Lauren Jauregui |Point Of View
— Isso é estranho, Lauren. Eu tento controlar, mas estou um pouco lunático e só consigo imaginar o quanto deve ser bom te possuir como minha.— Você é um lixo. Minha repulsa por você só aumenta.
— Você fica mais linda irritada.— Eu já mandei você ir embora daqui. – Camila disse e Alejandro se virou. Ele ficou encarando ela e acabou acertando um soco no rosto dela.
— Camz! – Tentei me levantar, mas Camila, depois de cambalear um pouco, voou para cima do pai dela. Acertou o rosto dele com um soco e acertou o nariz dele com outro. Alejandro ficou tonto, mas vou para cima dela, agarrando sua cintura e a empurrou contra a parede. O choque fez Camila armar uma careta em seu rosto, por conta da dor. Eu estava gritando como uma louca, mas os enfermeiros pareciam estar surdos.Eu estava tão nervosa, mas lembrei do botão de emergência. Camila já havia acertado o meio das pernas do pai e ele estava de joelhos diante dela. Ela acertou um chute no rosto dele e ele caiu inconsciente no chão. Marechal Gomez chegou e foi conferir se Camila estava bem.
— Graças a Deus. Estou rouca de tanto que pedi ajuda.
— O que aconteceu?
— Alejandro não deixa Lauren em paz. Ele a assedia sempre que pode. Eu juro para o senhor que o primeiro soco foi dele.
— Não precisa jurar. Eu sei que isso não combina com você. – Camila caminhou até mim.
— Você está bem, amor? – Ela disse, mas antes de me abraçar, percebeu que estava coberta de sangue.
— Eu não me importo.
— Não. Esperem. – Marechal alcançou o casaco para Camila. — Vá para casa tomar um banho. Me empreste sua camiseta. – Camila tirou e alcançou para ele. Ele levantou Alejandro e o jogou no sofá de couro. Limpou o sangue do chão e da parede, alcançou a camiseta dela. — Vou levá-lo a enfermaria e dizer que ele foi assaltado.
— Aqui dentro?— O pronto socorro está lotado. Eles nem vão notar. – Camila abraçou o Marechal.
— Obrigado! – Ele beijou a testa dela.
— Não me agradeça, minha filha. Agora vai e volte rápido. Quero conhecer seu pequeno. – Camila sorriu e selou nossos lábios.
— Já volto, amor. – Eu assenti.
×××
Depois de uma semana, já estávamos em casa. Camila é uma mãe super dedicada, se sai melhor que eu, por ter sido presente na infância da irmã, coisa que eu fugi quando os meus chegaram. O pequeno Sebastian Jauregui Cabello é a Camila em personalidade. Super calmo, dificilmente ele nos acorda a noite, mas é rapidamente atendido por Camila.Camila Cabello |Point Of View
Eu estava dormindo sobre minha mesa, quando bateram na porta. Era o Marechal.
— Desculpe, Marechal. Eu estou...
— Acabada. – Ele sentou e fez sinal para mim fazer o mesmo. — Eu tive uma filha, Camila. Eu entendo você, mas eu me arrependo de uma coisa...
— Do que?
— Não ter acompanhado os primeiros meses. Não vou deixar você cometer o mesmo erro. Vá para casa, aproveite seu filho e ajude sua esposa. Eu vou cuidar disso para você... Às vezes ser Marechal é chato. Vou gostar de gritar com alguns recrutas.— Nossa! Muito obrigado, Marechal...
— Me chame de Pedro, Camila. Já cansei de te alertar disso.
— Muito obrigado mesmo.
— Como estão as coisas com seu pai?
— Ele está com a cara deformada e não procurou mais a Lauren...
— Alejandro foi uma grande decepção. Como profissional e como amigo. Eu sonhei todos os dias com uma filha que fosse tão boa militar quanto eu... Mas a minha nunca se interessou por nada. E ele com um tesouro de filha como você... por isso você sempre será como uma filha para mim.
— Bom... Eu tenho o cargo de pai vago na minha vida.
— Aonde eu me inscrevo? – Nós rimos e eu senti meu peito aquecido.
— Obrigado por tudo, Pedro. Eu deletei várias memórias na minha infância, mas com o senhor falando deste jeito... Lembrei-me que o senhor ficava comigo quando eu vinha ver meu pai aqui.
— Sim. Vocês moravam perto e você cegava sua mãe... Mas Alejandro ficava furioso e te expulsava, sem ao menos se dar ao trabalho de te levar para casa. Ai você corria para a minha sala e eu te contava as histórias das guerras. Você ficava tão encantada... Diferente de Selena, que pedia para ouvir histórias com princesas. – Ele revirou os olhos.
— Eu era o General bonzinho. Era assim que você me chamava. Quando você fez doze anos, você me chamou em um canto no jantar de aniversário do seu pai e me disse...
“Sr. Gomez... Eu vou ir para a guerra. Vou ajudar muita gente como o senhor e vou me sentar na sua mesa um dia... Quando o senhor estiver cansado de trabalhar ou aumentar sua patente... Eu pesquisei sobre isso. Meninas não são bem vistas na guerra... Mas eu não sou completamente menina. O Sr. acha que tenho chance?”
— Naquele momento, a sua sobriedade e seu brilho no olhar, me levaram a acreditar que você seria uma militar mil vezes melhor que eu. Eu te admirei mais um pouco naquele dia. – Limpei uma lágrima que escorreu por minha bochecha.
— Você conseguiu! Está no meu lugar, mas fica muito mais linda que eu nele e o melhor de tudo... Não precisou da ajuda dele... Nunca precisou dela, minha filha. Caso se sinta perdida, esse velho aqui pode te ajudar. Mas tenho quase certeza que você se sairá muito bem. Como em tudo que se arrisca acontece. – Me levantei e tirei a boina e a farda. O ele fez o mesmo. Não
nos abraçamos como General e Marechal... Ali era Pedro e Camila.— Eu precisava ouvir isso...
— Agora vai lá mimar aquele pequeno militar... O traga para o nosso lado.
— Lauren vai surtar...— Só no começo.
— Tudo que eu faço está apontado na agenda. E na área de serviço do PC tem tudo que quero fazer esta semana... Depois o senhor se acerta.
— Pode deixar. Boas férias. Passe na costureira do QG e pegue o presente que encomendei para nosso militar.
— Não precisava se incomodar. Mas... Obrigado.Passei na costureira do QG e peguei o presente.
Cheguei a nossa casa e Lauren estava dormindo no sofá da sala. Beijei a testa dela e ela acordou, ficou me encarando um tempo.— Oi amor. Chegou cedo. – Ela me abraçou deste jeito mesmo. Depois eu dei uma de homem aranha e a beijei. No começo foi estranho, mas depois pegamos o jeito e a coisa ficou quente e ela me afastou. — Não me torture deste jeito. – Ela se referiu ao nosso período sem sexo... Que parecia uma eternidade.
— Como está o dia?— Cansativo, mas nosso pequeno é tão fofo. – Ela disse com os olhos brilhando. — Você chorou?
— Um pouco. Marechal conversou comigo e me deu umas férias.
— Sério? – Ela perguntou sorrindo e eu assenti. — Isso é maravilhoso.
— Ele deu isso para nosso pequeno. – Entreguei a ela. Ela abriu e eu levei as mãos a boca.
— Só pode ser complô. – Ela disse e eu gargalhei. Era uma farda, exatamente como a minha, com as botinhas e a boina idênticas.
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We Found Love
FanficUma empresária e uma militar... Duas pessoas super centradas, sem vontade de curtir e vivendo para o trabalho. Talvez elas só estejam se distraindo, enquanto esperam... Camila G!P **Aviso Importante:** Não permito adaptações, traduções ou a conversã...