73. Confiança... Desmaio

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Taylor Jauregui |Point Of View


Caí exausta e suada na cama. Estava com falta de ar, meu peito subia e descia, enquanto eu tentava regularizar minha respiração, mas Marina se acavalou em mim novamente.

— Senhor... Minha namorada é uma máquina.

— Você ficou a semana toda ocupada, estudando para as finais... Mereço ser recompensada.

— Estamos nesse quarto desde as oito da noite.

— São quatro da madrugada... Nem faz tanto tempo assim. A não ser que você não tenha ficado sem sexo também, talvez tenha ficado com sua amiguinha.

— Vai começar! – Ela saiu de cima de mim e vestiu minha camiseta. – Gostosa... Você sabe que não faria isso.

— Não sei Tay. Não sei de nada.

— Se você confiasse mais em mim... Quem sabe.

— Você mentiu para mim.

— Eu já pedi desculpas, mas eu sabia que você surtaria.

— Claro que surtaria. Aquela vadia quer você e você cai nesse papinho “Quero ser sua amiguinha.”

— Eu perguntei se estava tudo bem.

— Claro. Quando vocês estavam tomando café e eu as flagrei.

— Eu amo você, Marina. Acho a Selena legal e somos só amigas. Já deixei isso bem claro e ela não está tentando nada. E eu nem a vi essa semana, se não tive tempo para você... Imagina para os outros. Para de pensar besteira.

— Você é uma cretina, Tay. – Eu sorri.

— Eu não fiz nada.

— Você nunca faz nada. – Ela disse e virou de costas, se cobrindo.

— Marina...

— Boa noite, Taylor.

Boa noite sua neurótica. Sorte sua que eu te amo. – Pensei.

— Não sou neurótica, se é isso que está pensando. – Arregalei os olhos. Eita caceta.

— Não estou pensando nada.

— Eu só amo você demais. Não queria sentir tanto ciúmes, mas... Não posso controlar. – A puxei para perto de mim e beijei a nuca dela, a abraçando forte.

— Eu também amo você... Muito. Acredite em mim. – Ela beijou minha mão.

Ela não respondeu, apenas fechou os olhos e acabou pegando no sono.

Na manhã seguinte, acordei cedo e peguei um táxi. Fui até o QG da Cabello. Um dos militares me pediu alguns dados e depois foi até a sala dela. Voltando e me autorizando a entrar.

— Olá Cabello.

— Tay... – Ela me abraçou. – Sente-se.

— Como estão as coisas?

— Bem e com você?

— Mais ou menos. Preciso da sua ajuda.

— Claro. Como posso fazê-lo?

Eu expliquei o que tinha em mente.

— Bom... Isso é meio que inédito e acho que bem contra as regras... Mas como dizem “Braço forte, mão amiga”. É nosso dever incentivar o amor não a guerra. Se me acusarem de algo, essa explicação fica boa, não é?

— Sim. Ótima.

— Então me dê dois dias.

— Perfeito.

Depois disso, comprei um belo café e fui para a casa de Marina novamente.

Camila Cabello |Point Of View

Depois de instruir Hansen e o Major sobre como procederíamos com o plano de Taylor, conversei com o Marechal Gomez e ele concordou, mas disse que a filha dele, não entenderia se descobrisse.

Eu estava redigindo a carta de condecoração de Hansen, quando a mesma entra arrombando a porta da minha sala.

— Levanta essa bunda gorda daí. Chega de coçar esse saco, vamos lá para fora. Precisamos de um mano a mano.

— Eu não posso.

—Vamos logo. Só porque é General, não significa que eu não posso te dar uma boa surra, e depois, apertar essa bundinha como manifesto a minha vitória.

— Hansen!

— Vamos Cabello. Eu disse aos seus militares que você não iria, pois é uma covardona, sabe que eu te darei uma bela surra.

— Ok sua retardada. Só vou terminar isso e já vou.

— Tudo bem. Enquanto isso, eu vou desafiar algum daqueles fracotes.

— Pegue leve com meus meninos.

— Eu estou pegando leve, estou desafiando antes de socar. – Eu neguei com a cabeça e ela saiu da minha sala.

Quando cheguei ao ring, Dinah estava dando uma chave de braço em um cabo que devia ter o dobro do tamanho dela. Esse é o melhor dela, ninguém vence ela na luta, nem sei por que eu tento. Os outros estavam em festa, acho que ele não deve ser muito querido, mas talvez seja porque tem uma mulher, com shortinho curto, com a perna levantada.

— Ok Tenente! Nada de mortes. – Ela o soltou e ele respirou desesperado, apertando o pescoço.

— Até que enfim. Alguém do meu nível. Já acabei com aqueles ali. – Havia uns cinco soldados amontoados, tomando água e com sacos de gelo na cabeça.

Tirei minha boina e minha calça da farda, ficando de short e top. Ela e eu ficamos rindo uma para outra, até alguém tocar o sino e ela voar em minha direção, dei um passo para o lado, mas deixei meu pé, ela tropeçou e se escorou nas cordas do ring.

Ela acertou uma cotovela em minha nuca, me fazendo perder o equilíbrio, mas agarrei a perna dela e a derrubei junto comigo, mas eu cai de bruços e ela ficou apertando minha bunda. Eu me virei e acertei um soco em seu rosto, mas foi sem querer, foi porque eu virei rápido demais.

Ela sentou no chão pegou minha perna, colocou entre suas pernas e começou a torcer meu pé. Eu levantei rápido para gritar, mas ela me acertou um chute no olho e eu apaguei.

Acordei com a enfermeira me encarando.

— Oi.

— Oi.

— Você teve uma concussão e ficará tonta por algumas horas. Evite dormir nas próximas 3 horas.

— Ok. Obrigada Cadete Torres.

— Não por isso General... A visão foi ótima. – Virei rápido para ela e depois percebi que estava de cueca. – Já passou das seis, não posso ser presa por desacato.

Coloquei minhas roupas rápido e depois saí correndo dali. Fui até minha sala e tinha um bilhete no meu computador.

“Oi fracote Cabello...
Fui levar sua digníssima e muito gostosa, por mais que ela esteja bem grávida, podemos perceber isso, para o lar de vocês. Volto para pegar você, que é dura na queda e vai estar acordada já, mas caso não esteja, terei que prover sua esposa e filho de carinho, cuidar deles e transar muito com ela, pois assim, diminuirá minha culpa por ter te matado. Até!

Dinah Jane“

Ela entrou na sala e correu para me abraçar.

— Sua idiota, sou péssima inventando desculpas e não quis preocupar a Lauren.

— O que me deixou pior, foi a imagem de você provendo minha família. – Ela gargalhou.

— Era uma alternativa.

— Não brinque com isso, Jane.

— Deixa de ser chata, Cabello. Como se a Lauren tivesse olhos para outro alguém e ela não faz meu tipo de qualquer forma.

Ela me levou para casa, mas tive que contar a verdade quando cheguei em casa com o olho roxo. Levei um sermão de duas horas e depois fui muito bem cuidada.

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