102. Família unida

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Camila Cabello |Point Of View


      Voltamos para casa somente no outro dia. Foram horas fazendo amor e esquecendo o mundo, eu tinha um sorriso enorme no rosto. Lauren também o tinha e isso que realmente importava.

— Está me encarando faz muito tempo. – Lauren disse, estamos deitadas, precisávamos descansar depois de todo o “esforço”.

— Pensando na minha sorte.

— A sortuda sou eu. – Ela me abraçou e selei nossos lábios.

Ficamos trocando carinhos até pegarmos no sono.

×××



Agilizei o que acumulou da minha saída ontem e fui à escola dos meninos. Esperei o intervalo e sai do carro.

Avistei Ísis correndo para porta da sala do irmão. Ele a abraçou e de mãos dadas, com todos os amigos dele ao redor, eles foram à cantina. Ele a serviu e pegou a bandeja dos dois, ela sentou com as colegas e ele com os dele. Me acho mais sortuda quando vejo em Sebastian um verdadeiro homem, preocupado com a família e sem ligar para possíveis gozações dos colegas.

Entrei no quiosque e Ísis foi a primeira a me ver.

— Papinha! – Foi o que ela berrou e eu dei risada, esperando ela se jogar no meu colo.

— Como você está, pequena?

— Com fome.

— Então melhor comer seu lanche. – Ela assentiu e eu a deixei no lugar dela, mas ela pegou a bandeja e começou a me seguir, então peguei a bandeja e segurei a mão dela. Fomos até a mesa do Sebastian.

— Essa é minha papinha. – Ela dizia a cada mesa que passávamos e eu cumprimentava todos.

— Papa? – Sebastian me abraçou. – Aconteceu alguma coisa?

— Não. – Sentei e Ísis sentou no meu colo, puxando a bandeja para nossa frente e comendo o hambúrguer. – Só estava com saudade de vocês.

— Eu também estou com saudade.

— Sofia cuidou bem de vocês?

— Sim. Ela é muito legal. – Ísis disse e Sebastian concordou.

— Que aula você tem depois?

— Educação Física.

— Mas não é sábado?

— Mas só nos sábados não iria completar a carga horária. – Assenti.

— E você, pequena?

— Eu nunca sei, papinha. – Sorri e beijei a bochecha dela.

— Minha princesa. – A abracei.

— Papa, está tudo bem mesmo? Tia Sofi não nos explicou direito porque dormimos lá. Nem a mama. – Fiquei o encarando por um tempo.

— Depois converso com você. – Ele assentiu e continuou comendo.

— Paga uma coca para nós, papinha?

— Claro, princesa. Onde posso pegar?

— Lá na máquina, Papa. – Assenti. Caminhei até lá e peguei os refrigerantes, voltei à mesa e fiquei observando aquele monte de adolescentes e crianças falando ao mesmo tempo.

Sebastian pegou a bandeja da irmã e levou para a pilha de bandejas sujas. Saímos dali, Ísis ainda estava no meu colo e ficava brincando com minhas medalhas. Quando o sinal soou, ela me abraçou forte e beijou meu rosto.

— Vou esperar vocês aqui hoje. – Ela sorriu largo para mim.

— Depois vamos fazer o que, papa? – Eu pensei...

— Você decide.

— Isso! – Ela me abraçou novamente e depois que a soltei ela abraçou o irmão, correndo para a sala dela.

— Vai ser no campo a sua aula? – Ele negou.

— No ginásio, vou ao vestiário trocar de roupas.

— Vou para o ginásio. – Ele me abraçou e eu caminhei até o ginásio. O professor dele estava arrumando a rede de vôlei e decidi ajudar ele.

— Sra. Cabello. – Ele apertou minha mão.

— Como está, Sr. Mitchell?

— Bem. Acompanhando os meninos?

— Eles gostam que eu venha, gosto que eles me sintam próxima.

— Está certa. – O ajudei a esticar a rede. — Seus meninos são ótimos. Sempre são mencionados nas reuniões como exemplo.

— Não tenho do que reclamar. – Ele sorriu.

— A escola vai jogar com os Engles. O Sebastian joga muito bem, mas ele não entra para o time.

— Por quê?

— Ele diz que vai desviar a atenção dele.

— Ele é muito centrado.

— É sim.

A turma começou a chegar e eu me despedi dele, caminhando até a arquibancada. Fiquei acompanhando a aula, Sebastian sempre me dedicava os pontos que fazia. O time dele saiu da quadra e ele correu para ficar ao meu lado.

— Ótimo jogo, pequeno.

— Obrigada, papa. – Ele me abraçou. — Que bom que está aqui. – Logo uma menina entrou e caminhou até o canto vazio da arquibancada. Sebastian ficou a encarando o percurso todo.

— Acho que essa é a garota.

— É sim, Papa.

— O que está esperando? Vai lá falar com ela.

— Mas agora, papa?

— Ela está sozinha e veio justo na sua aula? Se não foi a vontade dela foi o destino. Vai lá.

— Ok. O que eu falo?

— Pergunta se ela está bem e depois que o assunto correr um pouco você a chama para sair. Diz que faz tempo que quer fazer isso.

— Ok... Eu consigo.

— Assenti e ele caminhou até ela. Ficou um bom tempo conversando com ela, até o professor chamar eles novamente. Ele correu até mim.

— Ela aceitou, Papa. “Eu adoraria”. Ela disse isso.

— Perfeito, pequeno. Vai lá que estão te esperando.

Ele sorriu e correu para a quadra. Caminhei até a moça que ele tanto fala.

— Olá. – Ela se assustou e depois sorriu para mim.

— Olá, Sra. Cabello.

— Me chame de Camila.

— Camila. – Ela repetiu e sentei ao lado dela. – Seu filho me chamou para sair.

— Faz tempo que ele quer te chamar.

— Ele disse. Foi uma surpresa, pois a Emma Watson tinha convidado ele para sair.

— Quem é essa?

— A garota mais popular daqui. – Assenti. — Mas como ele me chamou, sorte a minha. – Eu sorri.

— A mama dele vai surtar. Até os seis anos ele dizia que se casaria com ela quando crescesse. – Ela gargalhou.

— Isso é adorável.

— É sim... Jane, a mama dele e eu o protegemos de tudo. Sabemos que agora, essa fase vai ser complicada, pois não podemos o proteger de decepções e corações partidos. Ele está empolgado com você, se você não o quiser, pode falar no fim do encontro. Sabe? Melhor no começo.

— Vocês são aquele tipo de família bem unida?

— Somos esse tipo, eu estou sendo legal com você. A mama dele estaria fazendo um escândalo, mas ela não é uma pessoa ruim.

— Tudo bem, Camila. Eu vou ser o mais honesta possível com ele, mas não vejo o porquê do encontro não dar certo. – Ela estendeu a mão para mim. Tirei minha boina e apertei.

— Vou pegar um refrigerante para ele. Você quer um?

— Quero. Muito obrigada.

Fui lá e logo estava de volta. Ficamos ali, Sebastian se juntou a nós e eles ficaram combinando o encontro com ela. Depois ela foi para a aula.

— Ela é legal, né?

— Sim, filho.

— Você vai contar a mama sobre ela?

— General... Essa incumbência é sua.

— Ela vai pirar comigo, papa.

— Mas eu não posso dar esse tipo de notícias depois do que ela fez por mim ontem. – Ele assentiu. Tinha um semblante preocupado. — Não fique assim, pequeno. Ela já está sabendo por cima. Ela não é um monstro, vai ficar com ciúmes, mas vai ficar bem.

Ele sorriu, baguncei os cabelos dele e ficamos conversando até chamarem ele novamente.

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