88. Alejandro

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Camila Cabello |Point Of View


Lauren estava encolhida na cama e Alejandro perto da cama. Peguei uma tábua da porta e acertei-o.

— Ele encostou em você?

— Não.

— Te machucou?

— Não. Você chegou bem na hora.

— E nosso filho?

— Esta dormindo.

— Pega ele e vai até o Marechal, peça pra ele ir à delegacia.

Ela assentiu e me beijou. Alejandro recobrou a consciência. Chutei o rosto dele e liguei para a polícia. Ele levantou e começamos uma luta. Depois de um tempo, deixei ele me derrubar e ele começou a esmurrar meu rosto.

— Polícia... Se afaste dela e coloque as mãos na cabeça.

— Vocês não sabem o erro que estão cometendo.

— Você está bem? – Assenti.

Nos encaminharam para uma delegacia, fiz uma queixa e ele foi preso por ter sido pego em flagrante. Ele não ficaria muito tempo, mas o Marechal deu um jeito dessa pena aumentar.

Quando cheguei a minha casa, me joguei no lugar mais acolhedor do mundo... Os braços de minha esposa. Comecei a chorar e ela desabou comigo. Minha cabeça girou em um monte de “e se?”. E se eu não estivesse com aquela dor no peito, e se eu não tivesse esquecido o celular, e se eu não tivesse voltado... O que teria acontecido?

Ficamos assim por um tempo, não queria soltar ela nunca mais. Não vou soltar ela.

Ela me beijou, na frente de todos e um beijo urgente, devidamente retribuído. Depois selou nossos lábios, colando nossas testas.

— Você me salvou... Você é meu anjo.

— Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse a você.

— Não aconteceu. Você chegou na hora exata. – Minha mãe chegou perto de mim e eu a abracei.

— Como você está?

— Bem. Tudo terminou bem.

Depois cumprimentei a família de Lauren, Dinah e Normani. Ficamos conversando, até todos se recolherem e Lauren sentar no meu colo.

— Vamos subir? – Eu assenti. — Vou limpar os machucados do seu rosto.

Nós subimos e demos boa noite para minha mãe, depois para Sofia. Depois fui ver meu pequeno... Tão tranquilo dormindo.

Depois entramos no quarto e Lauren pegou a maleta de primeiro socorros. Passou algo no algodão e passou no lado do meu lábio e ardeu um pouco. Passou perto do meu olho.

— Tenho vontade de matar esse cretino. Olha o que ele fez com meu soldadinho de chumbo.

— Eu deixei. – Ela parou o que estava fazendo para me encarar. — Eu me liguei na hora que estava quase o deixando inconsciente a socos, que ele não seria preso se não fosse pego em flagrante. Então... Calculei um tempo razoável para não ficar inconsciente e deixei ele me acertar.

— Camz... Isso foi arriscado.

— Só assim para pegar esse louco.

— Nunca me acostumo com sua valentia.

— Nunca vou poupar esforços, quando o assunto for você ou nosso filho.

— Porque você é incrível. – Ela selou nossos lábios e terminou de limpar meu rosto.

Ela tirou minha farda e me vestiu com uma bermuda. Se deitou sobre meu peito e eu peguei no sono rápido, pois o dia tinha sido cansativo.

Acordei e fui tomar um banho, desci as escadas e minha mãe conversava com Lauren. Beijei a testa dela e depois a boca de Lauren.

— Olha o que Tay nos mandou. – Ela me alcançou um cartão postal... Era de Barcelona. Tay e Marina aproveitaram as férias e começaram uma viagem pelo mundo. Bancadas por mim e por Mike. Realmente não acho que Tay combine com algum emprego e Marina é mimada demais para isso. Elas vão escolher uma cidade, a que mais gostarem e nos avisará.

— O sonho lésbico...

— Como assim?

— Sabe... Barcelona.

— Como você entende de sonhos lésbicos.

— Sou 50% lésbica. – Elas gargalharam. — Olhem esse preconceito. Esse país é livre.

— Ok sonho de liberdade. Tome logo esse café e vá aparar a grama.

— Eu mal ganho uma folga e você já me coloca pra trabalhar. Viu, mãe? É esse meu tipo de tratamento.

— Meu senhor. Como minha filha é injustiçada. – Minha mãe falou sarcástica.

— Já vi que estou sozinha nessa.

— Depois do café, fui aparar a grama. Tinha um menino que fazia isso por dez dólares, mas ele saiu de férias com os pais e sobrou pra mim.

Mas como estou muito irritada com isso, vou aproveitar que minha esposa está tomando um chá gelado com minha mãe e vou provocá-la. Tirei minha camiseta e a amarrei no cortador. Abaixei o cós da minha bermuda. Eu tinha isso agora, depois de um tempo... Eu parei de me castigar por ter uma esposa linda e gostosa... Tipo... Ela me escolheu e eu devo ter algo que agrada ela.

Eu gosto dos efeitos que causo nela e me sinto muito foda quando ela perde a cabeça comigo. Olho para ela de canto de olho, minha mãe está entretida com Sebastian, Lauren está inquieta, ela se abana e fica mexendo de um lado para outro e até coloca o copo na testa às vezes. Finjo que a máquina deu problema, me viro para ela e me abaixo, deixando o meu volume bem evidente na bermuda que uso. Lauren geme, eu escuto de longe.

— Tudo bem, minha filha? – Minha mãe pergunta.

— Sim. Só estou com calor. – Pego a mangueira e molho o fio do cortador, ele fica ruim de encaixar sujo e aproveito para jogar uma água no rosto, onde molho quase todo meu corpo. — Camila! Preciso que me ajude com uma coisa! AGORA! – Ela disse e entrou correndo pra dentro de casa.

— Oi mãe! Cuide do nosso filho porque minha esposa quer transar.

— Tudo bem. Mas também, você só faltou fazer um strip pra ela.

— Eu sou boa, né?

— CAMILA! – Lauren gritou e minha mãe gargalhou.

— Parece que é! – Ela disse negando.

Eu entrei na nossa casa, com toda a calma do mundo e uma cara de paisagem.

— Onde você está Lo?

— No nosso quarto, CAMILA! VOCÊ QUER CHEGAR HOJE AQUI. – Escutei a risada de minha mãe e subi as escadas. Quando cheguei no quarto, nem vi o que me acertou, mas fui arremessada contra a parede. – Você está brincando comigo?

— O que? Do que você está falando?

— Camila... Não se faça de cínica. Você estava me provocando, pois não queria cortar a grama. Vai ficar uma semana sem sexo!

— HÁHÁ! Duvido muito.

— Mas vai.

— Você não dorme direito se não for comida por mim. – Eu disse me esfregando nela.

— Eu me alivio sozinha e bem do seu lado. Vou te ensinar que não se provoca Lauren Jauregui. – Ela saiu dali, me deixando irritada e muito excitada só com a imagem dela se tocando ao meu lado.

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