Camila Cabello |Point Of View
Coloquei todo meu pelotão em posição de sentido na fila hierárquica. Os novatos ficam na frente... Obviamente.
— Eu selecionei vocês pensando que teria uma equipe boa de trabalhar, há anos isso acontece... Eu fico animada com meus novatos, minha esposa me liga para saber se estou feliz e eu digo que sim. – Parei na frente de um dos rebeldes. — O fato da sua Marechal ter uma esposa te incomoda, Cabo?
— NÃO, MARECHAL!
— Isso é ótimo, pois a General Hansen também tem uma esposa... Acho que ela não ficaria muito a vontade com isso.
— Eu não ficaria mesmo.
— Como percebemos esse problema com mulheres, achamos melhor fazer umas perguntas aos grandes homens que não podem trabalhar com mulheres. General, pode buscar nossas convidadas. – Dinah saiu e logo retornou com um grupinho de mulheres. Os cabos suavizaram a expressão e a postura.
— Obrigada por terem vindo. – Disse e fiquei ao lado da mulher. — Boa tarde, senhora.— Boa tarde.
— Cabo Muller. – Ele me encarou. — Sua mãe está aqui... E se ela estivesse do seu lado, você a trataria como trata a Cabo Mesmer? – Ele baixou a cabeça. — Imaginei isso. – Me abaixei... — Essa é sua irmã? – Ele assentiu. — E se ela estivesse no lugar da Cabo Kosher?— Desculpe, Kosher. – Ele falou e eu fiz um sinal para ela.
— Não o desculpe, Cabo Kosher. E essa moça... É sua namorada, Cabo Kalil? – Ele assentiu freneticamente. — Muito bonita. Já imaginou se os outros rapazes a chamam de gostosa... Assim como você faz com a Cabo Mesmer? Você acha mesmo que gostosa é elogio? Eu não acho. Você acha? – Perguntei a namorada dele.
— Não, Marechal.
— Bom... As trouxe aqui, pois elas deram a vida a vocês... Ajudam vocês... Todas tem um papel importante na vida de vocês e por incrível ironia do destino elas são mulheres. – Fiquei na frente deles. — Acho que depois dessa pequena conversa, vocês precisam refletir. Refletir sobre o quanto elas fazem diferença na vida de vocês e o quanto vocês devem a elas. Vocês vão ficar aqui até perceberam o quanto estão sendo babacas. Tem uma confraternização no salão de festas, especialmente para vocês que vieram aqui nos ajudar hoje. Vocês podem as acompanhar, mas os outros precisam pensar nas atitudes e se não houverem mudanças, vou expulsar todos. E eu não sou de falar duas vezes.
Acompanhei as parentes dos cabos e no caminho fui explicando o que tinha acontecido de fato. Elas entenderam e
pediram desculpas, mesmo eu não achando que a culpa foi delas.Quando estava saindo do campo, Lauren observava ao longe, caminhei até ela.
— Amor? Está tudo bem?
— Sim. Só fiquei com vontade de ver isso em prática, foi ótimo. – Abracei e ela me beijou.
— Porque não foi lá?— Não. É seu trabalho, daqui a vista foi ótima... E depois conversamos sobre você achar bonita a namorada do rapaz.
— Foi para dar mais veracidade para meu discurso.
— Você considera ela uma mulher que os outros homens achariam gostosa?
— Não?!
— Mas você falou isso, não?— Não falei com maldade, foi só um exemplo e eu nem gosto muito desse tipo de linguagem.
— Estou de olho, Cabello. Sei muito bem que aquela risadinha dela depois do seu elogio foi porque ela se imaginou jogando o namorado na frente de um ônibus para ficar com você.
— Não teve risadinha. – Ela me beliscou.
— Não se faça de burra. – Agarrei ela, Lauren estava tentando se desvencilhar e eu a beijei... Até a resistência dela ir perdendo a intensidade e acabar, ela retribuiu o beijo e como de costume, tirou minha boina e agarrou minha nuca... Fazendo um carinho muito gostoso ali. Fui completamente dominante nesse beijo, ela tentou, mas não cedi desta vez... Me afastei enquanto sugava seu lábio de leve.
— Acho que isso explica algumas coisas. – Falei deixando mais um selinho nos lábios saborosos dela.
— Que injusto! Agora você me deixa fraca para desviar assuntos?
— Eu só estou evitando assuntos desnecessários. Não me importo se ela tirasse a roupa e pulasse no meu colo, isso não me afetaria em nada, pois já estou completamente dominada por uma olhos verdes que por acaso... Foi a mulher que escolhi para ser minha companheira para o resto da vida.
— Ela é uma sortuda. – Ela disse traçando os contornos do meu rosto.
— Mais sortuda que eu não existe. – Ela iniciou o beijo desta vez, minhas mãos repousavam na cintura dela. Nossas línguas se acariciavam e eu perdia a noção do mundo quando a beijava. Não existe sensação melhor. Ela se afastou, repousou as mãos contra meu peito e coloquei as minhas sobre a dela.
— Você é incrível. – Ela disse e eu sorri.— Você tem que parar de me elogiar. – Ela foi falar e eu selei nossos lábios. – Vamos comer alguma coisa?
— Estou faminta.— Eu também, mas só vou poder me saciar a noite. – Disse analisando o corpo dela.
— Não me olha assim. Você vai me matar qualquer dia.
— Não é minha intenção. – Rocei nossos lábios. — Vamos... Eu não posso ficar excitada com essa farda... Já estou, mas se piorar todos vão ver.
— Melhor irmos mesmo. Não quero aquela mocinha analisando você demais. – Neguei.E Logo estávamos aproveitando a confraternização.
Sebastian Jauregui Cabello|Point Of View
Depois que a papa saiu, não consegui me concentrar na aula e pedi para sair. Fiquei debaixo das escadas da arquibancada pensando um pouco. Fui um idiota por ter pensado tanta bobagem sobre o Heitor.— Oi, Se. – Jane apareceu do nada e me assustou. — Desculpe. Eu vi você passando e te segui.
— Não tem problema. Só estava pensando em algumas coisas. – Ela sentou no meu colo e abracei a cintura dela.— Quando você vem para cá é sinal de coisas ruins.
— Sobre o Heitor. Estou me sentindo idiota por ter ficado com ciúmes. A Papa veio conversar com a Ísis e comigo sobre ele. Não é exagerado o apego todo.— É normal sentir ciúmes, Se. Foi de repente, mas agora, você reconheceu isso e não precisa mais agir assim. Só apoie ela e tudo ficará bem. Eu sei que você ama sua família, mas lembra da conversa que tivemos sobre aproveitar esses últimos anos, pois eles são os últimos que teremos só para nós... Depois vem as responsabilidades, faculdade, trabalho... Você tem sua escola preparatória que é muito puxada. Não se preocupe com suas mães nesse sentido, duvido que elas deixem você de lado. Elas veneram você e sua irmã, eu acho linda essa cumplicidade de vocês. Pelo jeito que a Sra. Lauren me olha, só vamos transar quando nos casarmos e só se a lua de mel for bem longe e periga ela mandar a Ísis conosco. – Encarei os olhos azuis de Jane e depois de gargalhar, a beijei.
Ficamos nesses amassos loucos, onde ela me alisava muito e eu não sabia o que fazer com minhas mãos... Ela apertou meu pau e no reflexo eu pulei.
— Me Desculpe... Não queria te machucar... – Ela acha que me machucou... Melhor que ela saber que me assustou.— É que ele está sensível. Me desculpa...
— Você é um fofo, amor. – Ela me puxou e me abraçou. — Vou parar de te assediar e vou para aula. – Ela selou nossos lábios e saiu.... Fiquei ali andando em círculos como a Papa me ensinou para o amigo descer... Está cada vez mais difícil.
Peguei minha mochila e sai quando faltavam minutos para dar o sinal. Parei na frente da sala da minha princesa e fiquei esperando aquela ferinha sair. Ela se despediu das amigas e das colegas... Emma passou me encarando... Baixei meu olhar por conta da vergonha e logo minha mão foi pressionada... Era minha futura namorada. Ela sorriu para mim e quando olhou para frente travou.— Você contou a ela? – Olhei para frente e Mama estava ali.
— Não. Nem falei com a Mama hoje.
— Ebaaa... A Mama veio buscar nós.
— Mas eu vim de carro. – Acho que a mão de Jane virou uma pedra de gelo.
— Você tem escutas pelo corpo?
— Não... Acho que não. – Eu disse apalpando meu próprio corpo. Isis correu e pulou no colo da mama.
— Oi, mama. – Eu disse e a abracei.— Como está?
— Bem. Aconteceu alguma coisa?— Não. Só vim conversar com Jane.
— Aí meu Deus... – Jane sussurrou baixinho.
— Sobre o que, mama?
— Papo de garotas. – Fiquei em pânico na hora...
— Mama... Não faça nada com ela.— Eu não vou fazer, pequeno.
— É sério... Eu paro de ficar com ela, mas não a trate mal. – Ela me encarou com uma expressão estranha.
— Você confia na mama?— Claro. De olhos fechados.
— Só vou levar ela na casa dela e conversarei um pouco com ela. Nada constrangedor ou pejorativo. Prometo. – Beijei a testa dela e depois fui selar os lábios de Jane.Logo estava no carro e fiquei observando elas entrarem no carro da mama.

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We Found Love
FanfictionUma empresária e uma militar... Duas pessoas super centradas, sem vontade de curtir e vivendo para o trabalho. Talvez elas só estejam se distraindo, enquanto esperam... Camila G!P **Aviso Importante:** Não permito adaptações, traduções ou a conversã...