Capítulo 18 || Vivências Reveladoras

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Hey hey! 

esse cap foi mais ou menos pensado assim, mas o próximo rende mais em questões profundas. 

Sobre as cenas de ação, eu gosto muito e penso que isso aqui é muito fora da curva, mas se assistimos velozes e furiosos gostando da adrenalina, isso aqui tá bem nessa vibe kkk

Vamos ver, boa leitura! 

[...]

Narrado por Kirishima Eijirou.

Certo, o jantar foi minimamente decente, pelo menos depois que consegui amansar a fera que Katsuki pode se tornar quando não avisado previamente das coisas. Sua imponência não passou despercebida por Shouto e Momo, mas depois da... conversa, Katsuki se tornou mais calmo para prosseguir, sem ameaçar jogar um garfo no meu olho pelo menos.

De repente se levantou, ditou ordens que me fizeram hesitar alguns segundos na cadeira; simplesmente olhou no fundo dos meus olhos e pediu por favor. Algo está muito errado, mas Bakugou, que antes transmitia o ódio por cada poro de seu corpo, se torna impassível e não deixa explicito em ações sua tensão. Parece mais relaxado e focado, nunca sequer o vi ser tão frio, talvez não seja assim tão ruim? Por que me perguntou sobre o carro?

Vou agindo no modo automático, mais pela naturalidade de Katsuki ao agir no cenário, do que pela compreensão exata do porquê de estarmos indo embora, mal sei para onde vamos. A casa dele ou a minha? Ele não veio com seu próprio veículo?

— A gangue que eu provoquei está revidando, mas duvido que seja somente coisa do crime organizado, o mandante deve ser muito mais influente e rico do que aqueles extras do caralho — Meu deus, isso é muita cautela ou a coisa realmente... Não é possível, estamos no meu carro, eles não vão nos ferir. É só chegarmos ao meu prédio em segurança, arruaceiros não serão tolerados por lá.

— E o que isso quer dizer? Já não foi o bastante terem destroçado meu carro daquela vez? O que mais eles poderiam fazer... — Lembrar de Louise sendo enviada para a fábrica na Itália me faz pensar no processo por instantes, contudo, meus pensamentos aéreos pelo álcool e certas emoções não demoram tanto para se dispersar, com a próxima fala do policial tranquilo ao meu lado.

— Estamos sendo seguidos, segure firme. — Bakugou precisou de apenas três segundos para falar e mais três para estar a 100 quilômetros por hora, exatamente como sabia da capacidade do carro. Seguro na alça acima da janela o mais rápido que posso, mas o impulso ainda me faz pressionar mais forte no assento acolchoado e meus dedos só se firmam na peça quando o velocímetro já beira os 130km/h em plena Avenida.

— Puta que pariu, Katsuki, vai com calma! — Minha voz ainda não sai alta o bastante para ser um grito, mas Bakugou facilmente me ignora, olhando a todo momento para o retrovisor enquanto ignora ordens do GPS integrado no carro. A voz robótica o fornece diversas saídas para ir em direção ao meu endereço gravado, porém não parece ser seu objetivo. — Pra onde você tá indo, pelo amor de Deus?! Qual é o plano?

Katsuki continua focado em sua tarefa, diminuindo a velocidade quando entra novamente em perímetro urbano, os diversos sinais ainda são necessários para alguns pedestres e os bairros estão fechando os últimos bares locais. A vizinhança não é familiar aos meus olhos, mas claramente não é muito bem frequentada.

— Bom ficar sem saber o que vem a seguir, né? — Sua pergunta retórica me deixa um tanto perturbado, pois me sinto frustrado ao extremo por ter chegado a este ponto. Abro a boca para pensar em falar, mas apenas respiro fundo ao ter o veículo acelerando novamente para virar numa curva fechada demais para ser segura. O GPS continuava tentando fazer ele traçar uma rota decente, contudo, o Delegado tinha seus próprios planos — Rápido, Kirishima. Essa porra tem comando por voz?

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora