105. Ciúmes

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Camila Cabello |Point Of View


Peguei no peixe no restaurante, Ísis me ajudou a escolher uns acompanhamentos no buffet.

— O Mano está namorando, papinha?

— Ainda não, princesa.

— Mas ele beija a Jane na escola.

— Eles estão se conhecendo, amor. Ele vai nos apresentar ela... E quando ele sentir que ela é a garota certa vai pedir ela em namoro.

— Você demorou para pedir a mama em namoro?

— Demorei... Eu fui para guerra... Voltei...

— O mano vai demorar também?

— Se depender da sua mãe... Ele vai. – Ela soltou uma risadinha.

— A mama é ciumenta.

— É sim, mas é porque ela se importa. Ama muito vocês.

— E você também.

— Sim. Ama muito todos nós.

— Podemos levar esses pastéis aqui, papinha?

— Prove um e veja se vai gostar. – Ela pegou e provou.

— É bom. – Ela ergueu o braço e colocou a metade que sobrou na minha boca.

— Muito bom... É de queijo. Sua mama vai gostar, pegue vários. – Ela começou a encher a vasilha e eu peguei mais algumas saladas daquele lugar.

— A Mama sempre foi ciumenta, Papinha?

— Sabe que não. – A peguei no colo e entreguei as vasilhas para a moça pesar. — No começo eu era muito ciumenta... Muito mais que a mama é hoje.

— Sério, Papinha?

— Sim. Eu nem conseguia deixar sua mama trabalhar... Eu não era uma boa namorada. Aí sua mama me deixou e eu fui para médico ficar boa para ela.

— Nossa... Você ficou triste?

— Muito. Eu já amava muito ela naquela época.

— Mas vocês voltaram rápido?

— Sim. E não nos largamos mais e nem vamos. A amo mais a cada dia, assim como amo seu irmão e você cada dia mais.

— Eu também te amo, Papinha. – Ela me beijou o rosto e colei nossas testas.

— Não mais que eu, princesa.

— Peguei a comida e fomos para casa, ela cantava as músicas de algum grupo que ela gostava e eu dançava com ela.

Chegamos e fomos para cozinha organizar as coisas e colocar o salmão a esquentar.

— Obrigado, Princesa.

— De nada, Papinha. – Ela me abraçou. — Vou ver o que Mano está fazendo. – Ísis saiu, abraçou a Lauren que estava entrando na cozinha.

— Como foi, pequena?

— Muito legal. A Papinha dança muito bem e trouxemos um pastel muito gostoso para você.

— Obrigada, Princesa.

— De nada, Mama. Vou ver o que o Mano está fazendo. – Ísis saiu.

— Está se arrumando para vadiazinha.

— Amor...

— Argh, Camz. Ele é tão novinho... Eu não estava esperando. – A abracei.

— Sabíamos que esse dia chegaria, ela não parece ser uma menina ruim...

— Vai ser ruim com o prêmio da loteria que ela ganhou de mão beijada.

— Amor... Vamos conhecer ela, Ok? Sem estresse... Você é linda demais para se estressar.

— Você me acha linda?

— Mais a cada manhã. – Ela sorriu e selou nossos lábios. — Vem aqui que pegamos uns pastéis muito gostosos... – Peguei a mão dela e caminhei até a mesa, pegando um pastel e levando a boca dela. Ela mordeu... E depois arregalou seus olhos.

— Que maravilha, Camz.

— Sabia que você iria gostar.

— Ficamos ali comendo até Sebastian descer as escadas.

— Vou buscar ela.

— Vai no meu carro e leve sua irmã.

— Mas ela está jogando.

— Ela pediu para ir com você. – Lauren disse e eu fiz um gesto para ele fazer o que ela estava pedindo.

— Ok, mama.

Fiquei a encarando e ela voltou a comer a salada, sem me olhar.

— Lauren... Não o deixe irritado.

— Só pedi para a irmã o acompanhar. – Neguei. Logo eles desceram e nos abraçaram antes de sair.

— Vai no meu carro, General. O da sua mãe está batendo. – Ele assentiu e pegou minhas chaves... Beijou a mãe mais uma vez e abraçou-a demoradamente.

— Você sempre vai vir em primeiro, Mama. – Lauren escondeu o rosto na curva do pescoço dele.

Ficaram assim um pouco e depois ele beijou a testa dela. Ela sorriu para ele, Ísis, impaciente como a mãe, já estava na porta do carro esperando. Ele saiu e ela me abraçou... Coitada dela estou começando a ficar aflita com a aflição dela.

— Você está bem?

— Sim. – Desliguei o forno e a peguei no colo, caminhei até a sala e sentei no sofá. Ficamos ali trocando beijos até eles voltarem.

Isis chegou e se atirou no colo de Lauren, que encheu ela a beijos. Logo Sebastian entrou de mão dada com Jane.

— Olá, Srta. Levy.

— Me chame de Jane, Sra. Cabello. – Me levantei para apertar a mão dela e ela me abraçou.

— Essa é minha mama Lauren, Jane. Essa é a Jane, Mama. – Lauren levantou e a menina a abraçou também.

— Prazer, Sra. Cabello. O Sebastian fala muito da senhora... Ele fala muito da família dele.

— Ele também fala muito de você.

— Espero não estar atrapalhando.

— Você está... – Eu a cutuquei. — Com fome? Está com fome?

— Ah... – Ela sorriu. – Estou.

— Vamos almoçar. – Eu disse e eles assentiram.

— Queria mostrar meu quarto a ela.

— Nem pensar! – Lauren gritou e eu repousei minha mão no ombro dela.

— Acho que a comida vai esfriar. – Eu disse e o clima amenizou. — Vamos para sala de jantar?

Os meninos entraram na sala de jantar e eu fiquei séria, sei lá...

— Lauren... Você está exagerando. Então não aceitasse o almoço, mas não trate a menina mal... Isso é deselegante e muito cruel. Você não é assim. Sebastian já é um homem e sabe muito bem o que faz.

— Camz...

— Lo... Relaxa. Sério... Vou surtar quando for a Ísis... Mas não vou impedir ela de ser feliz.

— Tudo bem, Camz.

— Ela é simpática.

— Serve. – Ela disse revirando os olhos e eu a beijei.

— Guarda essa raiva para nossa cama mais tarde...

— Você é tão sexy quando fica séria... Talvez eu guarde várias coisas para noite. – Eu sorri para ela e a abracei forte, depois a peguei no colo e entrei na cozinha com ela. A deixei no lugar dela e sentei no meu lugar.

— Você já sabe o que vai cursar na faculdade, Jane?

— Claro... Vou fazer advocacia. – Lauren arqueou uma a sobrancelha.

— Sério?

— Sim.

— Eu me formei em advocacia.

— E não quis seguir carreira, Sra Jauregui?

— No começo segui... Fui advogada Júnior na empresa do meu pai por um tempo, depois ele me colocou na administração, tive que fazer vários cursos de administração.

— Gostava de advogar?

— Sim... Era muito bom. Quer essa carreira por quê?

— Sempre gostei. Acho fascinante esse trabalho.

— Algum dos seus pais é advogado?

— Não. Meus pais são médicos.

— Olha só! Qual é a especialidade deles? – Perguntei.

— Meu pai é cardiologista e minha mãe é ortopedista.

— Nossa... Isso é incrível. – Lauren disse.

— Você tem uma bela base, Jane. – Falei e ela sorriu fraco.

— Mas isso faz com que eles não fiquem muito em casa.

— Imagino... Plantões e chamados o tempo todo.

— Sim.

O assunto parou após isso, mas Lauren a tratou melhor no decorrer da visita

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