25. Convocada

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Lauren Jauregui | Point Of View



Na festa de Sofia, Camila encheu a irmã de mimos, eu estava em choque com minha descoberta. Eu a amo.

Agora entendo o porquê de apesar de tudo, não desisti dela. Passei por muitas coisas e continuei correndo atrás dela. Cada ataque de ciúme... A quase agressão. Eu sempre fiquei esperando ela voltar ou me ligar. Não sinto atração por ninguém. Acho-a uma pessoa perfeita... Fora os ciúmes. Eu amo meu soldadinho de chumbo.

— Lauren... Vamos conhecer meus pais oficialmente?

— Vamos. – Ela entrelaçou nossos dedos e caminhamos para dentro da cozinha.

— Pai... Mãe... Está é Lauren. Minha namorada. Lauren esta você já conhece é Sinu e esse é Alejandro, meu pai.

— Prazer Sr. Cabello.

— Pode me chamar de Alejandro. O prazer é nosso. Ela é linda, filha.

— Obrigada. – Agradeci corada.

— Sabemos que Camila andou passando dos limites e te destratando...

— Papa!

— Camila. Temos que nos desculpar.

— Nos desculpe, Srta. Jauregui. Não demos essa educação a ela. – Camila ficou com o rosto muito corado e colocou mão na testa.

— Não se desculpe, Camila tem motivos pra agir assim comigo, não sou uma pessoa fácil. Pelo jeito que estão me tratando, não sabem muito da nossa história. Estamos nos reerguendo aos poucos.

— É papa. Já pedi desculpas pra ela. Estou melhorando.

— Cuide da minha filha. – A mãe dela disse repousando a mão no meu ombro.

— Vou fazer o possível, mas se amar for o mais importante...

— É. – Camila estava me olhando incrédula. - Ale me ajude a levar esses brigadeiros. – O pai dela assentiu e eles saíram da cozinha.

— Você me ama? – Ela perguntou.

— Acha cedo? – Ela sorriu.

— Eu amo você também. – Ela disse e colou nossos lábios. Depois escondi meu rosto na curva do pescoço dela. Ela me abraçou e ficou passando a unha em minhas costas.

— Você disse que ela viria, mas você ficaria só comigo. – Sofia entrou na cozinha, estava com os bracinhos cruzados.

— Claro, bonequinha. Vem aqui. – Camila beijou minha testa e pegou ela no colo. Entrelaçou nossos dedos e fomos para aquela bagunça de crianças.

Depois de comer muito, fiquei conversando com Sinu. Já havíamos conversado antes, mas hoje pude conhecê-la melhor. Alejandro apesar de sério é uma pessoa agradável. A relação de Camila e Sofia tem uma ligação surreal. Alejandro disse que não pode educar direito a Sofia, pois Camila faz todas as vontades dela. Depois que os convidados foram embora, ajudei na limpeza, pra agradar a sogra. Camila entrou na cozinha.

— Sofi dormiu. – Disse para a mãe.

— Também. Ela não parou de correr. Você também deve estar cansada. Pode ir pra casa.

— Estou mesmo, as crianças me mataram, mas ajudo à senhora. – Ela começou a varrer e ajudar o pai. Depois que terminamos, fomos para o apartamento de Camila.

Tomamos um banho e nos deitamos. Peguei no sono com ela fazendo cafuné.

Quando acordei, estávamos na mesma posição. Camila de pau duro. Tirei o lençol que a cobria. Levantei um pouco a blusa dela deixando a mostra aquele tanquinho incrível. Coloquei a mão dentro da cueca dela e comecei um vai e vem. Ela acordou gemendo. Avançou pra cima de mim, me beijando com fervor. Rasgou minha blusa e o sutiã. Beijando meu pescoço e desceu a língua por meu corpo. Chegou até minha intimidade, lambeu ela toda e prendeu meu clitóris entre os lábios. Ela sabe como faz... Queria ser a única, a saber, destes talentos. Ela chupou e eu agarrei os cabelos dela, enquanto rebolava em seu rosto. Minha perna tremeu e meu ventre contraiu.

Gozei e ela bebeu tudo. Ela deitou sobre mim e guiou o membro até minha entrada.

— E a camisinha?

— Deixa te sentir direito. – Ela disse chupando meu lábio. – Eu tiro antes. – Assenti. Ela entrou devagar e gemeu alto. Ela apertou o lençol.

Ela aumentou os movimentos, percebi que sem camisinha é bem melhor. As costas dela devem estar sangrando, meus gemidos podem ser ouvidos por todo prédio. Ela está suando e apertando os olhos, denunciando o quanto estava se segurando. Ela foi com tudo, até o fundo e eu gozei. Ela tirou pra fora e gozou na minha barriga. Caindo o corpo sobre o meu. Ficamos assim, sentindo nossos batimentos descompassados.

— Bom dia. – Ela disse me olhando.

— Bom dia.

Levantamos e tomamos um café reforçado. Depois fomos caminhar um pouco. Camila estava mais leve e eu me encantando mais a cada segundo com ela.

Na segunda, o escritório estava um horror. Um grande rombo foi encontrado e meu pai estava atrás do culpado. Um colocava a culpa no outro. Fiquei na minha sala e esperei o expediente terminar. Camila me esperaria na minha casa e isso me motivava. Depois de muito estresse, fui pra casa e um cheirinho de comida fez meu estômago roncar.

— Oi mô. – Ela disse sorrindo e não tive como dizer que o apelido é ridículo. Dei um beijo nela. – Oh. Também senti saudade. – Ela disse me abraçando.

— Vou tomar um banho. – Ela assentiu e dei um selinho nela. Ela me seguiu até o quarto. Pegou minha bolsa e minha pasta e pendurou. Tirou meu casaco e me sentei na cama. Ela tirou meus calçados e massageou meus pés. Gemi amando o cuidado dela comigo. Depois ela me deu um selinho.

— Vou ver minha panela. – Assenti e fui para banho. Depois do jantar, ela massageou minhas costas para relaxar. Acabei pegando no sono.

Na manhã seguinte, nos despedimos e fomos para o trabalho.

Hoje sou eu que vou para casa de Camila.

Chegamos juntas e nos abraçamos. O porteiro alcançou a correspondência e caminhamos até o elevador. Quando
chegamos, sentei no sofá e ela ao meu lado. Ela conferiu uma por uma e quando viu um envelope verde.

— Não... Agora não.

— O que houve? – Ela abriu a carta e começou a ler. Passei meus olhos pelas letrinhas e peguei "Karla Camila Cabello Estrabão... Convocada para exercer humanidade... No Iraque.” Meu peito apertou. – Não Camila... Você não pode ir.

— Não é minha escolha, mô. Desta vez é uma convocação. Desculpe. – Ela disse sem jeito.

— Justo agora... – Comecei a chorar. – Eu amo você... Quero um futuro com você. Você é tudo. – Ela me abraçou forte.

— Vou voltar, Lauren. Vou ficar muito melhor se você me esperar.

— Isso não precisa pedir, lógico que vou te esperar. Quanto tempo?

— Um ano. – Levei as mãos à boca. – Que merda! – Ela esbravejou e virou a mesa de centro, quebrando o vidro da mesma. A abracei forte.

Esse é o ponto base de nosso relacionamento. Ficamos abraçadas na sala, eu chorando e ela esbravejando. Depois ela correu pro banheiro e começou a vomitar. Esse foi nosso final de dia, ela vomitando e eu chorando como uma criança.

No outro dia, não saímos da cama, ficamos abraçadas em nossa redoma de vidro. Tão frágil que dá pra ouvir ela trincando... Não vou conseguir viver com ela lá. Não vou conseguir fazer nada.

— Não precisa me esperar... É muito egoísta pedir isso.

— Não é questão de escolha. Como não vou esperar a pessoa que amo?

— Nunca pensei que seria convocada. Droga.

— Vamos aproveitar nosso tempo. – Falei colando nossos lábios e aprofundando o beijo. Vai ser barra, mas não vou desgrudar dela um segundo, até lá.

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