59. Decepção... Amo você

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Lauren Jauregui |Point Of View


Camila estava certa, meu telefone não parava de tocar. Era propostas até de outros países, mas meu peito continuava agoniado, pois havia sido criada para comandar aquela empresa e me dediquei por anos para isso. Investi em cursos, abri mão de horas da minha vida por ela e do nada... BOOM! Tudo vai pelo ralo.

Depois de uma semana que meu pai anunciou que venderia a empresa, ele marcou uma reunião e agora estamos todos, o esperando.

— Desculpem o atraso. O trânsito. – Ele sentou a cadeira. — Bom... Como todos já sabem, vou vender essa empresa. Estou amadurecendo essa idéia por muito tempo e depois de sentar com minha esposa, decidimos que era o melhor. Já recebi várias propostas, mas uma de um anônimo me chamou bastante atenção. Essa semana, Lauren cuidará de todas as demissões e não se preocupem, todos os direitos de vocês serão entregues. Parece injusto, mas é necessário. Ele quer essa empresa até o fim do mês. Como eu não o conheço, acho melhor mandá-los embora para evitar algum problema mais tarde, ele pode ser um traficante, um corrupto... – Ele me olhou. — Lauren, desculpe, criei você para assumir isso aqui, mas não acho que você esteja preparada.

— Ela foi capa de revista, ganhou um prêmio pelo que faz. – Uma colega falou.

— Lauren é uma mulher linda e isso a ajudou...

— Nossa pai. Chega de me humilhar. Devia ter me dito isso antes de eu dedicar meu prêmio a você. Mas não importa, minha caixa eletrônica está cheia de convites de emprego. Em todos os cantos do mundo. – Ele arqueou uma sobrancelha. — Vamos pessoal. Preciso demitir vocês. – Eles sorriram e quando conversava com cada um na minha sala, eles confessaram o quão injusto aquilo havia sido.

Fui para casa e decidi não contar para Camila o que meu pai havia me dito. Ela ficaria de mal com ele e o clima entre a família ficaria horrível. Ela chegou com um sorriso enorme e me fez sorrir junto dela. Ela me beijou e depois beijou minha barriga.

— Amor... Olha o que eu pedi para a costureira do QG fazer pra mim. – Ela tirou um macacão de bebê camuflado da mochila dela.

— Camz... – Ela me olhou rápido.

— É só uma roupinha, não precisa ficar irritada... Eu queria...

— Hey... Eu ia dizer que é muito fofo.

— Sério? – Os olhos castanhos brilhavam em expectativa pra mim.

— Claro. É muito lindo. – Ela correu até o quarto e voltou com uma sacola. Começou a tirar vestidinhos, sapatinhos e conjuntinhos camuflados. Comecei a olhar cada um deles.

— Você começou a comprar quando?

— Quando você me disse que estava grávida. Esse é de Paris. – Ela disse com o sapatinho na mão.

— Porque você não me mostrou?

— Eu estava com medo... Sei lá. Estava sem graça de mostrar... Não sabia se você iria gostar.

— Amor... Eu amei tudo. Agora que meu pai vendeu a empresa, podemos sair pra comprar roupinhas juntas.

— Adorei a idéia. Mas se prepare... É muito difícil. É tudo tão lindo e fofo... – Ela parou de falar e começou a pensar. Ela é assim, fica enrugando a testa e parece debater internamente. Uma vez, eu tenho quase certeza que ela estava conversando um o pinto dela.

— O que foi amor?

— Eu não sou do tipo que fala fofo. – Coloquei as roupinhas na sacola e abri meus braços.

— Deita aqui. – Bati no meio das minas pernas. Ela sentou e depois repousou o tronco no meu peito. Abri os botões da
sua farda e a abracei forte. Depois fiquei fazendo cafuné nela. Ela pegou minha mão livre e começou a fazer carinho nela... Ela mudou tanto... Está mudando cada vez mais.

Taylor Jauregui |Point Of View


Estou há dois dias sem falar com Marina, ela ficou furiosa porque Selena deixou uma calcinha dela na minha mochila, mas eu juro que não sei como aquilo foi parar lá. Reconheci que era de Selena por conter um bilhete com sua letra nela. Por mais que Marina tenha acreditado que não havia acontecido nada, ela disse que eu dou chance para isso. Então marquei um encontro com Selena e estou a esperando no café do centro. Ela chegou, deslumbrante como sempre. Sentou-se ao meu lado.

— Oi Tay.

— Oi Selena. Queria conversar com você.

— Sou todos ouvidos. – Ela chamou o atendente. – Dois chocolates quentes com marshmallow, por favor. – Quando os pedidos chegaram, eu comecei.

— Olha... Não vou negar que gosto de você, mas eu repudio esse sentimento. Você me humilhou.

— Mas eu...

— Não. Só me escuta. Você ameaçou minha irmã... Falou tanto pra Camila que ela era inferior a Lauren e não se encaixava no mundo dela, que ela acreditou e quase não foi prestigiar minha irmã ontem. Eu notei que você mudou e está arrependida, mas é injusto estragar minha felicidade. Demorei demais para superar você um pouco e não vou deixa a Marina... Eu gosto dela de uma forma diferente. É uma forma boa... Gosto do cuidado dela comigo... Ela realmente gosta de mim. Nem que ela não fique comigo, não posso ficar com você, me sentiria muito culpada.

— Eu também gosto... – Ela disse se aproximando. Colou nossas testas e minha respiração descompassou. Levei minha mão à nuca dela. Ficamos assim por um tempo com os olhos fechados.

— Eu sei disso... Não vai te confortar, mas eu nunca vou te esquecer.

— Eu também não. Eu amo você. – Ela me deu um selinho. – Essa é minha deixa. Vai ser feliz com sua ruiva.

Ela pegou a bolsa e saiu dali. Agora tenho que conseguir falar com Marina. Vou ter que escalar a janela dela, pois os pais foram instruídos a não me receber.

À noite, esperei as luzes da casa dela se apagarem e fui até a janela do quarto dela. Camila está comigo, com uma escada para me ajudar.

— Depois que você subir, vou ter que ir. Lauren está com desejo de comer batata frita.

— Como você sabe?

— Ela me mandou mensagem. Vai lá e boa sorte. – Ela beijou minha testa e eu subi as escadas. Pulei na sacada e caminhei até a porta, batendo nela.

Ela ligou a luz e quando me viu, ficou séria. Vai ser difícil. Ela caminhou e destrancou a porta. Entrei no quarto.

— Sabe que horas são?

— Hora de você me beijar.

— Por favor, Tay. Não me venha com frases prontas, não estou no clima pra você.

— Tudo bem. – Ela deitou-se na cama. – Eu só vim avisar que conversei com a Selena e disse pra ela que queria ficar com você. E se você não ficar comigo, vou ficar sozinha. Você me faz bem, gata. Eu disse que você gosta muito de mim e...

— Você é uma idiota, Taylor. Quando você vai perceber que eu amo você. Eu não preciso passar por isso, ficar me rastejando pelas migalhas dos outros... Só amo você... Por isso não sai do seu lado, mesmo sabendo que a guerra era perdida.

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