sala. Levantei minha blusa e alisei minha barriga mais que saliente.

Camila entrou e me deu um selinho demorado, depois se ajoelhou e encostou a cabeça na minha barriga.

— Bom dia, meu pequeno. Como você está? – Eu quase chorei de ver isso, Camila está tão diferente. – Não vejo a hora de ver o rostinho dele... Ou dela. – Disse levantando e me dando outro selinho. – Bom dia.

— Bom dia, amor. – A abracei. – Fiz nosso café.

— Então vamos. Estou faminta. – Ela me pegou no colo e soltei um gritinho pela surpresa. Sentou e serviu o café fortíssimo e sem açúcar de todas as manhãs. – Vai tomar suco? – Assenti. Ela me serviu e colocou o copo em minha frente.

— Amor... Está lembrada que dia é hoje? – Ela olhou a data no relógio e pensou. Ela lembrará, pois tem todos os compromissos agendados na cabeça... Quase que uma memória fotográfica.

— Hoje é sua festa da revista. – Ela disse mordendo a torrada e levando um pedaço a minha boca. – Você tem que ir...

— Nós temos que ir. – Ela emburrou.

— Lauren... Eu sou uma topeira nesses tipos de eventos, vou fazer você passar vergonha. Sua família vai estar lá com você.

— Não se menospreze assim... Você me magoa deste jeito. – Ela pegou meu rosto e selou nossos lábios.

— Desculpe. Só acho que seus pais merecem estar lá mais que eu.

— Todas as pessoas que amo tem que estar comigo nesta noite. E você merece mais que todos por ser o amor da minha vida e por ter surtado quando eu contei do convite, ter me obrigado a aceitar. E depois ter comprado todo o estoque da banca com o seu salário do mês e distribuído no QG. – Ela sorriu.

— Me empolguei mesmo.

— Quero minha Tenente linda e sexy ao meu lado esta noite.

— Se sentiria melhor se eu fosse de vestido?

— Camz... Você pode ir de pijama e não vou me importar. Eu sei que vou me irritar com o monte de vadias que se jogarão pra você amanhã. – Ela negou séria. — Vai com sua farda de festas.

— Não sei, Lo. – Ela disse olhando para a xícara.

— Amor. – Levantei seu rosto e a fiz me encarar. — Você é perfeita, Camz... Você é minha mulher é tudo que importa nesta vida. Odeio que você pense tão pouco sobre você... Você é incrivelmente linda. Só você não percebeu isso ainda. – Ela forçou um sorriso pra mim e me abraçou. Depois disso não conversamos mais.

Taylor Jauregui |Point Of View


Meu celular tocou... Era Marina.

— Oi bebê.

— Oi gata. Como está?

— Bem. Com saudade de você.

— Eu também.

— Vem aqui em casa... Preciso que me ajude a escolher o vestido. Trás sua roupa e nos arrumamos juntas.

— Ótima ideia. Chego em 30min.

— Ok. Beijo na boca. – Ela disse e desligou. Eu fiquei com um sorriso retardado no rosto até lembrar que tinha que ir pra casa dela.

Pedi para meu pai me levar e quando cheguei, a mãe dela disse que ela me esperava no quarto. O Sr. e a Sra. Barbosa estavam de saída. Eles são bem legais, apesar do pai dela me intimidar às vezes.

Quando entrei no quarto, ela estava vestindo uma lingerie preta, com alguns detalhes em couro e seus cabelos estavam soltos. Uma maquiagem pesada... Ela estava magnífica. Um remorso bateu forte no meu peito.

— Pensei que depois da festa estaríamos cansadas... Podemos aproveitar antes.

— Você está linda... Você é tão gostosa.

— Você também... É perfeita. Agora vem aqui... Vamos aproveitar.

— Preciso te contar uma coisa. – Ela abriu os braços e me chamou.

— Conta aqui pertinho. – A abracei.

— A Selena voltou. – Ela se afastou bruscamente.

— Como assim?

— Ontem recebi um bilhete para ir a um hotel... Eu pensei que fosse seu. Quando cheguei lá, ela estava me esperando. Disse que voltou por minha causa. – Ela pegou um lençol e começou a se cobrir. – Não amor. Você está linda.

— Estou me sentindo uma idiota. Você ficou com ela?

— Não. Juro que não. Eu disse que estava namorando uma pessoa incrível. Não encostei nela e sai correndo do hotel. Eu pensei mesmo que fosse você.

— Não posso competir com isso.

— Não é uma competição. Estamos juntas... Eu namoro você.

— Até quando? Até o tom da sua voz muda quando você fala dela.

— Não. É passado, eu gosto de você.

— Gosta. Mas a quem você ama?

— Não complique as coisas. Eu estou aqui, não estou? – A abracei forte. – Não me deixe.

— Nunca faria isso, quem vai me deixar é você.

— Marina...

— Você sabe que vai. – Ela selou nossos lábios. – Espero que me deixe te curtir por algum tempo.

— Não vou te deixar. – Disse a apertando forte. Disse mais pra mim do que pra ela.

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