Accordo Di Vaniglia || KiriBaku

Capítulo 6 || Interações Tranquilas

Hey hey hey

Socorro, finalmente. 

Obrigada mil vezes a Sol e Dora que foram as luzes da minha vida pra essa fic, me ajudaram com um bocado de opiniões. 

Boa leitura 

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Narrado por Kirishima Eijirou

Precipitado, ousado ou indulgente, seja lá qual for o adjetivo que melhor se encaixa ao meu comportamento com o Delegado, ainda jaz aporrinhando minha mente. Claro que eu não imaginava conseguir um contato daqueles tão cedo, porém, deveria mesmo ter pedido que o tocasse? O pior, ele aceitou de bom grado, talvez pela pressão que estava lhe sendo exercida?

Droga, creio que agora, estou a pensar demais.

O vinho me deixou mais solto do que deveria, então, usar meu charme para tentar avançar mais do que o correto foi inevitável. Bakugou não gostou nada disso e vi em seus olhos o quanto está se forçando a passar por todo esse contexto, ainda que parte das suas ações deixassem claro que aos poucos, consigo deixá-lo curioso.

Agora, depois de um longo dia de descanso, termino de ver alguns e-mails em minha caixa de entrada, respondendo alguns poucos parceiros da Bélgica sobre os novos projetos de Resort. Realmente, eles são bem estranhos quanto a design, mas o que poderia dizer?

O tédio começa a ser real quando não recebo mais nenhuma ligação que me interesse, vulgo uma chamada do senhor Policial estressado, que estava mais que ansioso para se submeter. Ele deve estar trabalhando, portanto, acho que posso tornar as coisas um pouco mais divertidas para ambos, não? Quem sabe um bom convite para jantar, um diálogo mais decente sobre a missão e um ponto super importante, a escolha da palavra de segurança, no campo que o loiro deixou em branco no formulário.

Se farei isso, não renunciarei ao essencial. Não preciso foder ele, ser fodido por ele, ou qualquer outra coisa que envolva o sacrifício de estar perto de mim, sem garantia de que tudo é completamente seguro. Creio que Katsuki deve ter em mente somente seu objetivo, sem nem imaginar o caminho que tem até conquista-lo. Não poderemos falar abertamente sobre o fingimento, terá que ser convincente. Por mais voluntário e consensual que seja, estar ali sem realmente poder ou ser quem deve estar, é mais perigoso do que ele pensa.

Curiosos demoram para serem aceitos, pois os dominadores que estão ali raramente buscam alguém que é novato, leigo demais para não se curvar quase por instinto, rebelde demais para aceitar ajoelhar no chão onde os superiores pisam sem nunca conquistarem o conforto dos móveis. Se não fosse pelo exímio luxo e confiabilidade, eu mesmo escolheria frequentar outros locais, mas manter isso em segredo para meu caso é meio que uma necessidade notável.

Vejo a hora no canto do notebook em meu colo, notando que já se aproxima da hora do jantar. Com um impulso sedento pelo fascínio, pego meu celular para discar um número conhecido, logo escutando a voz doce do outro lado.

— Hey, Kiri. Como vai? — Ochako parece tranquila, consigo escutar o som dos pacotes de salgadinho que ela vive dizendo que não vai mais comprar, mas acaba cedendo quando começa as maratonas de série.

— Tá assistindo o que hoje, mulher? — Pergunto colocando o celular no ombro, apoiando o rosto para mantê-lo ali, ainda com as mãos trabalhando no teclado.

— Ah, hoje eu comecei The Office, tava muito viciada em séries de investigação — A mulher ri brevemente falando sobre sua extensa lista de coisas a ver, mas depois de algumas recomendações e opiniões, chego logo à pergunta crucial que tanto pretendia fazer.