Capítulo 15 || Ansiedade Indecifrável

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heyyyy. 

Olha, nem eu sei dizer direito o que me ocorreu aqui, mas é isto, também estou tão confusa quanto o Bakugou sobre o que ele está sentindo de verdade, ou seja, estamos todos na busca da mesma compreensão. 

Enfim, tentem entender, porque eu vou deixar pro Kirishima desvendar depois. 

Muito obrigada a Sol pela ajuda imensa no roteiro, sem ela eu estaria no bloqueio até agora. 

E obrigada ao Max e ao Josh que me fizeram companhia escrevendo os últimos trechos desse cap <3

Boa leitura! 

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Narrado por Bakugou Katsuki

Depois do orgasmo mais estranho e intenso que já tive na minha vida, a névoa que se instalou em meus pensamentos não me permitiu pensar direito. Apenas me ofereci para retribuir, nem notando o quão evidente estava deixando a minha vontade, como se aquela sensação etérea me fizesse sair dos padrões rígidos que sempre mantive em alta.

Kirishima recusou e meu alívio foi maior do que o esperado, havia sido impulsivo, com a insegurança que ainda me ronda além da exaustão, não teria tanta utilidade para fazer algo tão bom quanto o que me proporcionou. Concluir isso me deixa puto, porém deixo para pensar melhor quando estiver em sã consciência, sem o sono pesando minhas pálpebras e o corpo inteiro queimando no relaxamento estarrecedor.

Meu sono é pesado e contínuo pela primeira vez em tempos, levando-me sem qualquer hesitação e me permitindo de fato descansar, algo tão satisfatório que me enganaria para conseguir mais do meu tempo, do que normalmente estou acostumado a dispor.

Não há sonhos, pesadelos, lembranças. Apenas o vazio, que por mais assustador que seja no vácuo de inexistência, consegue também ser quente, muito quente.

Sinto minha pele começar a suar um pouco no tronco, então quando o calor se torna evidente, meu tato volta aos poucos para me alertar de que, ainda de olhos fechados, estou literalmente escalando as costas de Kirishima, com os braços ao redor dele e as pernas entrelaçadas às suas. Primeiro reteso o corpo pela descoberta fodidamente incoerente, mas quando noto que isso alerta Eijirou de alguma forma, relaxo de novo para esperar ele se tornar imóvel novamente.

Merda, merda, puta que pariu. Por que CARALHOS eu estou agarrado a ele, sendo que me lembro muito bem de ter falado para que não me tocasse?

O ruivo está respirando devagar, parecendo confortável com a posição, seu braço por pouco não fica acima do meu e dou graças a Deus pela distância mínima. Consigo me afastar com cautela, erguendo primeiro o braço e depois afastando o corpo, do peito ao... Droga, mas nem fodendo que eu fiz isso, por que eu o deixei dormir aqui? Como ele ousa deixar um estranho abraçar ele sem mais nem menos?

Faço todo o possível para me levantar sorrateiramente, pisando com a ponta dos pés no chão até estar no corredor. A porta já estar aberta é uma ajuda, mas também me mostra o quão estive desatento na noite anterior. Quando finalmente chego na sala e encontro meu celular, a enxurrada de informações para processar me atinge em cheio.

9h30 da manhã. Nove horas e trinta minutos, para pessoas como eu que acordam no mínimo com o nascer do Sol, é inadmissível, mas não é este fato que me rouba o foco no momento. Tenho exatamente uma hora e dois minutos antes de ir jogar com Kota, eu nunca me atraso para os compromissos de maneira alguma. Em circunstâncias normais, eu já estaria de pé às 6h em ponto, não costumo perder esse time e saber que estou fugindo dos meus parâmetros me desconforta.

Culpa daquele burguês gostoso filho de uma... Cacete, ele pegou no meu pau? Eu entrei naquele joguinho dele e ainda por cima gostei? Eu tô tão na merda, puta que pariu. Kirishima é meu informante até onde se sabe, ele não deveria ter privilégios de alguém que é mais que um simples indivíduo de suporte.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora